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Rota da Ancestralidade e lista de fontes negras: Evento em Cuiabá celebra a cultura e contribuição do povo preto na história da Capital

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Em comemoração ao mês da Consciência Negra, o Museu da Imagem e do Som de Cuiabá (MISC) e a Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial de Mato Grosso (Cojira/MT) promovem, no próximo sábado (18), uma edição especial da Rota da Ancestralidade e a divulgação da lista de fontes negras, elaboradas pela comissão.

A programação terá início às 7h, com concentração na sede do MISC, contará com a exibição do documentário sobre os principais pontos do centro histórico da capital, seguido do cortejo afro com intervenções artísticas, e apresentação dos membros da Cojira/MT, com o lançamento da lista de fontes negras para a imprensa mato-grossense e roda de conversa sobre a história, a cultura e o legado da população preta para a sociedade cuiabana.

O objetivo dessas ações é valorizar e resgatar a cultura do povo preto em Cuiabá. É também mostrar para a população a influência das pessoas negras na história da cidade, destacar a cultura africana nos modos do “ser cuiabano”, relembrar a formação dos povos e dar visibilidade para os saberes africanos que possibilitaram a edificação de muitas obras na capital.

Além disso, o evento também pretende, com a apresentação da Lista de Fontes Negras, mostrar o protagonismo das pessoas negras que atuam nos mais diferentes setores de Cuiabá, que são referência nas mais diversas áreas do mercado de trabalho, mas que, por vezes, por causa da invisibilidade, acabam não sendo reconhecidos e não têm espaço para divulgar suas produções de conhecimento e empreendedorismo negro.

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Para Cléia Batista da Silva Melo, uma das pesquisadoras da Rota da Ancestralidade, as ações deste sábado são uma forma de reparação histórica, para provocar as pessoas para uma reflexão sobre os apagamentos históricos e sobre a presença, a luta e o trabalho do povo negro. “A Rota da Ancestralidade é um movimento que permite que as pessoas reconheçam histórias, espaços, patrimônios e monumentos de pessoas pretas, que contribuíram muito para a história de Cuiabá”, contextualiza.

O documentário produzido pela jornalista Bruna Maciel mostra os territórios que foram construídos pela população negra e que hoje compõem o centro histórico de Cuiabá. “Nosso objetivo com o documentário é explorar minuciosamente os aspectos cruciais construídos pelo povo preto e elucidar o significado desses elementos para a sociedade cuiabana. Por muito tempo, essa contribuição foi relegada ao esquecimento, mas, graças ao trabalho de pesquisa de Cristóvão Luiz para a divulgação e a demarcação, esses pontos são reconhecidos e valorizados, conquistando um espaço cada vez maior. A Rota da Ancestralidade é o reconhecimento material e imaterial do povo preto”, explica a diretora audiovisual.

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Entre os convidados para as ações desse evento, estão os profissionais da imprensa da capital, que compõem a recém-criada Cojira/MT, que, neste dia, divulgarão um banco de dados de pessoas negras dos mais variados segmentos profissionais da capital. Celly Silva, da coordenação da Comissão, explica que essa ação visa contribuir com os colegas das redações da mídia cuiabana. “Nós, negros e negras, podemos dar informações sobre vários assuntos, não somente sobre racismo, mas também sobre saúde, arquitetura, tecnologia, engenharia, economia, artes, educação, segurança, música, agricultura, direito, enfim, sobre várias áreas. Essa lista de fontes negras tem como objetivo dar visibilidade às diversas pessoas negras que trabalham e estão presentes com o desenvolvimento de nossa sociedade”.

O MISC está localizado no centro histórico da capital, na Rua 7 de setembro, n.º 1, no Centro norte da capital. A programação tem classificação livre e é totalmente gratuita. Mais informações, pelo telefone (65) 9 9247-4712.

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Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

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Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).

O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior ­- índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).

A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.

No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.

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A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.

Dificuldades

As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.

As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).

Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.

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Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.

“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.

Dados da pesquisa

O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.

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