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Programa Consultório na Rua leva atendimento às pessoas em situação de vulnerabilidade social

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As duas equipes do programa Consultório na Rua, da Secretaria Municipal de Saúde – SMS, começaram o ano de 2023 levando assistência médica, odontológica e acolhimentos em Saúde para pessoas em situação de rua. Em 25 dias, foram realizados 179 atendimentos em diversos locais da capital.

“Começamos os trabalhos do Consultório na Rua em 5 de janeiro e atendemos pacientes no Centro Pop, Albergue do Porto, Praça do Porto, Praça Ipiranga, Rodoviária, Beco do Candeeiro e Jardim Leblon”, revelou Leandra Melo, coordenadora do programa.

Os atendimentos são realizados por uma equipe multidisciplinar, composta por um médico, dentista, enfermeiro, assistente social, psicólogo, técnico bucal, técnico de enfermagem, redutor de danos e motorista. Cada unidade móvel conta com uma equipe completa.

“Realizamos desde atendimentos médicos, odontológicos, psicológicos, de enfermagem, educação em saúde bucal, encaminhamentos para especialidades, pedido de exames, curativos, entrega de medicamento conforme prescrição médica, até entrega de kits de higiene bucal, preservativos feminino e masculino, além de orientações de saúde em geral”, comentou Leandra.

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A coordenadora explica que o trabalho do Consultório na Rua é bastante delicado, pois os pacientes são pessoas em situação de vulnerabilidade e que precisam ter confiança nos profissionais que integram as equipes para que utilizem os serviços oferecidos. “Nosso trabalho consiste em minimizar os danos às pessoas que vivem nas ruas, correndo riscos e para isso precisamos que eles se sintam seguros conosco, para que nosso trabalho seja feito”, explicou.

Segundo o psicólogo Silvio Veloso, integrante de uma das equipes do Consultório na Rua, o Centro Pop é a referência para atendimento, mas também existem outros meios de chegar até o público-alvo. “Nas praças ou nos locais de aglomeração, já conhecemos os responsáveis ou lideranças e eles têm grupos de mensagens nos quais estamos inseridos também. Nós avisamos os dias e locais onde faremos o atendimento. Também há dias específicos que fazemos a busca ativa de pessoas nos locais onde sabemos que essa população costuma ficar”, disse o psicólogo.

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Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

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Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).

O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior ­- índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).

A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.

No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.

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A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.

Dificuldades

As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.

As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).

Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.

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Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.

“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.

Dados da pesquisa

O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.

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