MATO GROSSO
Solução do Governo de MT para a BR-163 ganha destaque nacional e se torna case de sucesso
MATO GROSSO
Mato Grosso se tornou referência nacional ao propor o modelo inovador de transferência do controle da BR-163 da Rota do Oeste para o Governo do Estado, por meio da MT Participações e Projetos (MT Par), sociedade de economia mista. Além do Tribunal de Contas da União (TCU), outros estados já se manifestaram interessados no modelo, como Espírito Santo.
Dos mais de 800 km de rodovia que ligam Mato Grosso de Norte a Sul, a Concessionária Rota do Oeste, que detinha o controle da BR-163 desde 2013, se comprometeu em duplicar 450 km de estrada. No entanto, só entregou 120 km. A via passou, então, a ser conhecida como a “rodovia da morte”, em função do grande número de acidentes que acontecem diariamente no trecho.
Desde o início da gestão, o Governo do Estado vinha buscando soluções para o impasse, que também gerava prejuízos econômicos a Mato Grosso, uma vez que a BR-163 é a principal rota de escoamento da produção estadual.
No início de 2022, então, o governador Mauro Mendes propôs uma solução inédita, já que a realização de uma nova licitação e o início das obras de duplicação da estrada poderiam se arrastar por pelo menos cinco anos, e o impacto disso seria sentido no bolso dos contribuintes, devido ao aumento na tarifa dos pedágios.
“Apesar de ser uma rodovia federal, quem sofre as consequências da BR-163 somos nós mato-grossenses, e é nosso papel agir frente a esses problemas. O Estado não poderia continuar vendo essas mortes e não fazer nada, por isso buscamos essa solução pioneira, que vai trazer as obras já no próximo ano”, relatou o governador.
O Tribunal de Contas da União não só deu o aval para a celebração de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) entre a Concessionária Rota do Oeste e a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) prevendo a mudança no controle acionário da rodovia, como também considerou “inédita” a solução adotada por Mato Grosso.
“Ficamos positivamente surpresos com a iniciativa do Estado de Mato Grosso, de apresentar uma solução inédita para a situação da BR-163. Essa fórmula apresentada pelo Governo tem equilíbrio econômico e financeiro, e mostra que o Estado tem caixa para fazer os investimentos imediatos. A rodovia é crucial para a vida dos mato-grossenses, não apenas para a produção agrícola e a atividade econômica do estado, mas, sobretudo, pela vida das pessoas”, observou o ministro-relator Bruno Dantas, à época da assinatura do TAC.
Neste mês de dezembro, o Governo de Mato Grosso deu mais um passo em direção à concretização da proposta, garantindo junto aos bancos credores a renegociação de uma dívida de R$ 920 milhões, contraída pela Rota do Oeste ao longo dos anos de concessão. Esta era uma etapa fundamental para que o Estado pudesse, então, destravar a compra da Rota do Oeste.
A previsão é de que a formalização desta transferência ocorra ainda em janeiro de 2023, para que, assim, o Governo de Mato Gropsso inicie as primeiras obras para a duplicação da BR-163. A previsão é que o Governo invista cerca de R$ 1,2 bilhão nos primeiros dois anos.
“O governador Mauro Mendes deu uma importante solução para este impasse que já durava alguns anos, e confiou à MT Par essa missão, da qual com certeza nos sentimos honrados. Isso demonstra também a sensibilidade desta gestão, já que, apesar de ser uma rodovia federal, diversos mato-grossenses perderam suas vidas pelas condições da estrada. Estamos avançando a passos largos”, destacou o presidente da MT Par, Wener Santos.
Reconhecimento nacional
Além do reconhecimento do Tribunal de Contas da União, a solução apontada pelo Governo de Mato Grosso também serve de inspiração para outros estados que enfrentam problemas semelhantes em concessões de rodovias federais. É o caso do Espirito Santo com a BR-101, que percorre o território capixaba. De acordo com o senador e vice-governador eleito do Espírito Santo, Ricardo Ferraço, o Estado estuda implementar a mesma solução adotada pelo governador Mauro Mendes. A informação foi revelada durante o 10º Encontro Folha Business – Retrospectiva de 2022 e Perspectivas para 2023, realizado no início deste mês, em Vitória (ES).
“Nós temos um problemão para resolver aqui e com a relicitação vai demorar não sei quantos anos para a retomada desta obra. O que nos facilita é o caminho percorrido por Mato Grosso. Estamos tentando caminhar tendo como referência essa iniciativa bandeirante do Estado de Mato Grosso, para nos iluminar e nos ajudar”, afirmou o vice-governador eleito.
Este mesmo case também foi apresentado em São Paulo (SP), durante o “Fórum Infraestrutura Cidades e Investimentos”, promovido pela revista Exame, no início de dezembro.
Fonte: GOV MT


MATO GROSSO
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.
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