MATO GROSSO
Simulação de resgate de vítimas de acidente de trânsito envolve mais de 40 bombeiros em Cuiabá
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Mais de 40 militares do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso participaram do 1º Desafio de Salvamento Veicular, em Cuiabá, nesta terça-feira (5), com a simulação do resgate de vítimas de um acidente automobilístico. Das sete equipes regionais da instituição que participaram, a do 5º Comando Regional, de Cáceres, foi selecionada para representar o Estado na etapa nacional em Gramado (RS), em outubro.
O principal objetivo, contudo, segundo o comandante-geral adjunto dos Bombeiros, coronel Ricardo Costa, é treinar a capacidade técnica dos militares para garantir um atendimento ainda mais eficiente para a população mato-grossense.
“Realizar este desafio em Mato Grosso só foi possível devido aos investimentos realizados pelo Governo do Estado e ações do Comando Geral nas áreas estratégia e planejamento. Investir em capacitação técnica e prática é garantir mais vidas salvas”, afirmou o coronel.

“Temos hoje o que há de melhor disponível para este tipo de atendimento. Quem ganha é a população mato-grossense, com um atendimento melhor. O Governo do Estado de Mato Grosso nunca investiu tanto na Segurança Pública como agora, com a compra de equipamentos, viaturas, estrutura e qualificação profissional”, completou.
No total, foram sete cenários de acidentes com veículos simulados no pátio do 1º Batalhão dos Bombeiros na capital mato-grossense. Cada um dos grupos teve o tempo limite de 20 minutos para realizar o resgate de uma vítima e foram avaliados pelos membros da Associação Brasileira de Resgate e Salvamento (Abres).

“Os cenários levam o bombeiro a uma situação extremamente próxima da realidade, com veículos muito instáveis, vítimas reais e uma série de riscos. É um nível de detalhamento muito grande para isso se reflita no atendimento à população”, explicou capitão Rivaldo Andrade, coordenador do desafio.
O major Ícaro Gabriel Greinert, membro da Abres, destacou que a ação é como uma plataforma de ensino, porque leva conhecimento para as corporações no interior e resulta em um melhor atendimento para a população. O objetivo é diminuir a mortalidade e aumentar a taxa de sobrevida nos acidentes de trânsito.
“É uma grande satisfação estar representando o Estado. Foi um verdadeiro desafio, muito próximo a realidade. Todos os militares participantes conseguiram atingir o principal objetivo, que é salvar a vítima. Utilizamos equipamentos de ponta, que são resultados dos investimentos feitos pelo Governo de Mato Grosso no Corpo de Bombeiros”, disse.

MATO GROSSO
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso
Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.