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Setasc capacita profissionais de municípios do interior para atuarem no Programa Criança Feliz

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A Secretaria de Estado de Assistência Social e Cidadania (Setasc) capacitou supervisores e visitadores de 11 municípios para atuarem no Programa Criança Feliz. O tema da qualificação foi “Cuidados para o Desenvolvimento da Criança (CDC)”. A programação começou na segunda-feira (06.11) e finalizou nesta sexta-feira (10.11), no município de Santo Antônio de Leverger (35 km de Cuiabá).

A Setasc é coordenadora do programa Criança Feliz em Mato Grosso e por isso deve capacitar os municípios para realizarem as visitas domiciliares, com a finalidade de promover o desenvolvimento integral das crianças nos primeiros anos de vida, considerando a família e a ambiente em que vive.

O programa instituído pelo Governo Federal, em 2016, e consolidado em 2018, atende gestantes, crianças de 0 a 3 anos e suas famílias incluídas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal, e crianças de 0 a 6 anos e suas famílias beneficiárias do Benefício de Prestação Continuada (BPC).

Por meio de visitas domiciliares às famílias inscritas recebem o acompanhamento da equipe do Criança Feliz, que dão orientações importantes para fortalecer os vínculos familiares, estimular o desenvolvimento infantil e auxiliar em informações pertinentes a políticas públicas.

No total, 21 representantes dos municípios participaram da capacitação. Estiveram presentes servidores de Alto Boa Vista, Barra do Garças, Confresa, Cuiabá, Denise, Diamantino, Nossa Senhora do Livramento, Nova Mutum, Ribeirão Cascalheira e Terra Nova do Norte.

A coordenadora de Gestão de Programas e Projetos Assistenciais do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) da Secretaria Adjunta de Assistência Social da Setasc, Marielza Gonçalves, afirmou que a capacitação faz parte da segunda etapa da formação que os profissionais devem realizar.

“Nós fizemos a primeira etapa, que era o guia, e agora nós temos a metodologia da visita domiciliar. Nessa semana de formação, eles aprendem como abordar a família, as atividades no domicílio entre o cuidador e a criança. A partir daí, promovem o fortalecimento de vínculo e as interações familiares”, declarou.

De acordo com o secretário de Assistência Social de Santo Antônio de Leverger, Rafael Victor Pedroso de Lima, foi uma honra para o município receber a equipe da Setasc com a capacitação.

“Estamos extremamente felizes, porque a nossa equipe se dedica no acompanhamento das crianças e suas famílias. Mostra o reconhecimento de como o Programa Criança Feliz vem sendo executado em Santo Antônio do Leverger. Receber a capacitação é muito importante para o nosso município e aponta que desenvolvemos o programa com sucesso”, declarou.

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A parte prática da capacitação dos profissionais, realizada no terceiro dia de capacitação foi executada na Escola Municipal de Educação Básica Pombinha Branca.

Para a diretora da unidade, Cilce Georgina de Moraes, receber os profissionais para a aplicar a metodologia do Programa Criança Feliz, é uma experiência nova. Ela agradeceu pela oportunidade, já que toda a unidade escolar se beneficia.

“A gente recebe com muito carinho, porque nós pensamos nas atividades que a equipe desenvolve com as nossas crianças. É uma oportunidade de aplicarmos a metodologia após a capacitação, já que os professores estão acompanhando”, disse.

O supervisor do Programa Criança Feliz, no município de Alto Boa Vista (1.085 km de Cuiabá), Claudinei Aparecido da Silva, ressaltou que este momento de aplicação da metodologia, se colocando no lugar do cuidador da criança, traz um outro olhar para o trabalho desenvolvido.

“É o momento que a gente pega a teoria, aquilo que a gente aprende através dos livros, guias e colocar na prática. A gente vê as dificuldades que os cuidadores tem no desenvolvimento das atividades, nas ações do dia a dia, de cuidar e ser assertivo junto às ações desenvolvidas. Então, é muito, muito gostoso, né? É ímpar. Não tem como descrever em palavras o que a gente sente aqui na prática”, contou.

Já as visitas de acompanhamento familiar foram realizadas no quarto dia de formação. Marilene Inácia de Souza, mãe de Magno Felipe, de 2 anos, foi uma das cuidadoras que receberam as visitas. Ela afirmou que o filho recebe acompanhamento desde o nascimento, pela equipe do programa no município e que vem se desenvolvendo com rapidez.

“O Programa Criança Feliz vem para mudar o cuidado que temos com os nossos filhos. Antigamente, o desenvolvimento das crianças não eram tão rápido como agora. A gente também vai aprendendo com o tempo a importância de conversar e brincar com os nossos filhos, porque sem isso, a criança não desenvolve. O Magno é muito esperto, inteligente, fala de tudo e tem uma memória excelente, tanto é que me corrigiu agora a pouco na dinâmica com a visitadora. Eu só tenho a agradecer pelo trabalho que vem sendo feito pelas visitadoras do município”, disse.

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A visitadora do município de Nossa Senhora do Livramento (37 km de Cuiabá), Lays Fátima da Silva Miranda, foi quem aplicou a metodologia com Marilene e Magno. Ela afirmou que a semana foi de muito aprendizado e que essa foi a primeira vez que se capacitou presencialmente.

“Eu já havia feito capacitação online, mas nunca no presencial e foi completamente diferente. Agora tenho um outro olhar sobre as visitas domiciliares e a metodologia. Agora, fazendo na prática, foi uma das melhores coisas. Eu acredito que me aperfeiçoei mais como visitadora e que a partir de semana que vem, nas minhas visitas com minhas famílias, acredito que serei outra visitadora para eles. É muito importante essa experiência da prática, foi fundamental na capacitação”, destacou a visitadora Lays.

Programa Criança Feliz

O programa Criança Feliz tem caráter intersetorial, ou seja, envolve várias políticas públicas com a finalidade de promover o desenvolvimento integral das crianças na primeira infância, considerando sua família e seu contexto de vida. Sendo assim, o Criança Feliz agrega as políticas de assistência social, educação, cultura, saúde, direitos humanos, entre outras, tendo sua coordenação na Secretaria Nacional de Promoção do Desenvolvimento Humano, do Ministério da Cidadania.

Como a visita domiciliar constitui estratégia fundamental do programa Criança Feliz, o conhecimento dos profissionais que atuarão no atendimento às famílias sobre a oferta de políticas e serviços da rede, existentes nos territórios, nos campos da assistência social, saúde, cultura, educação e direitos humanos possibilitará o suporte adequado às demandas identificadas.

O programa Criança Feliz tem o seguinte público-alvo:

  • Gestantes e crianças de 0 a 36 meses e suas famílias inseridas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal – CadÚnico;
  • Crianças de 37 a 72 meses e suas famílias beneficiárias do BPC1;
  • Crianças de até 72 meses afastadas do convívio familiar em razão da aplicação de medida protetiva prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente.

Fonte: Governo MT – MT

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Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

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Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).

O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior ­- índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).

A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.

No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.

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A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.

Dificuldades

As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.

As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).

Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.

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Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.

“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.

Dados da pesquisa

O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.

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