MATO GROSSO
Seciteci cria novas escolas técnicas estaduais e expande oferta de vagas em cursos profissionalizantes
MATO GROSSO
A Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (Seciteci) criou cinco novas escolas técnicas estaduais (ETECs) em 2024, passando de 12 para 17 unidades. Com isso, ampliará de 4 mil para 7 mil o número de jovens e adultos em cursos profissionalizantes.
As 17 ETECs foram criadas em lei desde 2009, mas nunca haviam sido implantadas totalmente. “Mato Grosso vive um novo momento da educação profissional e tecnológica. Tínhamos 12 escolas técnicas funcionando em 2023. Em 2024, começamos o ano com 15 unidades e vamos iniciar 2025 com 17 e a nossa capacidade máxima em pleno funcionamento”, explica o secretário da Seciteci, Allan Kardec.
Mato Grosso construiu novas escolas e retomou obras e reformas paralisadas em oito municípios. Algumas delas estavam paradas há quase dez anos. Foram construídas em 2024 as ETECs de Campo Verde e Matupá, enquanto as unidades de Sorriso e Juara estão em fase final e serão entregues no início de 2025, o que representa investimentos de R$ 100 milhões. Várzea Grande receberá novos alunos a partir da parceria com a Secretaria de Estado de Educação (Seduc).
As novas estruturas possuem dois pavimentos divididos em 11 laboratórios profissionalizantes, 12 salas de aula que comportam 1,5 mil alunos nos três períodos, auditório com 148 lugares, além de laboratório especial, biblioteca, refeitório, centro de convivência, ginásio poliesportivo coberto, área administrativa e estacionamento.
“Quem ganha com isso é o povo de Mato Grosso, que terá mais oportunidade de qualificação, geração de emprego e renda”, completa o secretário Allan Kardec, ao ressaltar que a Seciteci também ampliou e reformou dez laboratórios de informática nas escolas ao longo de 2024.
As Escolas Técnicas ofertam gratuitamente cursos técnicos nas modalidades concomitante intercomplementar (quando o estudante curso ensino médio e profissionalizante no mesmo período e unidade de ensino), concomitante (em escolas e turnos diferentes) e subsequentes (para jovens e adultos que já concluíram a educação básica).
A partir de 2025 as Escolas Técnicas estarão presentes em: Água Boa, Alta Floresta, Barra do Garças, Cáceres, Campo Verde, Cuiabá, Diamantino, Juara, Lucas do Rio Verde, Matupá, Poxoréu, Primavera do Leste, Rondonópolis, Sinop, Sorriso, Tangará da Serra e Várzea Grande.
De acordo com o secretário adjunto de Educação Profissional e Superior da Seciteci, Dimorvan Brescancim, em 2024 o Estado ofertou nas ETECs 19 cursos diferentes e 48 turmas. As aulas são realizadas através de parceria com a Seduc e abrangem as áreas vocacionadas para cada região de Mato Grosso, como agropecuária, agricultura, agronegócio, algodão têxtil, agroindústria, energias renováveis, tecnologia da informação, automação, construção civil, saúde, gestão e negócios.
Dimorvan explica ainda que, até 2023, os cursos eram realizados basicamente nos períodos noturno e no resto do dia as ETECS ficavam ociosas. “O governador Mauro Mendes nos autorizou fazer parcerias com a Seduc e isso mudou nossa realidade a partir da determinação do secretário Allan Kardec. Temos alunos nos três períodos e espaços sendo usados o dia inteiro”.
Seletivo
Para realizar os cursos de educação profissional e tecnológica, a Seciteci também iniciou processo seletivo para contratação de professores, técnico administrativo educacional e técnico de apoio educacional em 439 perfis. Isso vai permitir atender alunos das 17 cidades onde têm ETEC e também em cursos realizados fora de sede.


MATO GROSSO
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.
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