MATO GROSSO
Professores da Seciteci participam de capacitação sobre bioeconomia para a Amazônia Legal
MATO GROSSO
A formação é promovida pela Agência de Cooperação Internacional alemã (GIZ), em parceria com o Ministério da Educação (MEC) e o Senai Nacional. De Mato Grosso, foram selecionados 10 professores ligados à Escola Técnica Estadual de Alta Floresta, que se localiza no bioma amazônico. Professores da rede federal e de ensino técnico de outros Estados da Amazônia Legal também participam do curso.
A capacitação é realizada no âmbito da cooperação técnica entre Brasil e Alemanha “Educação profissional para o desenvolvimento econômico e empregos”, no projeto “Profissionais do Futuro – Competências para a Economia Verde”. O objetivo é implementar agenda de qualificação das cadeias produtivas e de valor da bioeconomia, de acordo com o Catálogo Nacional de Cursos Técnicos (CNCT), alinhada à Classificação Brasileira de Ocupações (CBO).
O secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação (Seciteci), Allan Kardec, afirmou que a inclusão da sustentabilidade e da economia mais limpa nos eixos de formação profissional e tecnológica de Mato Grosso é prioritária.
“Há cinco décadas, desde a conferência da ONU em Estocolmo, na Suécia, em 1972, e depois com a Rio-92 e seus desdobramentos, os governantes e gestores políticos, os empresários, as organizações sociais e a educação estão com iniciativas para o desenvolvimento sustentável. No Governo de Mato Grosso, com a Seciteci e suas Escolas Técnicas Estaduais, estamos focados em formar cidadãos com os conhecimentos e práticas da economia verde para o desenvolvimento econômico e geração de empregos futuros”, observou Allan Kardec.
Etapas de formação
O coordenador e facilitador da formação, Marcelo Nunes, vinculado à agência alemã GIZ, explicou que o encontro de multiplicadores é a terceira etapa do processo, cujas duas fases anteriores foram realizadas em novembro de 2022, de modo virtual.
“Na primeira etapa trabalhamos o que é a bioeconomia para a Amazônia Legal e como a educação profissional interage na bioeconomia. Tivemos também apresentações de experiências de casos de educação profissional de vários Estados. Já na etapa dois foram discutidos temas como cadeia de valor. Nós olhamos para a cadeia produtiva da região e entendemos quais são os atores, quais as demandas e como está a pesquisa, a assistência e o apoio para que aquela cadeia produtiva possa se desenvolver”, afirma o coordenador e facilitador da capacitação de Alta Floresta.
A segunda etapa da capacitação foi um seminário de bioeconomia e cadeias de valor, realizado em quatro dias, de forma online, no final de 2022, para todos os Estados da Amazônia.
Definições e conceitos
São temas da bioeconomia o uso de recursos renováveis a favor da economia mais limpa. Constam da lista produtos como etanol e biodiesel e processos como a fermentação, segundo o Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
Destacam-se entre as qualificações profissionais técnicas em bioeconomia, além dos cursos técnicos, conforme a Classificação Brasileira de Ocupações (CBO): agricultor agroflorestal, agricultor familiar, agricultor orgânico, apicultura agroecológica, exportação de produtos agroecológicos, comercialização e logística da produção agroecológica e uso de drone no manejo de florestas e agroflorestas.
Os Estados que compõem a Amazônia Legal são 9: Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins.
Fonte: Governo MT – MT


MATO GROSSO
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.
-
MATO GROSSO5 dias atrás
CONCEEL-EMT reforça orientações sobre a nova identificação das Unidades Consumidoras
-
MATO GROSSO4 dias atrás
Utilização de veículos como pagamento de imóveis se torna opção de mercado em Cuiabá
-
MATO GROSSO2 dias atrás
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso
-
GERAL5 dias atrás
TNT Energy Drink acelera a expansão no universo do basquete com embalagens exclusivas temáticas da NBA no Brasil
-
ARTIGOS2 dias atrás
Tecnologia, ciência e humanização: o tripé da medicina do futuro
-
ARTIGOS2 dias atrás
Especialista em diagnóstico por imagem explica como a biópsia guiada contribui para o tratamento precoce do câncer de mama