MATO GROSSO
Setor hoteleiro retoma investimentos com linhas de crédito do Governo de Mato Grosso
MATO GROSSO
O setor hoteleiro, que nesta quarta-feira (09.11) comemora seu Dia (do Hoteleiro), foi um dos mais impactados pela pandemia da covid-19 em todo o Brasil. Em Mato Grosso, o turismo de negócios e de lazer tiveram redução significativa de hospedagens durante o período.
Segundo o secretário adjunto de turismo do Estado, Jefferson Moreno, a expectativa é de que o setor termine o ano de 2022 com taxa de ocupação elevada, voltando a operar em sua plenitude, ao mostrar resiliência e fortes sinais de recuperação.
“A taxa de ocupação média anual, antes da pandemia, estava em torno de 70%, enquanto atualmente estamos retomando o setor com 65%”, explica.
Um dos grandes sinais da recuperação do setor é o retorno dos investimentos em infraestrutura e expansão, como é o caso de Alessandra Castillo, 49 anos, sócia-proprietária do Hotel Porto Bello, localizado em Cáceres (a 217 km de Cuiabá).
Ela conta que, mesmo com a diminuição da taxa de ocupação durante o período pandêmico, o setor vem se recuperando e já vislumbra novos investimentos e tendências para um turismo mais sustentável em seu negócio.
Neste ano, Alessandra solicitou financiamento à Desenvolve MT, para aquisição de placas solares. No segmento de hotelaria, a energia elétrica é responsável por um dos principais custos operacionais, sobretudo na alta temporada.
Conforme a empreendedora, nos últimos 20 anos o hotel apresentou grande rotatividade de hóspedes a trabalho. “Como Cáceres, por suas belezas naturais, é uma região turística, o foco são barcos-hotéis e pousadas, o que tira um pouco do nosso fluxo de hóspedes. Mas temos os que vêm a negócios e fazem conexão para outros destinos”, esclarece.
Por ser banhada pelo Rio Paraguai, que percorre o Pantanal, e as belezas naturais da região, os proprietários do Hotel Porto Bello buscam torná-lo ainda mais sustentável. “Para o próximo ano, já estamos nos organizando para a reutilização da água, contribuindo para fomentar a consciência de sustentabilidade no setor”, acrescenta.
Crédito para o turismo
Durante a pandemia, as linhas de crédito colocadas à disposição pelo Governo de Mato Grosso, por meio da Desenvolve MT, foram grandes aliadas dos empreendedores, para que pudessem manter seu negócio funcionando, garantindo emprego e renda para as famílias.
De janeiro de 2020 a outubro de 2022, foram liberados mais de R$ 20 milhões em crédito para o trade de turismo no Estado, dos quais R$5,5 milhões foram destinados aos meios de hospedagem.
Para o presidente da Desenvolve MT, Jair Marques, o principal objetivo é apoiar o segmento que vem demonstrando evolução. “As empresas, que acessam a linha de crédito, ampliam suas atividades, geram emprego e renda, além de contribuir para o fortalecimento do turismo e da economia estadual”, explica.
As micro e pequenos empresas, que atuam no trade e estão registradas no Cadastro de Prestadores de Serviços Turísticos (Cadastur), do Ministério do Turismo, podem solicitar crédito por meio da Desenvolve MT, instituição financeira do Governo de Mato Grosso.
Um programa exclusivo está disponível para o setor e pode ser aplicado em projetos de obra civil, capital de giro, aquisição de máquinas, equipamentos e veículos utilitários, entre outros. O valor do crédito varia entre R$ 300 mil e R$ 1 milhão.
Hotelaria em números
Conforme dados do Cadastur, Mato Grosso possui mais de 290 hotéis, pousadas e resorts focados no turismo de negócios e de lazer. No turismo de negócio destacam-se os municípios de Cuiabá, Várzea Grande, Sinop, Tangará e Rondonópolis.
Já o turismo de lazer é maior na região de Nobres, Campo Novo do Parecis, Poconé, Cáceres, Barão de Melgaço, Nova Xavantina e Barra do Garças, por conta dos atrativos naturais.
De acordo com o Boletim do Turismo de 2021 elaborado pela Sedec/MT, baseado em dados do Novo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), no ano passado foram gerados mais de três mil empregos nas atividades turísticas, sendo os serviços de alojamento responsáveis por 22,4% (688) do total.
Dia do Hoteleiro
Hoje, 9 de novembro, é comemorado o Dia do Hoteleiro. Esta data foi definida no primeiro congresso da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH), em 1936, no Rio de Janeiro. Segundo a associação, o ramo impacta mais de 50 atividades econômicas no setor de indústria, comércio e serviços.
(Com supervisão da jornalista Livia Rabani)
Fonte: GOV MT


MATO GROSSO
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.
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