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Produção de gergelim deve aumentar 105,8% em Mato Grosso e está acima da média nacional, aponta Conab

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A produção de gergelim em Mato Grosso deve aumentar em 105,8% conforme o 7º Levantamento da Safra de Grão da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), atingindo 186,7 mil toneladas na safra 2023/2024, ante 90,7 mil toneladas no ano agrícola anterior. O resultado se deve ao crescimento da área plantada no Estado em 105,9%, passando de 185,5 mil hectares para 381,9 mil hectares.

Os resultados de Mato Grosso estão acima da média nacional, que teve aumento de área de 61,4% e uma projeção do crescimento da produção em 62%. O Estado é líder nacional na produção deste pulse. O município de Canarana (653 km de Cuiabá) é o destaque na produção do grão.

O gergelim é uma das cadeias produtivas incentivadas por meio do Programa de Desenvolvimento Rural de Mato Grosso (Proder), da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec). Desde março de 2021, os produtores rurais passaram a ter acesso aos incentivos fiscais, ao todo são 968 agricultores credenciados.

O percentual do benefício é de 62,5% para as operações próprias de saída interestadual realizadas no Proder e, em contrapartida, há o recolhimento de 1% para o Fundo de Desenvolvimento Econômico de Mato Grosso (Fundes).

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De acordo com Vinicius Hideki, coordenador do Centro de Dados Econômicos de Mato Grosso (DataHub MT), da Sedec, o gergelim vem crescendo no Estado por ser uma alternativa de produção muito resistente ao calor e a baixa umidade, além de ser bastante lucrativa.

Segundo Vinicius, cultivar gergelim é uma estratégia promissora para agricultores que buscam aproveitar terras subutilizadas durante períodos de escassez de água. 

“A Embrapa e o Imafir ((Instituição dos Produtores de Feijão, Pulses, Grãos Especiais e Irrigantes de Mato Grosso) desenvolvem pesquisas e estudos de qualidade, oferecendo suporte valioso aos produtores interessados nessa cultura. É importante destacar a relevância do estudo de inteligência territorial e hídrica para aprimorar a agricultura irrigada em nosso Estado, o que certamente beneficiará o cultivo do gergelim e outras culturas especiais”, diz. 

Por meio da Sedec, o Estado investe cerca de R$ 7,5 milhões para que o Imafir, com apoio da Universidade Federal de Viçosa, Universidade de Nebraska (EUA) e o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso (IFMT), aponte o potencial de expansão das áreas irrigadas em Mato Grosso.

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Diversificação da produção

Durante a abertura do Superfoods Summit Brasil, realizada em Brasília (DF), no início deste mês, o governador Mauro Mendes assinou um convênio para promoção comercial internacional do setor, no evento promovido pelo Instituto Brasileiro de Feijão, Pulses e Colheitas Especiais (Ibrafe) e a ApexBrasil.

“Temos feito importantes investimentos de tecnologias já existentes em irrigação e melhoramento genético para o desenvolvimento da cadeia produtiva. Sem deixar de pensar em mais flexibilidade, decisões mais rápidas e objetivas para nos tornarmos importantes players mundiais”, explicou.

Mauro destacou que o governo de Mato Grosso já iniciou parcerias para o desenvolvimento de pesquisas visando a implementação de tais tecnologias, demonstrando compromisso com o avanço e a sustentabilidade do agronegócio no Estado.

Além de produtos como soja, milho e algodão, dos quais Mato Grosso tem protagonismo na produção no país, o Estado busca diversificar a cadeia produtiva e tem investido em estudos como o das tecnologias de irrigação para fazer frente à irregularidade das chuvas, que comprometem a produção de alimentos.

Fonte: Governo MT – MT

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Estudo revela déficit de 5 milhões de hectares de Reserva Legal no Mato Grosso e alerta para risco de embargos  

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Durante reunião realizada entre o Fórum Agro MT e a Frente Parlamentar da Agropecuária de Mato Grosso (FPA-MT), o perito da Polícia Federal, Bernardo Tabaczenski, apresentou estudo que trouxe números alarmantes sobre a situação da Reserva Legal no Mato Grosso, especialmente no bioma amazônico. O levantamento, baseado em dados oficiais do Cadastro Ambiental Rural (CAR), revela um déficit de 4,9 milhões de hectares em todo o bioma de áreas que precisam ser compensadas ou recuperadas no estado.

Segundo Tabaczenski, que ocupa cargo técnico-científico na PF, os resultados foram assustadores. “Eu obtive números que julguei assustadores. Hoje, no bioma amazônico de Mato Grosso, temos quase 29 milhões de hectares de imóveis rurais cadastrados. O déficit de Reserva Legal chega a 5,6 milhões de hectares”, afirmou.
O estudo foi apresentado no InterForensics 2025, em Curitiba, e no Conbrap 2025, em João Pessoa, e contou com a participação de outros dois peritos criminais federais.

De acordo com Tabaczenski, a falta de regularização pode trazer sérios impactos para o setor produtivo. “Essas áreas, quando não regularizadas ambientalmente, correm risco de embargo. O custo de recuperação é altíssimo. Imagine recuperar áreas produtivas em Sorriso ou Nova Ubiratã, que valem milhões. Isso é um fantasma para o produtor”, destacou.

O levantamento aponta que, mesmo considerando todas as áreas privadas passíveis de compensação em unidades de conservação, o número não chega a 700 mil hectares — muito abaixo da necessidade. “Dos 4,9 milhões de hectares de déficit, 4,2 milhões estão totalmente desprotegidos. Isso equivale a um terço da área de soja plantada em Mato Grosso. Ou regularizamos, ou haverá embargos. O problema é urgente”, afirmou.

Apesar de a legislação federal e um decreto estadual permitirem compensação em outros estados da Amazônia Legal, a Secretaria de Meio Ambiente de Mato Grosso (Sema) tem dificultado a aplicação da medida.

“Existe todo o caminho legal para permitir compensação fora do Estado, mas a Sema ainda não percorreu. Talvez falte o conhecimento da realidade dos dados para que haja uma ação mais efetiva. Enquanto Pará e Rondônia já compram reservas em outros estados, Mato Grosso, que sempre foi vanguarda, está ficando para trás”, alertou o pesquisador.

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O deputado estadual e presidente da Comissão de Meio Ambiente da Assembleia Legislativa, Carlos Avallone se manifestou sobre o tema, e defendeu alterações na legislação para permitir maior flexibilidade.

“Isso traz uma lupa em todo esse processo ambiental e mostra que precisamos sair na frente e autorizar que possamos comprar áreas de compensação em outros estados”, declarou.

Avallone afirmou que pretende articular com o governador Mauro Mendes e com a Assembleia Legislativa para viabilizar uma solução que dê segurança ao setor produtivo. “Se não resolvermos essa questão, o risco de embargo para o produtor será enorme. Temos que permitir que tudo seja feito de forma transparente e legal, porque o déficit é perigoso e precisa de solução urgente”, concluiu o parlamentar.

Já o deputado Nininho manifestou forte preocupação com a dificuldade de regularização e com o impacto das mudanças na legislação ambiental. “Acredito que esse déficit seja resultado de alterações na lei que mudaram os critérios de exploração. Antes, em áreas de floresta, era permitido utilizar 50%, hoje só 20%. No Cerrado, caiu de 80% para 65%. Isso dificultou ainda mais a vida do produtor”, afirmou.

Nininho defendeu a união entre Assembleia, Governo e entidades do setor para encontrar uma saída equilibrada. “Nós temos que fazer esse enfrentamento. Dialogar com a Sema e o Governo, de forma desarmada, para achar um critério justo, que seja bom para o meio ambiente, mas que não seja injusto com os produtores”, completou.

Lei Complementar 801/2024

Avallone também defendeu cautela na regulamentação da LC 801/2024 em Mato Grosso, o parlamentar destacou a importância da lei para fomentar a industrialização no estado. Aprovada pela ALMT e sancionada pelo governador, a LC aguarda, desde o mês de dezembro, sua regulamentação. O texto altera regras do Plano de Desenvolvimento do Estado, impactando incentivos fiscais e a concessão de armazéns, além de fomentar investimentos na industrialização.

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O deputado estadual Carlos Avallone (PSDB) afirmou que a lei representa um avanço, mas destacou que a regulamentação precisa ser feita com cautela, para evitar brechas que possam comprometer sua efetividade.

“É uma legislação que já foi aprovada e sancionada, dependendo apenas da regulamentação por decreto. Mas é fundamental que cuidemos dessa regulamentação para fechar as portas e não permitir nenhum tipo de subterfúgio que facilite práticas incorretas, que não é o que nós queremos”, declarou.

Minuta de alteração da fitofisionomia em Mato Grosso

O encontro também discutiu a minuta do projeto de alteração da fisionomia vegetal de Mato Grosso. De acordo com o deputado estadual Chico Guarnieri o projeto visa trazer mais segurança e objetividade aos técnicos.

“A grande verdade é que esse projeto que deve ser apresentado visa deixar as coisas mais claras e objetivas para os técnicos que farão a avaliação de tipologia. No passado, houve muitos problemas com esses analistas. Então, um texto mais claro, objetivo e transparente pode proporcionar segurança jurídica tanto para quem analisa quanto para os produtores”, pontuou.

O parlamentar Diego Guimarães destacou que o projeto traz segurança jurídica ao setor produtivo e que o novo texto será mais profundo e consistente.

“Nós precisamos que o que é floresta seja classificado como floresta e o que é cerrado, seja classificado como cerrado, o modelo que tínhamos era arcaico, injusto e era pouco profundo, nós precisávamos aprofundar e aí, reconhecendo depois o veto do governador, a Assembleia, juntamente com a FPA-MT, passou por esse novo momento do aprofundamento, esmiuçando um pouco mais, trazendo critérios extremamente objetivos, com a finalidade de trazer essa justiça e segurança jurídica para todos os envolvidos. Eu creio que o Mato Grosso vai estar em uma vanguarda gigante, caso a gente possa apreciar, aprovar e colocar na vigência uma lei deste tipo”, explicou.

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