MATO GROSSO
Sinfra discute Plano de Mobilidade com municípios e instituições
MATO GROSSO
A Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra-MT) promoveu quatro audiências setoriais para debater o Plano de Mobilidade Urbana da Região Metropolitana do Vale do Rio Cuiabá (PlanMob-VRC). Os encontros foram realizados no auditório do Hotel Delmond, em Cuiabá, na segunda e na terça-feira (06 e 07.06).
Participaram dos encontros representantes dos poderes executivo e legislativo, municipais, estaduais e federais, Ministério Público, universidades, entidades e conselhos de classe e da sociedade civil organizada.
A abertura das audiências foi realizada pelo secretário adjunto de Gestão e Planejamento Metropolitano (SAGPM) da Sinfra-MT, Rafael Detoni, que falou sobre os objetivos do PlanMob. Na sequência, foram apresentadas informações sobre mobilidade urbana e sobre a região Metropolitana de Cuiabá, além das contribuições oferecidas pelos participantes.
De acordo com Detoni, o encontro foi positivo. “Os representantes da academia foram unânimes em afirmar que o PlanMob deve ser compatível com os planos diretores dos municípios, como forma de garantir a harmonia entre a mobilidade e o modelo de ocupação territorial de cada município”, afirmou.
“Também ficou evidente, em todas as mesas, a necessidade de termos uma gestão metropolitana da mobilidade, especialmente com relação ao transporte coletivo”, completou o secretário adjunto.
Entre as contribuições trazidas, o secretário destaca as que foram apresentadas pelo Ministério Público e pela Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso, que realizou pesquisas sobre a logística estadual.
Também foi discutida a possibilidade de ampliar uma ferramenta utilizada pela SAGPM, que faz o georreferenciamento dos dados de ocorrências atendidas pelo Departamento Estadual de Trânsito. A ideia é que a mesma ferramenta possa ser utilizada pelo Detran.
Participaram do encontro representantes da Sinfra-MT, Batalhão de Trânsito da Polícia Militar, Detran, Ager-MT, Ministério Público de Mato Grosso, DNIT, Assembleia Legislativa de MT, IBGE, MTU, Concessionária do Aeroporto Marechal Rondon, Associação Brasileira de Bares e Restaurantes, Fiemt, Prefeitura de Várzea Grande, Arsec Cuiabá, Secretaria de Mobilidade Urbana de Cuiabá, Prefeitura de Nossa Senhora do Livramento, Câmara Municipal de Nossa Senhora do Livramento, Universidade Federal de Mato Grosso, Unic, Univag, Conselho Regional de Arquitetura e Urbanismo, Federação Mato-grossense de Ciclismo e Instituto Cidade Legal.
PlanMob-VRC
O PlanMob é voltado para a logística de toda a região metropolitana, com foco na melhoria em todos os campos da mobilidade e integração entre os municípios. A Sinfra-MT lançou uma pesquisa para escutar a opinião da população da região sobre o assunto. O site do PlanMob também conta um formulário de participação da sociedade, com um espaço para o envio de contribuições.
Entre os temas tratados, estão a governança metropolitana da mobilidade, o sistema viário de integração regional, os serviços de transporte coletivo intermunicipal, o meio ambiente e a sustentabilidade das cidades, a preservação da vida no trânsito, o desenvolvimento econômico e turístico da região metropolitana e a logística regional.
O objetivo do plano é estabelecer diretrizes, propostas de ação, programas e investimentos sobre os temas discutidos, de modo que ao final o estado e os municípios possam dispor de um instrumento orientador na política de mobilidade.
A Região Metropolitana do Vale do Rio Cuiabá é composta por Cuiabá, Várzea Grande, Santo Antônio do Leverger, Nossa Senhora do Livramento, Acorizal e Chapada dos Guimarães.


MATO GROSSO
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.
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