MATO GROSSO
Senadora da pito em Abílio ‘vá estudar deputado, para de falar besteira’
MATO GROSSO
O deputado Abílio Brunini (PL-MT) passou por mais um momento constrangedor na CPMI de 8 de janeiro, nesta quinta-feira (22), em Brasília.
Desta vez, a saia justa no parlamentar foi provocada pela senadora Eliziane Gama, (PSD-MA) relatora da CPMI e ocorreu durante o depoimento do empresário George Washington de Oliveira Sousa, condenado a 9 anos e 4 meses pela tentativa de atentado a bomba no Aeroporto de Brasília
Mesmo sem ser membro da Comissão, Abílio pediu a palavra para sugerir, em tom de deboche, ao presidente da CPMI, dep. Artur Maia (União-BA) que a Comissão colocasse à disposição da senadora “alguém que pudesse dar um suporte jurídico” à relatora. Uma sugestão que soou como se dissesse que Eliziane não tem preparo para exercer a função de relatora.
A reação da senadora maranhense foi imediata: ”vá estudar deputado, para de falar besteira, que é o que V.Exa. feito muito nessa Comissão”.
Nesse momento o microfone do parlamentar mato-grossense foi cortado pelo deputado Artur Maia, que mais cedo anunciou que enviará o nome de Abílio para ser processado pelo Conselho de Ética.


MATO GROSSO
Decisão do STJ obriga juízes do TJMT analisar essencialidade de grãos em RJ de produtores rurais

O ministro João Otávio de Noronha, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), deu provimento ao recurso especial interposto por produtores rurais, e reformou acórdão do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), obrigando os juízes a realizar novo julgamento sobre extraconcursalidade dos créditos e da essencialidade dos grãos no processo de recuperacional.
Os produtores entraram com recurso após o Juízo da 4ª Vara Cível da Comarca de Rondonópolis deferir a recuperação judicial dos recorrentes, mas considerar que o crédito executado era de natureza extraconcursal, pois decorria de contrato de Barter com emissão de Cédula de Produto Rural (CPR), não se submetendo aos efeitos da recuperação. Porém, no julgamento, o Tribunal afastou a essencialidade dos grãos sem justificar as razões de tal medida.
Em sua decisão, o ministro destacou que o acórdão do TJMT se limitou a afirmar a extraconcursalidade do crédito com base na natureza da CPR, proveniente de contrato de Barter, porém, sem discorrer sobre a exceção prevista no artigo 11 da Lei 8.929/1994.
“Assim, não há elementos no acórdão que possam subsidiar, de forma concreta, a extraconcursalidade atribuída à CPR, muito menos a não essencialidade dos grãos para garantir o cumprimento do plano de recuperação”, diz trecho da decisão.
Operação Barter é uma operação financeira entre produtor rural e empresas de produtos utilizados no agronegócio, uma modalidade de crédito em que o pagamento ocorre de uma forma diferente do crédito convencional. Por meio de um acordo realizado antes da colheita, o produtor adquire insumos agrícolas e realiza o pagamento com os produtos que ele cultiva em sua lavoura. Isso quer dizer que não é preciso fazer o pagamento antecipado em dinheiro.
De acordo com o advogado do Grupo ERS e especialista em recuperação judicial, Allison Giuliano Franco e Sousa, a decisão traz mais segurança jurídica aos produtores rurais.
“Em um período em que os pedidos de recuperação judicial no campo crescem a cada novo levantamento divulgado, temos uma sinalização de um ministro do STJ que diz que o argumento dos produtores rurais para ficarem com os grãos, pois são bens essenciais para a manutenção da atividade é o suficiente. Com a decisão, o STJ obriga os juízes a se manifestarem sobre a essencialidade dos contratos de Barter, não podendo serem retirados imediatamente da recuperação judicial, isso traz mais segurança jurídica aos produtores”, explicou.
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