MATO GROSSO
Servidor é agredido após denunciar furto de combustível da prefeitura
MATO GROSSO
O funcionário público Antonio Marques Rodrigues, de 57 anos, teme por sua vida. Após ter flagrado suposto furto de combustíveis da Prefeitura de Chapada dos Guimarães (64 km ao norte de Cuiabá), o homem já foi agredido pelo menos 3 vezes. Recentemente, foi ameaçado que “da próxima, apanharia com um pedaço de pau”.
O caso ocorreu no início do mês. De acordo com o funcionário, que trabalha nos serviços gerais do setor de reciclagem de um lixão de Chapada dos Guimarães, ele teria flagrado o momento em que colegas de trabalho estariam furtando combustíveis de veículos municipais. Em uma das agressões, Antonio ficou com um coágulo no pulmão.
Conforme narra o boletim de ocorrência, Antonio é responsável pelo combustível e operação da máquina de reciclagem. Ele estava trabalhando, quando viu que estavam descarregando um caminhão de lixo da Prefeitura de Chapada.
O suspeito F.S.N., conhecido pelo apelido “Sal”, dirigia o caminhão de lixo. Porém, ele chegou com outro homem, chamado “Cuiabano”, em um caminhão azul. De repente, eles carregaram do local um barril de 20 litros de óleo diesel, que estava armazenado em um contêiner.
A
o flagrar a ação, Antonio percebeu que eles iriam carregar mais um barril. Contudo, os suspeitos perceberam a presença do funcionário e ficaram sem jeito. Eles disfarçaram o furto e saíram.
Antonio contou que levou o fato ao seu chefe, o secretário municipal de obras, Luis Carlos de Freitas, o “Luizão”. Entretanto, a denúncia não saiu como ele esperava, pois seu superior não fez nada. Em seguida, o funcionário acabou agredido 3 vezes, inclusive quando ia registrar uma das agressões na delegacia.
“Ele foi pego pela minha pessoa pegando o patrimônio público. A minha obrigação seria levar a denúncia ao chefe. Só que infelizmente não ocorreu dessa forma. Eu achei que ele seria um cidadão de bem e tomaria as decisões cabíveis pra sociedade. Ninguém pediu para que ele fosse demitido por justa causa”, avaliou.
Ainda no local de reciclagem, o colega de trabalho agrediu Antonio próximo de um campo de futebol. Depois, quebrou o celular dele. Sem ter como acionar a polícia, um amigo radialista do funcionário que chamou os militares.
Ele foi até a Secretaria de Obras para contar a Luizão sobre a agressão e o celular quebrado, mas nada aconteceu. O secretário estava ocupado atendendo uma pessoa, e pediu para que ele esperasse. Antonio então sentou embaixo de uma mangueira.
Foi quando o agressor apareceu e pediu para que 3 pessoas que estavam ali próximo fossem embora. “Ele entrou e foi conversar direto com meu chefe e saiu 5 minutos depois, quando aguardava. Depois que eu tentei me afastar, o que esse cidadão fez? Veio e pegou minha garganta e me levantou, fiquei até sem voz, me apertando ali”, recorda.
O funcionário correu até a janela do chefe, que respondeu que “não era polícia e que não tinha nada a ver com a situação”.
Antonio afirma que foi realizada uma reunião com o assessor do prefeito, o vice-prefeito Carlos Eduardo e Luizão. O assessor contou ao secretário que o motorista do caminhão azul “Cuiabano” confessou que tinha furtado o óleo diesel no lixão, a mando de Sal. Ele pediu para que Luizão não aceitasse mais a presença de F. e que o fato não iria se repetir.
A última agressão ocorreu no dia 25 de março. Antonio chegou para trabalhar e para sua surpresa, viu que o colega ainda continuava lá. O suspeito começou a descarregar o caminhão nas sucatas que o homem iria trabalhar.
“Colocou as mãos na cabeça e falou ‘meu senhor, eu não vou ter paz mais’”, continua no boletim de ocorrência. “Neste momento desceu da máquina e foi até o declarante e lhe deu um soco no estomago, e neste momento o declarante caiu no chão e então F. passou a falar ‘levanta (…), levanta para apanhar”.
Ele chegou a ouvir que Sal estaria prometendo que “da próxima vez, vai apanhar de pau”. Antonio teme pela sua vida, após as ameaças e agressões. “Quando voltei, fiquei sabendo que o próximo não é mais soco, é pedaço de pau. Tenho 57 anos, não vou aguentar”, lamenta.
Outro lado
A reportagem entrou em contato com a prefeitura de Chapada dos Guimarães, que se manifestou por meio de nota:
A Prefeitura de Chapada dos Guimarães tomou conhecimento da situação e está apurando o caso. Sendo confirmada a veracidade da ocorrência, medidas administrativas poderão ser tomadas.
FONTE/ REPOST: VITÓRIA LOPES – GAZETA DIGITAL


MATO GROSSO
Especialista dá dicas de como superar escassez de mão de obra na suinocultura

A falta de mão de obra é um problema que atinge diversas cadeias do setor produtivo, na suinocultura não é diferente, e a escassez de mão de obra e a alta rotatividade de colaboradores afetam diretamente a produtividade e o custo de produção em uma granja. Com a relevância do tema, o médico-veterinário, especialista em Liderança, Engajamento e Produtividade na Suinocultura, Leandro Trindade, apontou os principais desafios e oportunidades para atrair e reter talentos durante o 4º Simpósio da Suinocultura de Mato Grosso.
De acordo com levantamento realizado pela Metodologia Boas Práticas de Liderança (BPL), idealizado por Trindade, a rotatividade dentro das granjas, fenômeno cada vez mais constante, tem elevado os custos da atividade. “O impacto no negócio é direto, e o custo pela substituição de um colaborador pode chegar a 300% do salário anual dele. A repetição de processos, o tempo gasto com treinamento, instabilidade e queda de produtividade são reflexos dessa constante troca de funcionários”, explicou.
Ainda segundo o levantamento, realizado entre 2012 e 2025 em entrevistas nas granjas, a remuneração inadequada não é um dos principais fatores para a falta de engajamento dos colaboradores.
“Chefe ruim (87%), falta de reconhecimento (78%), condições de trabalho (61%), comunicação ineficaz (58%) e só então remuneração inadequada (39%) montam o ranking de principais causas de afastamento dos colaboradores das granjas. Isso mostra a importância de escolher um líder capacitado para lidar com equipes”, pontuou.
Trindade completa que atualmente o ambiente de trabalho tem maior peso na escolha do colaborador do que o salário. “Clima respeitoso, oportunidade de desenvolvimento pessoal e profissional, jornada de trabalho que permita cuidar da vida pessoal, infraestrutura e reconhecimento do valor do trabalho são pontos que precisam ser trabalhados e colocados como prioridade para conseguir incentivar e engajar um colaborador”.
O vice-presidente da Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat) e suinocultor, Moisés Sachetti, a pauta abordada durante o evento foi muito bem recebida pelos participantes, visto que é um problema recorrente no setor produtivo.
“É um problema enfrentado não só aqui em Mato Grosso, mas no Brasil. É um problema crescente no agronegócio brasileiro, afetando a produção e a eficiência do setor. Este fenômeno é resultado de uma combinação de fatores, como a falta de qualificação da mão de obra disponível, condições de trabalho no e até mesmo de gestão de pessoas”, afirmou Sachetti ao reforçar que é preciso atenção para evitar que o problema se agrave e acabe comprometendo a produção do setor produtivo.
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