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Reforma tributária e as mudanças no mercado imobiliário

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A recente proposta de reforma tributária tem gerado um intenso debate no cenário econômico brasileiro, levantando questões sobre como as mudanças nas regras fiscais afetarão diversos setores, especialmente o mercado imobiliário. Com o objetivo de simplificar o sistema tributário, melhorar a arrecadação e fomentar o crescimento econômico, a reforma promete alterações significativas nas obrigações fiscais das empresas e indivíduos.

A reforma tributária proposta busca substituir o atual sistema de impostos indiretos, que inclui o ICMS, PIS, COFINS e ISS, por um Imposto sobre Bens e Serviços (IBS). Além disso, a reforma pretende revisar o Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ) e Pessoa Física (IRPF), e simplificar a carga tributária sobre a produção e o consumo.

Segundo a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), a carga tributária média sobre o segmento está entre 6,4% e 8%. A Cbic e outras entidades do setor, como a Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), defendem a elevação do redutor da alíquota padrão de 40% para 60%, o que reduziria a alíquota de IVA para 11,98%.

Para quem vive do setor, este é um tema também delicado por influenciar na política fiscal e monetária do país, assim como nas taxas de juros. Os imóveis de médio e alto padrão, também sentirão esse impacto, já que as taxas de juros mais baixas, frequentemente associadas a uma política monetária expansiva, tornam o financiamento imobiliário mais acessível. Isso pode estimular tanto a compra quanto a construção de imóveis, impulsionando a atividade no setor imobiliário.

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Por outro lado, um aumento nas taxas de juros pode encarecer o crédito imobiliário, desestimulando o investimento e a demanda por imóveis. Em resumo, as variações nas taxas de juros têm um impacto direto na dinâmica do mercado imobiliário, influenciando a acessibilidade do crédito e, consequentemente, as decisões de compra e investimento. Isso vale para todas as regiões do país, inclusive as que apresentam maior destaque de vendas, como Itapema (SC) – o segundo metro quadrado mais valorizado do Brasil.

Na última semana, Itapema atingiu o maior número de imóveis vendidos nos últimos anos. Dados da plataforma DWV apontam que nos últimos quatro anos foram vendidas 9.089 unidades na cidade, gerando R$ 10 bilhões em negociações.

A conquista desse recorde é um reflexo da confiança que investidores e compradores têm em Itapema. A cidade tem se consolidado como um destino de alto valor, oferecendo não só qualidade de vida, mas também oportunidades promissoras para o mercado imobiliário.

A reforma tributária representa uma transformação significativa no sistema fiscal brasileiro e trará mudanças notáveis para o mercado imobiliário. À medida que as novas regras se tornam mais claras e começam a ser implementadas, será importante para todos os envolvidos no setor imobiliário acompanharem de perto as evoluções e ajustarem suas estratégias conforme necessário. A reforma tem o potencial de criar um ambiente mais favorável para o crescimento e o desenvolvimento do mercado imobiliário, oferecendo novas oportunidades para investidores, construtoras e consumidores.

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*Raquel Martins é especialista em investimentos imobiliários e proprietária da ZAI inteligência imobiliária

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Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

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Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).

O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior ­- índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).

A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.

No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.

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A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.

Dificuldades

As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.

As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).

Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.

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Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.

“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.

Dados da pesquisa

O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.

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