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Secretaria Municipal de Saúde realiza força-tarefa de atendimento odontológico à pessoas em situação de vulnerabilidade social

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A Prefeitura de Cuiabá, através da Secretaria Municipal de Saúde. realizará ações de urgência na área odontológica para a população em situação de vulnerabilidade social. O trabalho começou neste sábado (30) e tem como objetivo, diminuir a dor, limitar danos como infecção, entre outros. A programação será executada também nos próximos sábados, 07 e 14 de dezembro, das 7h às 15h, no mesmo local, a Associação Terapêutica Ambiental e Acolhimento Paraíso (ATAAP), que abriga 150 pessoas em sistema de albergue. Quatro cirurgiões dentistas da rede municipal estão envolvidos no atendimento, sendo eles Sérgio Issao Yamada, Glaziellen Laura Carvalhaes Oliveira e Marcela Castello Branco Alves e Maricelia Arruda Silva, coordenadora da ação. Consultas médicas, exames laboratoriais e palestras também integram os serviços oferecidos. Na segunda-feira, 02 de dezembro, equipe do  Programa Amor, da Secretaria Municipal de Saúde dará suporte coletando exames dos pacientes já para a entrega de resultados na próxima ação, dia 07 de dezembro.

A ação odontológica de urgência envolve extração de dentes, restauração, solucionar um incômodo do dente, uma dor, um curativo, e demais situaçõs pertinentes, uma vez que a demanda para estes serviços é grande. “O Atendimento de urgência visa levar mais qualidade de vida, para que a pessoa tenha uma melhora na sua saúde, tendo em vista que o tratamento odontológico é demorado. Então, uma vez que o paciente se senta na nossa cadeira odontológica para ser atendido, recebe o tratamento completo. Essa ação visa diminuir a dor, limitar danos como infecção, um foco de infecção maior, uma endocardite que pode se desenvolver. Às vezes, uma dor na perna, pode ser uma bactéria que entrou pelo dente e vai até o joelho. O motivo da iniciativa é reduzir danos e resulta positivamente para todos, inclusive para a administração pública. Com ações preventivas é possível evitar que evolua para casos mais graves”, explicou a coordenadora da ação e cirurgiã dentista Maricélia Arruda Silva.

Também é uma tentativa de fazer com que esses pacientes da região do CPA busquem atendimento no Posto de Saúde do CPA III, sem ter problemas com o deslocamento, ou seja, facilitar o caminho para eles. Muitos deles são atendidos na unidade odontológica do bairro Dom Aquino, onde Maricélia atende.  “O difícil para eles é o acesso. Mostrar que se tiver unidade de saúde próxima a região onde moram o tratamento fica mais fácil”, pontuou a dentista.

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Esse foi um dos motivos pela escolha da  Associação Terapêutica Ambiental e Acolhimento Paraíso (ATAAP), situada no CPA III sediar os eventos. No local estão 150 albergados, mas varia até 200, uma vez que eles têm liberdade para entrar e sair, conforme as regras do local.

“Estamos em quatro profissionais para agilizar o atendimento. Consegui trazer três cirurgiões dentistas, todos do município, olha a vantagem da ação! Outra vantagem está sendo o apoio do Programa Amor, também da Secretaria Municipal de Saúde, que vai coletar os exames de todos os pacientes que foram consultados neste sábado (30) e os resultados serão entregues na próxima ação, dia 07 de dezembro, aqui mesmo na ATAAP”, comemora Maricelia.

O fator confiança conta muito em se tratando de pessoas em situação de vulnerabilidade social. Para ter uma ideia, geralmente na primeira ação acontece de não atingir o público esperado, porque, devido a situação de vulnerabilidade social, precisam aceitar, adquirir confiança. A realidade vai mudando com a participação das primeiras pessoas, que vão interagindo e ganhando confiança e se encorajam para participar.

Há cerca de um ano quando começou a atender esses pacientes, Maricélia percebeu o descrédito. Na época, a unidade de saúde para tratamento era no Tijucal, o que dificultava muito o deslocamento, e os pretensos participantes achavam que não ia funcionar. Até mesmo no Dom Aquino é considerado longe para a maioria.

“O objetivo com as ações é mostrar que quanto mais próxima a unidade de tratamento estiver desses pacientes, mais eles vão aceitar e aderir aos serviços oferecidos. Com isso vamos evitar filas em UPAs (Unidades de Pronto Atendimento), filas nas Unidades Básicas de Saúde com urgência de dor de dente. Porque, além de trabalharmos o dia a dia, desenvolvemos o trabalho na promoção de saúde, o consultório na rua faz isso, conversa, mostra para eles que podem fazer uma higienização onde estiverem, ali mesmo na rua”, relatou a dentista.

O programa funciona desde a abordagem local, seja na rua ou no albergue, é conhecida a realidade do paciente e o motivado ao atendimento odontológica. Vamos além de uma restauração, extração. O trabalho é de desenvolvimento emocional, de melhoria de qualidade de vida. Já foram inúmeros atendimentos realizados, é um trabalho de formiguinha porque o paciente precisa confiar, dar credibilidade ao grupo e começa a vir. Essa transformação da mentalidade começa desde a abordagem, palestras, entrega de kits de higiene.

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Aparecido Carvalho Santos, 52 anos, esteve entre os atendidos deste sábado, ele gosta do acolhimento e do serviço. “É muito bom, é a segunda vez que venho em busca do tratamento. Se não tivesse esse recurso seria muito difícil, não teria dinheiro para pagar”, disse.

O coordenador da ATAAP, Paulo Santos e a Assistente Social do local, Pâmela Aguilera acompanharam os serviços. Na oportunidade, Pâmela avaliou que trabalhar com as pessoas em situação de vulnerabilidade social é um grande aprendizado, ela ajuda a cuidar dos 150 albergados. “É um trabalho desafiador, mas extremamente importante. Eles fazem a gente fugir um pouco do nosso mundinho, da nossa bolhinha e entender que as pessoas precisam um pouco mais de atenção, um pouco mais de cuidado. A maioria não tem família, tem muitos deles que são idosos abandonados pela família, tem também os que foram criados na rua desde adolescente, outros egressos do sistemas prisional, enfim,  a questão social é gigantesca aqui dentro. São pessoas que até tentam, mas não encontram oportunidades e buscamos a reintegração deles na sociedade, com a oferta de emprego”.

Novembro Azul x Dezembro Vermelho

As ações voltadas para o atendimento odontológico serão desenvolvidas numa sequência de três sábados: 30 de novembro,  07 e 14 de dezembro. Neste primeiro dia (30), como ainda dentro do mês de prevenção ao câncer de próstata, campanha do Novembro Azul, foi explanado sobre o tema, levando informações e esclarecimentos. Nas edições seguintes, o assunto envolverá doenças sexualmente transmissíveis (IST/AIDS), que é o lema do Dezembro Vermelho.

Para a cirurgiã dentista Marcela Castello Branco Alves, o trabalho de levar a saúde a população é sempre uma oportunidade de restabelecer a saúde, a estética, o sorriso, autoestima e a qualidade de vida de um modo geral. “A gente se dedica a saúde da população, e é sempre muito bom poder levar isso, dar acesso a quem precisa. Como servidor público, nosso dia a dia é esse, sempre em contato com a população para restabelecer a estética, o sorriso”, explicou.

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Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

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Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).

O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior ­- índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).

A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.

No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.

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A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.

Dificuldades

As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.

As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).

Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.

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Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.

“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.

Dados da pesquisa

O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.

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