MATO GROSSO
Seduc e Senai se unem em cursos de Formação Técnica e Profissionalizante
MATO GROSSO
A Secretaria de Estado de Educação (Seduc-MT) lançou, nesta quinta-feira (02/06), às 08h30, a Educação Profissional e Técnica do Novo Ensino Médio. O evento foi realizado em Cuiabá, no Centro de Eventos do Senai-MT, parceiro do Governo de Mato Grosso no oferecimento de 14 cursos técnicos aos estudantes.
A oferta dos cursos atende a um dos pilares do Novo Ensino Médio, denominado ‘Projeto de Vida’. Por meio de Itinerários Formativos, permite a flexibilização e a diversificação dos currículos, disponibilizando ensino técnico aos estudantes do 1° ano.
A parceria com o Senai-MT vai proporcionar cursos técnicos e profissionalizantes a estudantes dos municípios de Alta Floresta, Aripuanã, Barra do Bugres, Cáceres, Cuiabá, Lucas do Rio Verde, Nova Mutum, Rondonópolis, Sinop, Sorriso e Várzea Grande.
O secretário de Estado de Educação, Alan Porto, destacou que o desafio agora é engajar os jovens, ensinar e prepará-los para serem protagonistas de suas carreiras profissionais. “O Novo Ensino Médio veio para revolucionar esta nova forma de fazer a educação no país e aqui, em Mato Grosso, estamos largando na frente. Somos o primeiro estado a firmar esta parceria e, através dela, teremos 12.500 estudantes para formar até 2026”.
Danielle Aparecida Gomes da Silva, coordenadora de Gestão Pedagógica da DRE polo Diamantino, conta, que em visita ao Senai de Nova Mutum, onde duas turmas participam dos cursos técnicos, sentiu-se gratificada. “Nossos estudantes estão maravilhados. Eles estão, sim, mais engajados e bastante motivados”.
Dentro desta proposta, os alunos têm aula em um dia da semana no Senai, utilizando seus equipamentos e laboratórios e, em outro, o professor da instituição vai até a unidade escolar da rede estadual, em uma nova experiência ressaltada pelo diretor Regional do Senai-MT, Carlos Braguinha.
“Estamos indo para a prática, para dentro da escola pública e trazendo os estudantes para nossas instituições. Portanto, compartilhamos o mesmo desafio de transformar estes estudantes. Nos juntamos e nos integramos para arcar com esse desafio tão intenso, que é formar pessoas de qualidade, sobretudo, no pós-pandemia”, detalha.
Os cursos técnicos oferecidos no Senai-MT estão voltados ao atendimento das demandas das regiões onde estão sediados, o que contribui com a formação de profissionais para atender ao mercado de trabalho.
A diretora da Escola Estadual São Francisco, Luciene Marinheiro Pereira, de Aripuanã, onde 53 estudantes têm acesso ao curso técnico de Mineração, vê o novo ensino médio como uma opção para que os estudantes tenham escolhas para o futuro.
“Agora, nossos alunos estão focados em ir mais além, porque vêm uma oportunidade de serem inseridos no mercado de trabalho. Não só com possibilidades em nossa cidade, como em até outros estados, onde há empresas de mineração”, comemora.
Neste primeiro ano, estão sendo ofertados os cursos técnicos de Desenvolvimento de Sistemas, Manutenção e Suporte em Informática, Programação de Jogos Digitais, Design Gráfico, Rede de Computadores, Automação, Mecatrônica, Mineração, Edificações, Mecânica, Eletromecânica, Logística, Eletrônica e Eletrotécnica.
Além destes cursos, ainda serão disponibilizadas matrículas em cursos técnicos concomitantes. São três, realizados em quatro semestres, e podem atender alunos que estejam cursando o 2° ano do Ensino Médio: Segurança do Trabalho, Eletrotécnica e Automação.
Cursos de Qualificação Profissional, de curta duração, também entram na parceria. São ministrados em 40 dias, com carga horária de 160 horas, voltado a estudantes de qualquer ano letivo. Ao todo, são sete cursos das áreas de Gestão, Logística e Tecnologia da Informação (TI). Com isso, outro pilar do novo ensino médio é contemplado: a Valorização da Aprendizagem, com a ampliação da carga horária curricular.
A parceria com o Senai vai até 2026 e, durante este período, serão oferecidas 33 mil vagas aos estudantes da Rede Pública do Estado, divididas em 12.500 matrículas no Novo Ensino Médio, 20 mil matrículas nos cursos de Qualificação Profissional e 500 matrículas no curso Técnico Concomitante.


MATO GROSSO
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.
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