MATO GROSSO
Sema apresenta sistemas e processos de fiscalização ambiental a estudantes da Universidade de Yale, dos EUA
MATO GROSSO
A Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) apresentou, nesta semana, os sistemas e processos de fiscalização ambiental a estudantes de mestrado e doutorado da Escola de Meio Ambiente, da Universidade de Yale, dos Estados Unidos.
O Estado de Mato Grosso foi escolhido para compor o estudo de caso de uma aula sobre paisagens tropicais sustentáveis.
Durante as semanas que antecederam a viagem até o Brasil, os alunos estudaram conteúdos relacionados com as áreas de geologia, clima, conservação e bioeconomia, além da leitura do Painel Científico da Amazônia – The Amazon We Want -, segundo Paulo Brando, professor de Captura de Carbono em Ecossistemas e especialista em Ecossistemas Tropicais, da Universidade de Yale.
Na Sema, o pesquisador e os alunos foram recepcionados pelas equipes da Coordenadoria de Geoprocessamento e Monitoramento Ambiental e da Gerência de Planejamento de Fiscalização e Combate ao Desmatamento, onde conheceram como os modelos de geoprocessamento, monitoramento ambiental, fiscalização e desenvolvimento são executados.
“Foram apresentados dados sobre o Cadastro Ambiental Rural (CAR) e os insumos para subsidiar as análises ambientais, tais como a gestão das bases temáticas e o monitoramento da cobertura florestal, além de procedimentos e metodologia da gestão dos alertas para a fiscalização ambiental”, explicou a gerente de Planejamento e Fiscalização da Sema-MT, Graziele Gusmão.
No itinerário do grupo, composto por estudantes dos cursos de ecologia, economia, política pública, conservação, entre outras áreas, também foram previstas visitas a outras entidades, como o Instituto Produzir, Conservar e Incluir (PCI) do Governo de Mato Grosso, o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM), o Instituto Centro de Vida (ICV) e o Ministério de Meio Ambiente e Mudança do Clima, em Brasília.


MATO GROSSO
Débora Guerra defende saúde como eixo da sustentabilidade na Amazônia: “A formação médica precisa estar enraizada no território”

Com a proximidade da COP 30, a Amazônia se torna, mais do que nunca, protagonista nos debates globais sobre clima, sustentabilidade e justiça social. Para Débora Guerra, CEO da Trivento Educação, instituição presente há mais de oito anos em Altamira (PA), esse cenário exige um novo olhar sobre a formação médica. “A saúde precisa ser compreendida como parte do ecossistema amazônico, e não apenas como um serviço”, afirma.
Débora destaca que a Trivento atua com um currículo médico voltado para as especificidades da região. “Trabalhamos com temas como doenças tropicais, saúde indígena, medicina de emergência e telemedicina. A ideia é que o estudante compreenda a realidade da Amazônia e atue dentro dela, criando vínculos com a população e enfrentando os desafios locais com conhecimento e sensibilidade cultural”, ressalta.
Para além da formação acadêmica, a proposta da Trivento busca consolidar programas de residência e estágios na própria região, incentivando os futuros médicos a permanecerem no território após a graduação. “A carência de profissionais especializados é um problema histórico em cidades como Altamira e em todo o Xingu. Formar médicos que compreendam as condições de vida locais é estratégico para transformar esse cenário”, enfatiza Guerra.
Débora também defende o incentivo à interdisciplinaridade e ao trabalho em rede, fundamentais para o atendimento em áreas de difícil acesso. “O médico amazônico muitas vezes atua em contextos extremos, com poucos recursos e em articulação com equipes multiprofissionais. Por isso, nossa formação é integral, adaptada às realidades e aliada a políticas de valorização profissional”, explica.
Em diálogo com a COP 30, Débora propõe uma agenda que reconheça a saúde como parte essencial das dinâmicas socioambientais. “A saúde é determinante e consequência do meio ambiente. A degradação ambiental impacta diretamente a vida de indígenas, ribeirinhos e populações vulneráveis”, diz. A proposta da Trivento inclui investir em pesquisas interdisciplinares, com base científica robusta, e defender políticas públicas que integrem saúde, meio ambiente e desenvolvimento sustentável.
Entre as propostas, estão a ampliação do uso de energias renováveis, a telemedicina como ponte entre Altamira e grandes centros médicos, e modelos de atenção primária que respeitem o contexto cultural e territorial. “Não é apenas sobre levar atendimento, mas sobre como esse atendimento se dá, com respeito ao modo de vida local e menor impacto ambiental”, ressalta.
Débora reforça que a Amazônia precisa ser ouvida nos fóruns multilaterais. “A perspectiva amazônica tem que ser reconhecida como central no debate global sobre saúde e clima. E isso só é possível com protagonismo das comunidades locais, que carregam saberes fundamentais para a construção de soluções sustentáveis”, pontua.
A formação médica contextualizada é um passo decisivo rumo a um futuro em que saúde, ambiente e justiça social caminhem juntos. “A Amazônia não é um obstáculo, é uma potência. E formar médicos que enxerguem isso é transformar o cuidado em instrumento de desenvolvimento”, finaliza.
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