MATO GROSSO
Produção de soja em MT deve atingir novo recorde com 42,82 milhões de toneladas
MATO GROSSO
A produção de soja da safra 2022/2023 de Mato Grosso foi reajustada para 42,82 milhões de toneladas, representando um aumento de 4,82% em relação a 2021/2022, e atingindo um novo recorde de produção. Os dados foram divulgados no levantamento semanal realizado pelo Instituto de Economia Agropecuária (Imea).
A Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec) alerta aos produtores de soja para que façam o cadastro das propriedades junto ao Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea) até 15 de fevereiro, de forma online ou presencial.
A previsão da área plantada de soja deve ser mantida em 11,81 milhões de hectares, e as exportações da soja devem atingir 25,83 milhões de toneladas, enquanto outros 12,81 milhões da soja devem ser processadas. Os estoques finais ficaram estimados em 1,09 milhão de toneladas, pautados pelo ritmo lento das vendas da oleaginosa.
A produtividade da soja da safra 2022/2023 por hectare deve alcançar 60,43 sacas/hectare, caracterizando um recorde no estado que já é o maior produtor do Brasil. As chuvas ocorridas no mês de dezembro deram suporte para a recuperação de grande parte das lavouras que apresentavam estresse hídrico em novembro.
Até o momento, aproximadamente 24% da área plantada foi colhida. A previsão de permanência de grandes volumes de chuvas no período da colheita ainda é um ponto de atenção quanto ao potencial produtivo e a qualidade das lavouras, visto que pode elevar a umidade do grão e o percentual de grãos avariados nas cargas.
“O agronegócio de Mato Grosso, mais uma vez, surpreende com a capacidade de alimentar o mundo, produzir mais com muita tecnologia e sustentabilidade ambiental. Dentre as razões para essas safras recordes e a maior produtividade está a valorização das commodities agrícolas, o Brasil deverá exportar mais carne bovina neste ano, sendo assim, com mais demanda por proteína animal é necessária mais ração para alimentar os animais”, avaliou o secretário adjunto de Agronegócios e Investimentos da Sedec, Anderson Martinis Lombardi.
Colheita do milho
No caso do milho, é projetada a colheita de 46,41 milhões de toneladas de grãos na safra 2022/2023. A cultura foi produzida em uma área de 7,41 milhões de hectares e a produtividade deve alcançar 104,29 sacas/hectare.
A semeadura do milho da safra 22-23 em Mato Grosso atingiu 16,41% da área total até a última sexta-feira (03). Isto porque o milho necessita de uma janela “ideal” de cultivo, para que tenha condições hídricas suficientes para atingir o máximo do seu potencial produtivo e em MT esse período de semeadura é até o dia 28 de fevereiro.
Fonte: GOV MT


MATO GROSSO
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.
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