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Sema-MT flagra garimpo ilegal em Unidade de Conservação e impede dano ambiental

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A fiscalização ambiental flagrou a extração ilegal de minério na Área de Proteção Ambiental (APA) Nascentes do Rio Paraguai, localizada entre Alto Paraguai e Diamantino, conduziu duas pessoas para a delegacia e impediu a continuidade do dano ambiental. A Operação foi realizada, entre esta quarta (29) e quinta-feira (30), pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT), por meio da Coordenadoria de Unidades de Conservação (CUCO) e gerência do Parque e Polícia Militar (PMMT).

Na área fiscalizada, foi localizada uma espingarda, com nove munições intactas e uma deflagrada, no interior de um barraco que servia de moradia temporária para os infratores. Foi apreendido todo o material relacionado à extração mineral, uma motocicleta e uma carreta, utilizados para transporte de terras para a lavagem em bateias (peneiras utilizadas para “lavar” as pedras no rio e separar o ouro).

As duas pessoas foram conduzidas para a Delegacia de Polícia Judiciária Civil do município de Diamantino, para as providências da lavratura dos procedimentos de flagrante delito.

Eles responderão por infração à legislação ambiental ao causar danos direto à Unidade de Conservação (artigo 40 da Lei Federal n° 9605/98 e artigo 91 do Decreto Federal 6514/08), extrair minérios de floresta de domínio público, sem autorização do órgão ambiental, além de posse ilegal de arma de fogo.

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Instituída pelo Decreto nº. 7.596 de 17/05/06, a Unidade de Conservação mantém 77,7 mil hectares de Cerrado nos municípios de Alto Paraguai e Diamantino.

Operação Cedif – A Operação continua em todo o Estado. Foram colocadas em campo mais de 31 equipes, compostas por 100 efetivos, para combater crimes ambientais. A Operação Cedif tem este nome por integrar todos os órgãos estaduais e federais, além de instituições parceiras, que fazem parte do Comitê Estratégico para o Combate do Desmatamento Ilegal, Exploração Florestal Ilegal e Aos Incêndios Florestais (Cedif).

Denúncias

Ao se deparar com crimes ambientais, o cidadão pode fazer denúncias pelo 0800 065 3838, WhatsApp (65) 99321-9997 ou via aplicativo MT Cidadão (disponível para IOS e Android).

Fonte: GOV MT

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Débora Guerra defende saúde como eixo da sustentabilidade na Amazônia: “A formação médica precisa estar enraizada no território”

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Com a proximidade da COP 30, a Amazônia se torna, mais do que nunca, protagonista nos debates globais sobre clima, sustentabilidade e justiça social. Para Débora Guerra, CEO da Trivento Educação, instituição presente há mais de oito anos em Altamira (PA), esse cenário exige um novo olhar sobre a formação médica. “A saúde precisa ser compreendida como parte do ecossistema amazônico, e não apenas como um serviço”, afirma.

Débora destaca que a Trivento atua com um currículo médico voltado para as especificidades da região. “Trabalhamos com temas como doenças tropicais, saúde indígena, medicina de emergência e telemedicina. A ideia é que o estudante compreenda a realidade da Amazônia e atue dentro dela, criando vínculos com a população e enfrentando os desafios locais com conhecimento e sensibilidade cultural”, ressalta.

Para além da formação acadêmica, a proposta da Trivento busca consolidar programas de residência e estágios na própria região, incentivando os futuros médicos a permanecerem no território após a graduação. “A carência de profissionais especializados é um problema histórico em cidades como Altamira e em todo o Xingu. Formar médicos que compreendam as condições de vida locais é estratégico para transformar esse cenário”, enfatiza Guerra.

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Débora também defende o incentivo à interdisciplinaridade e ao trabalho em rede, fundamentais para o atendimento em áreas de difícil acesso. “O médico amazônico muitas vezes atua em contextos extremos, com poucos recursos e em articulação com equipes multiprofissionais. Por isso, nossa formação é integral, adaptada às realidades e aliada a políticas de valorização profissional”, explica.

Em diálogo com a COP 30, Débora propõe uma agenda que reconheça a saúde como parte essencial das dinâmicas socioambientais. “A saúde é determinante e consequência do meio ambiente. A degradação ambiental impacta diretamente a vida de indígenas, ribeirinhos e populações vulneráveis”, diz. A proposta da Trivento inclui investir em pesquisas interdisciplinares, com base científica robusta, e defender políticas públicas que integrem saúde, meio ambiente e desenvolvimento sustentável.

Entre as propostas, estão a ampliação do uso de energias renováveis, a telemedicina como ponte entre Altamira e grandes centros médicos, e modelos de atenção primária que respeitem o contexto cultural e territorial. “Não é apenas sobre levar atendimento, mas sobre como esse atendimento se dá, com respeito ao modo de vida local e menor impacto ambiental”, ressalta.

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Débora reforça que a Amazônia precisa ser ouvida nos fóruns multilaterais. “A perspectiva amazônica tem que ser reconhecida como central no debate global sobre saúde e clima. E isso só é possível com protagonismo das comunidades locais, que carregam saberes fundamentais para a construção de soluções sustentáveis”, pontua.

A formação médica contextualizada é um passo decisivo rumo a um futuro em que saúde, ambiente e justiça social caminhem juntos. “A Amazônia não é um obstáculo, é uma potência. E formar médicos que enxerguem isso é transformar o cuidado em instrumento de desenvolvimento”, finaliza.

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