MATO GROSSO
Servidores do Lacen são homenageados pelos serviços prestados durante a pandemia da Covid-19
MATO GROSSO
Os servidores do Laboratório Central de Saúde Pública de Mato Grosso (Lacen-MT), unidade gerida pela Secretaria Estadual de Saúde (SES-MT), receberam uma Moção de Aplausos da Assembleia Legislativa pelos serviços prestados no enfrentamento da pandemia pela Covid-19.
A homenagem ocorreu nesta quinta-feira (26.05), na nova sede do Laboratório, localizada no bairro Jardim das Américas, em Cuiabá.
Foram homenageados biólogos, nutricionistas, biomédicos, farmacêuticos, enfermeiros, técnico de laboratório, entre outros.
“Esses servidores trabalharam intensamente durante os períodos mais críticos da pandemia. Devido a esse período que houve grande necessidade de testes, muitas vezes, nossa equipe precisou estender a jornada de trabalho para atender a população”, pontua o secretário Adjunto de Vigilância em Saúde, Juliano Melo.
O reconhecimento pelo relevante trabalho em prol da saúde pública no combate à pandemia da Covid-19 em Mato Grosso foi requerido pela deputada estadual Janaina Riva.
“Quando todo mundo ficou em casa, esses profissionais continuaram trabalhando e fizeram o possível para salvar o maior número de vidas. Então, hoje nós viemos fazer uma justa homenagem. Quero que saibam que não é um reconhecimento só meu, mas dos 24 deputados que votaram pela aprovação. Muitos deles destacaram o trabalho do Lacen e do ótimo atendimento às pessoas”, disse a parlamentar.
Para a diretora do Lacen, Elaine Cristina de Oliveira, o ato representa um reconhecimento merecido, devido a dedicação e comprometimento que os servidores tiveram na realização das atividades durante a pandemia.
O Lacen atende aos municípios do Estado via Sistema Único de Saúde (SUS), com oferta de analises de sorologia, virologia, bacteriologia, micobacteriologia, água, alimentos, entre outros.
Desde o início da pandemia, em março de 2020, o Lacen já realizou mais de 500 mil testes. Durante esse período, o laboratório passou de cerca de 60 análises de exames laboratoriais por mês para mais de 5 mil exames por dia, com laudo e parecer técnico dos resultados para a unidade de Vigilância em Saúde.
Lacen
O Laboratório Central de Saúde Pública atende com prioridade as áreas de Vigilância em Saúde e realiza análises para diagnóstico dos agravos de notificação compulsória como Dengue, Hepatites, Febre amarela, Leptospirose, Hantavírus, Leishmaniose visceral canina e humana, HIV, entre outros.
Em novembro de 2021, o Lacen celebrou 46 anos de serviços ofertados aos 141 municípios de Mato Grosso. Recentemente, a unidade especializada também se tornou, ao lado de outros laboratórios públicos do Brasil, referência no sequenciamento genético para identificação de variantes do coronavírus. Antes, as amostras de Mato Grosso eram encaminhadas para o Instituto Adolfo Lutz realizar o sequenciamento genético.
Uma sede definitiva para o Lacen está sendo construída em anexo ao Hospital Central, no Centro Político Administrativo. A obra conta com um investimento aproximado de R$ 11,8 milhões e deverá ser concluída em 2023. O local contará com uma estrutura de cerca de 2.500 m².
MATO GROSSO
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso
Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.
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