MATO GROSSO
Seduc promove capacitação para trabalhar emoções dos alunos
MATO GROSSO
A Secretaria de Estado de Educação (Seduc-MT) destinou o período da tarde desta quarta-feira (18/05), para uma capacitação com os profissionais presentes na FATEC Senai. O evento também teve presença online de professores de diferentes locais do Estado.
A finalidade do encontro foi apresentar dados sobre a saúde mental de crianças e adolescentes neste período pós-pandemia e informar sobre as oficinas, que ocorrerão ao longo dos dias, com a visita dos gestores da Nuvem9Brasil às 15 Diretorias Regionais de Educação (DRE). A parceira da Seduc é uma instituição que promove estratégias para o desenvolvimento de competências socioemocionais.
Atualmente, nas agendas internacionais para a Educação, o desenvolvimento de competências socioemocionais têm sido destaque. Aliado a isto, um estudo da UNICEF, sobre a pandemia, demonstra que mais de 13% dos adolescentes, entre 10 e 19 anos, foram diagnosticados com algum transtorno mental.
Diante deste cenário, a Seduc tem buscado promover, desde o ano passado, cuidados com a saúde mental dos estudantes, principalmente a partir dos reflexos e traumas causados pela Covid-19. Iniciou, então, um trabalho de desenvolvimento de competências socioemocionais com os alunos das séries iniciais e, agora, amplia esta proposta, atendendo também aos alunos do 6°ano até o ensino médio.
Dentro desta metodologia de prevenção ao adoecimento mental, materiais orientativos e lúdicos já estão à disposição nas escolas e, na sequência, professores serão capacitados para lidar com as dificuldades emocionais dos estudantes.
Daniela Benites Moraes, coordenadora da EE Alina do Nascimento Tocantins, relata, que depois da pandemia, os alunos estão com dificuldades para trabalhar suas emoções. Ela percebe o abalo emocional deles e como esta situação tem atrapalhado o rendimento escolar e as relações interpessoais. A coordenadora reconhece o material como um apoio para lidar com o problema.
“Acho que trabalhar o socioemocional deles é fundamental e o material recebido é muito interessante. Já estávamos trabalhando com os alunos dos anos iniciais, os pequenos, e agora vamos trabalhar do 6° ao 9° ano, fase na qual estamos tendo mais problemas na escola, mas estamos motivados”.
Uma das metas do programa é desenvolver as competências emocionais de Autoconsciência, Autorregulação, Consciência Social, Tomada de Decisão Responsável e Habilidades de Relacionamento. A tríade Empatia, Respeito e Responsabilidade deve conduzir o trabalho junto aos professores.
Joilson Francisco da Conceição, professor de Artes da EE Gov. Garcia Neto, que já vem trabalhando com o programa, defende a utilização da metodologia.
“Vai contribuir muito – e já está contribuindo na nossa unidade. Tivemos contato com o material. Inclusive, trabalhamos com os líderes de turma, pois eles têm maior facilidade de comunicação e percebemos os resultados. Os alunos querem contar sua história e buscam algum caminho para sair da angústia ou de alguma aflição que estão sentindo”, detalhou Joilson.
O parceiro da Seduc, Paulo Abud, ressalta a postura do Estado em buscar mitigar o sofrimento mental na rede. “O Estado tem se preocupado com a situação e pretende fazer desta ação uma política pública, não só um programa, mas uma política de Estado, o que demonstra a responsabilidade e a seriedade desta gestão. Não tenho a menor dúvida de que a educação de Mato Grosso está preparando uma geração muito melhor a partir destas ações”, declarou.


MATO GROSSO
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.
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