MATO GROSSO
Sema prepara profissionais do Parque Estadual Serra Azul para prevenção e combate a incêndios florestais
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Além do apoio no combate ao fogo em uma primeira atuação nos postos de entrada e de atendimento aos usuários do parque, os vigilantes patrimoniais também auxiliam no monitoramento de focos de calor por meio de câmeras de segurança, que estão dispostas estrategicamente, captando imagens nos locais de maior risco de crimes ambientais. O objetivo do videomonitoramento é aumentar a proteção das unidades de conservação.
O primeiro treinamento de vigilantes e colaboradores aconteceu no final de maio, com a formação de brigada de Incêndio Florestal específica para a Unidade de Conservação. O treinamento foi coordenado pelo Corpo de Bombeiros e teve a participação de 10 vigilantes patrimoniais e quatro colaboradores e teve módulos presencial e on-line, grupos de debates, pesquisas e feedbacks com os instrutores.![]()
A gerente do Parque, Cristiane Schnepfleitner, destacou a importância de ter uma equipe fixa para proteção das 2 Unidades de Conservação, Parque e APA Pé da Serra Azul visando as ações de proteção contínuas sendo que há solicitação feita e que está em análise pela Sema.
“A formação em questão oferecerá o know-how específico para que além da primeira resposta, os vigilantes acionem as forças de segurança de modo oficial, com preparação do local, criação de zona de risco e repasse de informações necessárias. Constantemente ocorrem incidentes e acidentes nos atrativos de uso público e ter o conhecimento certo, adquirir habilidade com a prática e principalmente ter atitude e iniciativa para atuar de modo correto e dentro de cada atribuição, será o fator que com certeza salvará vidas e minimizará os riscos no Parque Serra Azul”, pontuou.
A gestão de proteção do Parque conta com ações amplas da Gerência Regional do Parque e APA via Sema, Corpo de Bombeiros Militar, Polícia Militar, Polícia Ambiental e com o Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio), mediante o Programa Copaíbas.
Fonte: Governo MT – MT
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Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso
Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.