MATO GROSSO
Setasc inicia primeira turma do SER Família Capacita na Fundação Nova Chance
MATO GROSSO
Programa, de iniciativa da primeira-dama Virginia Mendes, tem como objetivo proporcionar o retorno ou ingresso ao mercado de trabalho
A primeira-dama de Mato Grosso, Virginia Mendes, ressaltou a importância da realização do curso pelos egressos do Sistema Penitenciário para a facilitação na reinserção na sociedade e na promoção da justiça social.
“A ocupação produtiva e a integração social dos egressos ajudam na prevenção da violência e criminalidade. Investir em cursos de qualificação para egressos é uma maneira eficaz e humanitária de promover a justiça social. A qualificação facilita a reintegração à sociedade, auxiliando a reconstruir uma nova vida. Desejo que todos aproveitem ao máximo essa oportunidade”, disse.
A secretária de Estado de Assistência Social e Cidadania, Grasi Bugalho, explicou que esta primeira turma da parceria com a Nova Chance é composta por egressos que já trabalham na Setasc por meio de convênio com a Fundação.
“Nós já temos um convênio com a Nova Chance, por meio do qual damos a oportunidade para que os egressos do Sistema Penitenciário possam retornar ao mercado de trabalho, desempenhando funções dentro da própria Setasc. E agora, com o SER Família Capacita, pensado pela nossa primeira-dama Virginia Mendes justamente para dar a oportunidade às pessoas em situação de vulnerabilidade, para voltar ao mercado de trabalho por meio da qualificação, nós queremos dar os meios para que estes trabalhadores possam se capacitar e conquistar novos espaços profissionais e melhorias de vida. Por isso, tivemos a iniciativa de começarmos essa nova parceria com a Fundação”, ressaltou a secretária.
A diretora executiva da Fundação Nova Chance, Beatriz Dziobat, ressaltou que a realização do curso do SER Família Capacita é a efetivação do que é proposto pela instituição, que é trabalho somado à qualificação.
“Essas pessoas que estão aqui trabalham por meio da intermediação e hoje a gente busca a capacitação, porque nós queremos que eles saiam de mão de obra de serviços gerais, nós queremos pessoas qualificadas. Nós queremos que as pessoas do Sistema Penitenciário tenham oportunidades em grandes empresas, no mercado formal do trabalho, e é pra isso que a gente está aqui todos os dias”, disse.

Benedito Marques Moreira Neto, assistido pela Fundação Nova Chance e aluno do do SER Família Capacita, agradeceu a oportunidade de fazer o curso de Assistente Administrativo.
“Em primeiro lugar eu quero agradecer a Deus por essa oportunidade tão importante na minha vida, agradecer minhas chefes, dona Isabela e dona Michele, e a secretária Bugalho. Estou me sentindo muito orgulhoso por estar aqui hoje, é lindo demais, estou muito feliz. Vai mudar muita coisa na minha vida, porque passei por muita coisa ruim e hoje estou me sentindo muito importante. Só tenho a agradecer à primeira-dama Virginia Mendes e ao governador Mauro Mendes por essa oportunidade”, ressaltou.

Para Laura Daniele Neves de Souza, também colaboradora da Setasc e aluna do curso, com a capacitação ela terá mais conhecimento, e mais oportunidades para melhorar de vida.
“Vim fazer o curso para futuramente trabalhar na área de Administração. Creio que vou aprender mais, ter uma renda e interagir melhor na sociedade porque a gente tem um passado, e estar recebendo essa oportunidade agora pela Funac e pela Setasc, é muito bom. Pra mim é muito grande essa oportunidade, eu que estou ressocializando, vim de um passado negro, então chegar onde estou chegando, trabalhando, me esforçando, tem que ter muita gratidão por isso, só tenho a agradecer pela oportunidade”, disse.
Ela completou: “Faz 30 anos que eu não entro em uma sala de aula. Eu estou sem palavras, estou muito emocionada, estou feliz demais. Nem acredito. Só posso agradecer e aproveitar a oportunidade”.
O curso de Assistente Administrativo do SER Família Capacita, para os assistidos da Fundação Nova Chance, e que são colaboradores da Setasc terá duração de 160 horas.


MATO GROSSO
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.
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