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Sema apresenta esta semana estudos para ampliar indústria de etanol em Sorriso; R$ 500 milhões

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A secretaria estadual de Meio Ambiente (Sema) vai apresentar à sociedade, esta semana, os estudos de impacto ambiental da ampliação de uma indústria de etanol, que pleiteia uma ampliação da sua planta em Sorriso para aumentar a capacidade de processamento de milho. O objetivo, conforme consta no relatório de impacto ambiental, é poder esmagar até 3 milhões de toneladas de milho por ano, o equivalente a 7,6% de toda a produção mato-grossense deste ano (estimada em 39 milhões de toneladas).

A audiência pública é hoje. Segundo a Sema, a avaliação dos estudos ambientais é uma etapa necessária no processo de licenciamento tradicional de empreendimentos e tem como objetivo fazer o diagnóstico da área afetada pela obra, possibilitando uma avaliação correta dos impactos e de medidas de monitoramento.

Atualmente, a planta da indústria em Sorriso tem autorização esmagar 2,1 milhões de toneladas de milho por ano e capacidade de produção de 895 mil metros cúbicos de etanol por ano. Caso a ampliação seja concretizada, a indústria será capaz de produzir 1,2 milhão de metros cúbicos de etanol, 60 mil toneladas de óleo de milho, 1,8 milhão de toneladas de DDGs (ração animal) e 55 megawatts de energia, anualmente.

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No relatório, a indústria cita a importância do beneficiamento de milho em Mato Grosso. “Conforme o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (IMEA), o faturamento bruto da exportação de 10 milhões de toneladas de milho é de R$ 2,7 bilhões e sem qualquer arrecadação tributária pelo Estado devido à isenção de ICMS. Porém, com a transformação desta quantidade de milho em etanol, esse valor – incluído subprodutos e cogeração de energia – subiriam para R$ 12,5 bilhões, ou seja, quase cinco vezes o valor do ganho com a exportação do milho em grão”, diz a empresa.

Em outro trecho do documento, a empresa estima um investimento acima de R$ 500 milhões para ampliar a indústria de Sorriso. “Com a ampliação da usina poderemos acompanhar a crescente demanda por nossos produtos, além de colaborar ainda mais com o desenvolvimento econômico e social do Mato Grosso e do país”, afirma.

A intenção da empresa é terminar a ampliação em um ano, acrescentando uma área de 6,3 mil metros quadrados e pretende construir seis novos tanques de fermentação, armazém de químicos, um novo complexo de destiladores/evaporadores, quatro torres de resfriamento e uma subestação de destilaria.

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A previsão é de um investimento superior a R$ 500 milhões e contratação de 100 funcionários para atuarem nas obras. Por outro lado, não está prevista a admissão de novos funcionários após a ampliação. Hoje, 245 colaboradores trabalham na indústria.

Só Notícias/Herbert de Souza (foto: arquivo/assessoria)

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Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

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Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).

O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior ­- índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).

A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.

No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.

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A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.

Dificuldades

As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.

As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).

Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.

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Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.

“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.

Dados da pesquisa

O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.

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