Search
Close this search box.
CUIABÁ

MATO GROSSO

Servidores participam de treinamento para construção do plano de integridade

Publicados

MATO GROSSO

A Controladoria Geral do Estado promoveu nesta quarta-feira (19.06) o primeiro treinamento voltado aos servidores indicados pelos órgãos e entidades para o desenvolvimento dos planos de integridade. Também foram convidados ouvidores e servidores das Unidades de Controle Interno de todo o Poder Executivo, em razão de suas atividades relacionadas ao programa.

Durante o treinamento, foram tratados temas como riscos de integridades no contexto constitucional e legal. Os agentes de integridade e outros servidores que atuarão no levantamento dos riscos tiveram a oportunidade de aprofundar os conhecimentos sobre riscos como conflito de interesses e solicitação/recebimento de vantagens indevidas.

“O processo envolve identificar e avaliar os riscos que podem comprometer a integridade das operações e dos servidores. Implementar um gerenciamento de risco robusto ajuda a prevenir e promover um ambiente ético e transparente. Isso é alcançado por meio de políticas claras, treinamentos regulares, monitoramento contínuo e uma cultura organizacional que valorize a integridade e a responsabilidade”, afirmou Sildemar Alves, auditor que conduziu a apresentação do tema.

Com intuito de otimizar a comunicação dos profissionais envolvidos na elaboração do plano, o filósofo da CGE Douglas Remonatto, abordou sobre a arte de argumentar com clareza.

Leia Também:  Livraria Janina fecha as portas de unidade no Pantanal Shopping

O corregedor-geral da Polícia Judiciária Civil (PJC), delegado Jesset Lima, explicou que a elaboração do plano da PJC está em andamento e agradeceu o apoio da CGE na estruturação dos mecanismos de integridade.

“O nosso plano de integridade está caminhando e quero agradecer aos auditores que estão conosco nos orientando. Também gostaríamos de agradecer em nome da PJC todo o apoio que a Controladoria está nos dando neste início”, ressaltou.

Após a adesão de 100% das instituições estaduais, o Programa Integridade MT está na segunda fase e busca capacitar esses agentes para implementar medidas de prevenção, detecção e respostas a desvios de conduta no âmbito do Poder Executivo.

Nesta fase, a CGE reforça o seu compromisso em continuar oferecendo treinamentos e suporte técnico para os agentes da integridade, contribuindo para adoção de boas práticas de governança nos órgãos e entidades.

“Nas próximas semanas vamos iniciar um ciclo de treinamentos práticos sobre riscos, com representantes de todos os órgãos e entidades do Poder Executivo. Após essa formação, vamos também atender cada organização conforme a necessidade de esclarecer algum ponto estratégico da construção das medidas que serão adotadas para fortalecer a integridade pública”, disse os superintendentes de Avaliação e Consultoria em Integridade e Compliance, Christian Pizzato.

Leia Também:  VÍDEO: Concessionária Águas Cuiabá prioriza investimento em tratamento de esgoto para 2025

Na ocasião também foi lançado o Guia do Agente de Integridade, que dará um direcionamento na elaboração, no planejamento e na execução do plano de integridade nesses primeiros momentos de construção e implementação.

Fonte: Governo MT – MT

COMENTE ABAIXO:
Propaganda

MATO GROSSO

Estudo revela déficit de 5 milhões de hectares de Reserva Legal no Mato Grosso e alerta para risco de embargos  

Publicados

em

Durante reunião realizada entre o Fórum Agro MT e a Frente Parlamentar da Agropecuária de Mato Grosso (FPA-MT), o perito da Polícia Federal, Bernardo Tabaczenski, apresentou estudo que trouxe números alarmantes sobre a situação da Reserva Legal no Mato Grosso, especialmente no bioma amazônico. O levantamento, baseado em dados oficiais do Cadastro Ambiental Rural (CAR), revela um déficit de 4,9 milhões de hectares em todo o bioma de áreas que precisam ser compensadas ou recuperadas no estado.

Segundo Tabaczenski, que ocupa cargo técnico-científico na PF, os resultados foram assustadores. “Eu obtive números que julguei assustadores. Hoje, no bioma amazônico de Mato Grosso, temos quase 29 milhões de hectares de imóveis rurais cadastrados. O déficit de Reserva Legal chega a 5,6 milhões de hectares”, afirmou.
O estudo foi apresentado no InterForensics 2025, em Curitiba, e no Conbrap 2025, em João Pessoa, e contou com a participação de outros dois peritos criminais federais.

De acordo com Tabaczenski, a falta de regularização pode trazer sérios impactos para o setor produtivo. “Essas áreas, quando não regularizadas ambientalmente, correm risco de embargo. O custo de recuperação é altíssimo. Imagine recuperar áreas produtivas em Sorriso ou Nova Ubiratã, que valem milhões. Isso é um fantasma para o produtor”, destacou.

O levantamento aponta que, mesmo considerando todas as áreas privadas passíveis de compensação em unidades de conservação, o número não chega a 700 mil hectares — muito abaixo da necessidade. “Dos 4,9 milhões de hectares de déficit, 4,2 milhões estão totalmente desprotegidos. Isso equivale a um terço da área de soja plantada em Mato Grosso. Ou regularizamos, ou haverá embargos. O problema é urgente”, afirmou.

Apesar de a legislação federal e um decreto estadual permitirem compensação em outros estados da Amazônia Legal, a Secretaria de Meio Ambiente de Mato Grosso (Sema) tem dificultado a aplicação da medida.

“Existe todo o caminho legal para permitir compensação fora do Estado, mas a Sema ainda não percorreu. Talvez falte o conhecimento da realidade dos dados para que haja uma ação mais efetiva. Enquanto Pará e Rondônia já compram reservas em outros estados, Mato Grosso, que sempre foi vanguarda, está ficando para trás”, alertou o pesquisador.

Leia Também:  Morador de VG é preso por não buscar atendimento à cadela com a boca machucada

O deputado estadual e presidente da Comissão de Meio Ambiente da Assembleia Legislativa, Carlos Avallone se manifestou sobre o tema, e defendeu alterações na legislação para permitir maior flexibilidade.

“Isso traz uma lupa em todo esse processo ambiental e mostra que precisamos sair na frente e autorizar que possamos comprar áreas de compensação em outros estados”, declarou.

Avallone afirmou que pretende articular com o governador Mauro Mendes e com a Assembleia Legislativa para viabilizar uma solução que dê segurança ao setor produtivo. “Se não resolvermos essa questão, o risco de embargo para o produtor será enorme. Temos que permitir que tudo seja feito de forma transparente e legal, porque o déficit é perigoso e precisa de solução urgente”, concluiu o parlamentar.

Já o deputado Nininho manifestou forte preocupação com a dificuldade de regularização e com o impacto das mudanças na legislação ambiental. “Acredito que esse déficit seja resultado de alterações na lei que mudaram os critérios de exploração. Antes, em áreas de floresta, era permitido utilizar 50%, hoje só 20%. No Cerrado, caiu de 80% para 65%. Isso dificultou ainda mais a vida do produtor”, afirmou.

Nininho defendeu a união entre Assembleia, Governo e entidades do setor para encontrar uma saída equilibrada. “Nós temos que fazer esse enfrentamento. Dialogar com a Sema e o Governo, de forma desarmada, para achar um critério justo, que seja bom para o meio ambiente, mas que não seja injusto com os produtores”, completou.

Lei Complementar 801/2024

Avallone também defendeu cautela na regulamentação da LC 801/2024 em Mato Grosso, o parlamentar destacou a importância da lei para fomentar a industrialização no estado. Aprovada pela ALMT e sancionada pelo governador, a LC aguarda, desde o mês de dezembro, sua regulamentação. O texto altera regras do Plano de Desenvolvimento do Estado, impactando incentivos fiscais e a concessão de armazéns, além de fomentar investimentos na industrialização.

Leia Também:  Lula deve anunciar novos nomes de ministros nesta quinta-feira (29); veja os cotados

O deputado estadual Carlos Avallone (PSDB) afirmou que a lei representa um avanço, mas destacou que a regulamentação precisa ser feita com cautela, para evitar brechas que possam comprometer sua efetividade.

“É uma legislação que já foi aprovada e sancionada, dependendo apenas da regulamentação por decreto. Mas é fundamental que cuidemos dessa regulamentação para fechar as portas e não permitir nenhum tipo de subterfúgio que facilite práticas incorretas, que não é o que nós queremos”, declarou.

Minuta de alteração da fitofisionomia em Mato Grosso

O encontro também discutiu a minuta do projeto de alteração da fisionomia vegetal de Mato Grosso. De acordo com o deputado estadual Chico Guarnieri o projeto visa trazer mais segurança e objetividade aos técnicos.

“A grande verdade é que esse projeto que deve ser apresentado visa deixar as coisas mais claras e objetivas para os técnicos que farão a avaliação de tipologia. No passado, houve muitos problemas com esses analistas. Então, um texto mais claro, objetivo e transparente pode proporcionar segurança jurídica tanto para quem analisa quanto para os produtores”, pontuou.

O parlamentar Diego Guimarães destacou que o projeto traz segurança jurídica ao setor produtivo e que o novo texto será mais profundo e consistente.

“Nós precisamos que o que é floresta seja classificado como floresta e o que é cerrado, seja classificado como cerrado, o modelo que tínhamos era arcaico, injusto e era pouco profundo, nós precisávamos aprofundar e aí, reconhecendo depois o veto do governador, a Assembleia, juntamente com a FPA-MT, passou por esse novo momento do aprofundamento, esmiuçando um pouco mais, trazendo critérios extremamente objetivos, com a finalidade de trazer essa justiça e segurança jurídica para todos os envolvidos. Eu creio que o Mato Grosso vai estar em uma vanguarda gigante, caso a gente possa apreciar, aprovar e colocar na vigência uma lei deste tipo”, explicou.

COMENTE ABAIXO:
Continue lendo

CUIABÁ

VÁRZEA GRANDE

MATO GROSSO

POLÍCIA

MAIS LIDAS DA SEMANA