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Reforma tributária trará desafios e oportunidades para estabelecimento de saúde

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Prestes a entrar em vigor, a reforma tributária impactará diretamente a gestão financeira e a competitividade das empresas do setor da saúde. Já em janeiro de 2026, a reforma tributária começará sua transição, e com impacto diferente em cada área.

No setor de saúde não será diferente e especialistas tributários alertam para que as empresas estejam com planejamento em dia para evitar surpresas desagradáveis.

A mestranda em direito tributário e coordenadora do FCS Advogados, Thayelle Vendramini que ministrou palestra sobre o assunto para associados do Sindicato das Empresas de Saúde de Mato Grosso (Sindessmat), reforçou que a reforma tributária já é uma realidade e que as empresas do segmento de saúde vão precisar se preparar e estarem atentas às mudanças na tributação.

“O planejamento estratégico será fundamental durante essa mudança, será preciso rever os passos práticos para adaptar os processos internos, sistemas e até os contratos, tudo para garantir que haja uma transição segura desse sistema, ao mesmo tempo, garantir com isso uma vantagem competitiva no mercado estudando as brechas legais que possam ser mais vantajosas para o estabelecimento”.

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Ela reforça que na prática, para os hospitais, clínicas e laboratórios, a reforma tributária trará uma complexidade na forma de apuração de impostos destes estabelecimentos.

“O sistema de crédito tributário, a tributação sobre os serviços médicos e a aquisição de equipamentos serão alterados por conta da não cumulatividade dos impostos, e ignorar essa transformação ou não se preparar adequadamente para ela pode trazer um aumento da carga tributária, uma perda de competitividade e riscos fiscais também”, pontuou.

Para o sócio do FCS Advogados e mestre em direito tributário, Alex Ferreira, a reforma tributária trará também oportunidades para os estabelecimentos de saúde.

“A reforma tributária é uma mudança de paradigma, tanto para os profissionais da contabilidade e do direito quanto para o empresário, pois isso vai influenciar diretamente na rentabilidade do negócio. É importante que ele esteja bem assessorado com profissionais que possam trazer as melhores soluções para seu negócio, pois a reforma já começa em 2026”, reforçou.

A diretora executiva do Sindessmat, Patrícia West destacou a importância do evento e de o sindicato disponibilizar especialistas para que as empresas possam, de forma preventiva, avaliar o impacto da reforma tributária no setor da saúde e como essa mudança afetará a operação no dia a dia desses estabelecimentos.

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“Estar com planejamento em dia pode ser a diferença em aumentar ou reduzir os custos tributários da empresa, ainda mais na área da saúde, onde os especialistas apontam que a mudança tributária será complexa. Fazer um bom planejamento na área tributária pode trazer várias oportunidades para o estabelecimento e tornar a operação ainda mais eficiente e competitiva.

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Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

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Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).

O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior ­- índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).

A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.

No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.

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A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.

Dificuldades

As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.

As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).

Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.

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Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.

“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.

Dados da pesquisa

O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.

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