MATO GROSSO
Quatro novas escolas técnicas estaduais entregues pelo Governo de MT têm capacidade para atender 6 mil alunos
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O Governo de Mato Grosso entregou quatro escolas novas técnicas estaduais (ETEs) em 2022 e 2023 e prevê inaugurar, em 2024, outras quatro novas unidades, nos municípios de Campo Verde, Matupá, Juara e Sorriso. Com a conclusão, o Estado passará a contar com um total de 16 escolas técnicas, geridas pela Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (Seciteci), para atender a população.
As unidades têm como objetivo atender as demandas na oferta de cursos técnicos e formação profissional manifestadas pelas cidades, a fim de beneficiar os 142 municípios do estado para que tenham condições de qualificar em nível técnico e nível superior, como mestrado e doutorado.
As estruturas possuem dois pavimentos divididos em 11 laboratórios profissionalizantes, 12 salas de aula, auditório com 148 lugares, além de laboratório especial, biblioteca, refeitório, centro de convivência, ginásio poliesportivo coberto, área administrativa e estacionamento.
Cada unidade possui capacidade para 1,5 mil alunos, nos turnos matutino, vespertino e noturno. Entre as formações técnicas e profissionais estão Técnico em Segurança do Trabalho; Técnico em Agronegócio; Técnico em Enfermagem e outros demandados pelos próprios municípios.
A obra em Matupá é a mais adiantada, com 96% da construção finalizada. Já em Campo Verde, as obras também seguem em ritmo acelerado, com 95% de execução. As unidades de Juara e Sorriso, com previsão de entrega entre os meses de maio e julho, estão 70% prontas, aproximadamente.
De acordo com o secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação, Allan Kardec, a conclusão das obras faz parte da preocupação do Governo em encerrar a espera de quase 10 anos de paralisações dos projetos. As unidades possuem alto padrão de qualidade exigido Seciteci.
“O ano foi fantástico e em 2024 nós encerraremos o ciclo de entrega de obras paralisadas. Nós conseguimos entregar quatro das oito escolas que estavam há mais de 10 anos paradas, e agora nós estamos prontos para entregar as outras quatro. O Governo Mauro Mendes cumpre, então, o compromisso de fazer grandes entregas. Teremos, ao final deste ano, 16 unidades em atendimento total”, disse o secretário.
A atual gestão já inaugurou quatro escolas técnicas, sendo as de Cuiabá, Primavera do Leste, Cáceres e Água Boa. Nas unidades já entregues foram investidos, aproximadamente, R$ 56 milhões. Já nas quatro novas unidades o valor do investimento chega a R$ 47 milhões.
A partir deste ano, a Seciteci irá ofertar cursos técnicos concomitantemente com o Ensino Médio. A ação é fruto de uma parceria com a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) e será disponibilizada em 15 municípios mato-grossenses. O estudante que optar pela modalidade poderá concluir o Ensino Médio já com um diploma técnico em uma das áreas escolhidas.
“Ainda em 2024 entregaremos as duas últimas, que são as escolas técnicas de Sorriso e também de Juara. Teremos 16 unidades em atendimento total, tanto matutino, vespertino e noturno, numa parceria com a Seduc, onde nossas escolas também estarão sendo ocupadas por alunos que estarão fazendo o ensino médio na concomitância com o ensino superior”, concluiu Allan.
Para saber mais sobre as ETEs, clique aqui.
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Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso
Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.