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Primeira cirurgia de implante coclear é realizada pelo SUS em Mato Grosso

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A primeira cirurgia para implante coclear via Sistema Único de Saúde (SUS) foi, ontem, em Cuiabá, passa a integrar os serviços gratuitos no Estado e beneficiará pacientes regulados que aguardam pelo aparelho auditivo. A cirurgia durou cerca de 4h, não houve intercorrência e o paciente está estável, em observação.

O secretário de Estado de Saúde, Juliano Melo, enfatizou o esforço da atual gestão na ampliação dos serviços disponibilizados pelos Hospitais Regionais pelas unidades especializadas. “É gratificante ver que um procedimento tão aguardado como esse está sendo oferecido pelo SUS em Mato Grosso. Essa é uma conquista de todos os trabalhadores da Saúde do Estado, que não medem esforços para melhoria do atendimento ofertado à população. Parabéns às equipes do Cridac e do Hospital Estadual Santa Casa”, disse o gestor.

Outras duas cirurgias para implante coclear devem ocorrer nas próximas semanas. Atualmente, há 20 pacientes em processo de avaliação no Cridac, com indicação para o procedimento. A diretora do Cridac, Suely Souza Pinto, os pacientes que precisam do implante de coclear são regulados para a unidade especializada, avaliados por especialistas do local e depois encaminhados para realizar o procedimento no Hospital Estadual Santa Casa.

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“A vida do paciente é enriquecida pós implante. A capacidade de ouvir aumenta a autoconfiança e melhora o relacionamento com a família, amigos e colegas de trabalho, além de permitir oportunidades sociais e de emprego mais amplas”, ressalta Suely.

A diretora do Hospital Estadual Santa Casa, Patrícia Neves, informa que a unidade de saúde dispõe de equipe preparada para a manutenção do novo procedimento.  “Alinhamos todo o trabalho junto ao Cridac e disponibilizamos profissionais qualificados e equipamentos para a cirurgia. O usuário do SUS não ficará descoberto. Seguimos empenhados no atendimento moderno e eficiente”, pontua Patrícia.

A secretaria estadual de Saúde investiu R$ 43,8 mil na aquisição dos equipamentos auditivos. Além de melhorar a qualidade de vida do paciente, o novo serviço também contribuirá para diminuição das demandas via Tratamento Fora de Domicílio e judicialização.

O implante coclear é indicado para pacientes com perdas auditivas severas e profundas, que não tiveram resultado com aparelhos auditivos tradicionais.

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Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

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Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).

O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior ­- índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).

A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.

No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.

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A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.

Dificuldades

As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.

As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).

Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.

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Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.

“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.

Dados da pesquisa

O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.

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