MATO GROSSO
SES e Ministério da Saúde promovem qualificação para a Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência
MATO GROSSO
A Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT), em parceria com o Ministério da Saúde, promove nesta quarta e quinta-feira (13 e 14.04) a primeira Oficina de Qualificação da Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência no Estado de Mato Grosso. O evento ocorre no Hotel Holiday Inn, em Cuiabá.
A ação, realizada por meio do Centro Especializado em Reabilitação Dom Aquino Correa (Cridac), permite a troca de experiências exitosas alcançadas em outras regiões brasileiras, possibilitando que as iniciativas que já acontecem em outros Estados possam ser implementadas na rede mato-grossense.
Participam da capacitação profissionais que atuam nos Escritórios Regionais de Saúde, unidades descentralizadas, representantes das gestões municipais, estaduais e federal do Sistema Único de Saúde (SUS), além de coordenadores e profissionais dos serviços de reabilitação da Rede de Pessoas com Deficiência (PCD).
Mais de 100 profissionais recebem a qualificação de forma presencial e a oficina também é transmitida virtualmente, com intérprete de libras e participação remota de mais de 180 pessoas.
Para o Coordenador Geral da Saúde da Pessoa com Deficiência do Ministério da Saúde, Ângelo Roberto Gonçalves, a oficina gerará muitos frutos. Mato Grosso é o sexto Estado brasileiro a receber a qualificação.
“É importante para fazer a qualificação da Rede de Cuidados da Pessoa com Deficiência. A oficina visa realizar o apoio interfederativo do Ministério da Saúde com os Estados e dentro dos municípios fazer um reajuste, uma roda de conversa com toda Rede de Atenção em Saúde”, explicou.
O diretor do Centro Especializado em Reabilitação Dom Aquino Correa (Cridac), Luiz Antônio Ferreira, pontua que a oficina é possível graças ao incentivo da SES, que objetiva expandir essa Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência e permitir fácil acesso ao atendimento por meio dos Centros Especializados em Reabilitação (CER).
“A Secretaria trabalha para ampliar a descentralização da Rede de Cuidado. Ou seja, para que o cidadão do interior consiga realizar a reabilitação no seu município. Aumentamos os incentivos aos municípios e serão pagos recursos para a compra de equipamentos para reabilitação no próprio município. O Ministério da Saúde percebeu a nossa movimentação e trouxe a oficina para aprimorar ainda mais esse trabalho”, comemora o gestor.
Atualmente, dos 141 municípios de Mato Grosso, 132 já dispõem de uma unidade de reabilitação. Já o Estado dispõe de sete Centros Especializados em Reabilitação, sendo dois em Cuiabá (um gerido pelo Estado e outro pela Capital), e os demais em Rondonópolis, Barra do Graças, Sinop, Cáceres e Várzea Grande, sendo geridos pelos municípios.
Também participa do evento a presidente do Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia e Ocupacional da 9ª Região de Mato Grosso (Crefito-9), Ingridh Farina da Silva. O Conselho atua fiscalizando a atividade no estado na perspectiva do usuário e acompanha as ações dos Centros de Reabilitações.
“É importante avaliarmos o impacto direto dessa oficina para Mato Grosso, pois gerará frutos positivos. Com certeza, essa iniciativa é fantástica. Os nossos profissionais serão capacitados para atender usuários que estão na ponta. A rede de reabilitação de Mato Grosso carece desse treinamento, pois é uma das mais fragilizadas”, avaliou.
A fisioterapeuta e coordenadora do Cridac, Luciana Campelo, ainda pondera que a pessoa com deficiência tem dificuldade de acesso aos direitos previstos. “Às vezes falta informação, então é muito importante que a gente compreenda como é que está funcionando em outras regiões brasileiras para que, a partir dos casos de sucesso, seja possível implementar isso na rede mato-grossense”.
Serviço
O Cridac é uma unidade da rede de Cuidado à Pessoa com Deficiência, que fica localizado na Rua G, s/n Bloco A, do Centro Político Administrativo. Para mais informações sobre o atendimento prestado pela unidade especializada, entre em contato pelos telefones: (65) 3613-1933 ou 3613-1910.


MATO GROSSO
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.
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