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Rota do Oeste arrecadou R$ 519 milhões com pedágio em 2022

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A Concessionária Rota do Oeste (CRO) teve uma receita de R$ 519,7 milhões em 2022 com a cobrança de pedágios na BR-163 em Mato Grosso. No relatório financeiro do ano passado, a companhia relata que teve lucro líquido de R$ 63 milhões em toda sua operação.

As informações constam no último relatório da Rota do Oeste, relativo a todo o ano de 2022, apresentado aos acionistas e à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) no final de março deste ano. Apesar da alta arrecadação e do lucro positivo, a Odebrecht Transport (OTP), empresa controladora da concessão, teve dificuldades para investir na duplicação da rodovia nos últimos anos.

O relatório financeiro aponta que a empresa tem uma dívida líquida de R$ 936 milhões. Em 2022, esse valor de endividamento cresceu 5,7% em relação a 2021, apesar de a empresa não ter adquirido nenhum empréstimo novo no período.

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Agora, o Governo de Mato Grosso, por meio da empresa de economia mista MT Participações S/A (MT Par), vai assumir a concessão no lugar da OTP.

A assinatura do contrato acontece em 4 de maio. A MT Par vai pagar apenas R$ 1,00 pela compra da concessão, e vai quitar R$ 920 milhões em dívidas com bancos públicos e privados deixadas pela Odebrecht. Os empréstimos serão quitados com um pagamento à vista de cerca de R$ 400 milhões.

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Ao longo do ano a Provisão para Conserva Especial (ICPC 01) atingiu a quantia de R$ 21.941 mil, porém a partir do segundo semestre a Companhia decidiu não constituir mais provisão até o equacionamento do caminho a ser seguido pela concessionária seja TAC ou TA

Na Nova Rota do Oeste, a empresa controlada pelo Estado tem previsão de investir R$ 1,2 bilhão para duplicar os trechos ainda não duplicados da BR-163 no trecho da concessão, que vai de Itiquira, na divisa de Mato Grosso com Mato Grosso do Sul, até Sinop, passando por 19 municípios, incluindo Cuiabá.

PEDÁGIO E PROVISÃO

As receitas de pedágio somaram R$ 519,7 milhões em todas as praças da Rota do Oeste, apresentando um crescimento de 4,6% ante 2021, quando o valor arrecadado foi de R$ 496,9 milhões.

A empresa cobra valores que vão de R$ 1,80 a R$ 70,00, a depender do local do pedágio e da categoria do veículo. A tarifa é em média de R$ 5,09 a cada 100 km, segundo o relatório da empresa.

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Há praças de pedágio em Itiquira, Rondonópolis, Campo Verde, Santo Antônio do Leverger, Jangada, Nobres, Nova Mutum, Lucas do Rio Verde e Sorriso.

No documento, a Rota do Oeste fala sobre a troca de controle acionário da Odebrecht para a MT Par, por meio de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). A empresa aponta que, a partir do momento em que as negociações avançaram, deixou de injetar recursos na Provisão para Conserva Especial, uma espécie de fundo para obras de manutenção da rodovia.

“Ao longo do ano a Provisão para Conserva Especial (ICPC 01) atingiu a quantia de R$ 21.941 mil, porém a partir do segundo semestre a Companhia decidiu não constituir mais provisão até o equacionamento do caminho a ser seguido pela concessionária seja TAC ou TA”, afirma no relatório, se referindo à outra possibilidade, um Termo Aditivo (TA) ao contrato.

A empresa afirma que, caso o TAC se confirme, com a troca de controle acionário, “a provisão será reavaliada de acordo com o novo cronograma de obras”. Há expectativa de investimentos anuais de cerca de R$ 900 milhões do Estado por meio da MT Par.

MIDIA JUR

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Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

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Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).

O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior ­- índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).

A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.

No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.

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A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.

Dificuldades

As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.

As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).

Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.

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Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.

“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.

Dados da pesquisa

O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.

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