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Supermercado em Várzea Grande “lavou” R$ 17 milhões para grupo criminoso em dois anos

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Investigações da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), da Polícia Civil, no âmbito da Operação Apito Final, identificaram que o Supermercado Alice, localizado no bairro Figueirinha, em Várzea Grande, foi usado pelo grupo de Paulo Witer Farias Paelo para lavagem de direito da organização criminosa. 

Paulo Witer, conhecido como WT, foi o principal alvo da operação deflagrada na terça-feira (02.04), que visou desarticular o esquema de lavagem de dinheiro criado pelo criminoso.

De acordo com as investigações, o supermercado foi constituído no final de 2020 e tinha como sócio-administrador a sogra de WT, Maria Aparecida Coluna Almeida. Entretanto, Maria emitiu uma procuração em nome de Alex Junior Santos de Alencar, o Junior Soldado, considerado braço direito de Paulo Witer. Em maio de 2021, Fagner Farias Paelo, irmão de WT, também passou a administrar o empreendimento, o qual comprou de Maria em outubro daquele ano.

“A participação de Maria como laranja do grupo criminoso ficou clara desde o início, uma vez que a mulher não teria condições financeiras compatíveis para figurar como única sócia do mercado. Nas investigações, descobrimos que Maria era beneficiária do programa Bolsa Família, do Governo Federal, que é destinado a pessoas em situação de vulnerabilidade, ficando claro, também que sua participação na empresa era apenas ilustrativa”, afirmou o delegado Rafael Scatolon, um dos chefes das investigações.

Além das atividades suspeitas relativas à constituição da empresa, os investigadores também identificaram a tentativa de dissimular valores ilícitos por meio do supermercado.  Para montar o empreendimento, Maria teria pago R$ 60 mil nos dois terrenos onde o mercado está localizado. No entanto, não houve movimentação bancária relativa à compra. Meses depois, ao transferir o imóvel para Fagner, Maria recebeu R$ 563 mil, demonstrando uma supervalorização de mais de 800% no imóvel.

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Driblando o Coaf

Um comprovante de pagamento de boleto bancário encontrado pelos investigadores da GCCO aponta que o Supermercado Alice foi usado para realizar pagamentos em benefício do grupo criminoso, introduzindo no sistema financeiro o dinheiro de origem ilícita da organização, oriundo do tráfico de drogas. 

Conforme o comprovante, a pessoa jurídica do supermercado foi responsável por quitar, em outubro de 2021, duas parcelas de R$ 184,9 mil e R$ 100 mil, relativas à compra de um veículo Volvo XC60 feita por Andrew Nickolas Marques dos Santos, considerado testa de ferro de WT.

Os investigadores também identificaram uma conversa entre Cristiane Patrícia Rosa Pins, esposa de WT, e Mayara Bruno Soares, que também é integrante da organização criminosa, sobre o interesse de Cristiane em um apartamento de luxo no bairro Duque de Caxias, em Cuiabá. 

Mayara, que já foi alvo de operação policial em 2022 por atuar como laranja da facção criminosa, faria a intermediação da compra do apartamento no 17º andar do prédio. O imóvel seria adquirido por R$ 950 mil, com uma entrada de R$ 350 mil e seis parcelas de R$ 100 mil. 

O combinado entre as investigadas foi de que Alex Júnior, que tinha a procuração em nome do Supermercado Alice, e que chegou a transferir R$ 100 mil de sua própria conta para a compra do apartamento, faria o depósito da entrada do imóvel, em espécie, na conta de Maria Aparecida. Ela, por sua vez, repassaria o valor ao vendedor. 
Transcrição de áudio obtido durante as investigações

Em áudio, Mayara usa sua “expertise” em lavagem de dinheiro e alerta para que Cristiane tome cuidado ao depositar o dinheiro da entrada do apartamento, afirmando que “o Coaf está em cima”, se referindo ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras, ligado ao Ministério da Fazenda.

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Mayara ainda apontou a possibilidade de Maria atrair investigadores se houvesse movimentação suspeita nas contas do mercado ou em suas contas pessoais. O irmão de WT, Fagner, que também tinha poderes legais sobre o Supermercado, também alertou sobre o uso das contas bancárias para o pagamento do apartamento.

“Esta é uma conduta é típica de orientação para organização criminosa praticar atos de lavagem de capitais com objetivo de dissimular a origem do dinheiro proveniente da ações criminosas, de forma a não deixar rastro dessas condutas delituosas”, frisou o delegado Rafael Scatolon.

Operação Apito Final

Deflagrada na terça-feira (02.04), a operação Apito Final é resultado de dois anos de investigação da Gerência de Combate ao Crime Organizado, com objetivo de desarticular um esquema de lavagem de dinheiro criado por integrantes de uma organização criminosa, em Cuiabá.

Conforme as investigações, conduzidas pelos delegados Gustavo Belão, Rafael Scatolon e Frederico Murta, após deixar a prisão, em outubro de 2021, Paulo Witer, que já integrava a facção criminosa, se tornou tesoureiro do grupo e passou a movimentar cifra milionária, por meio de diversos esquemas de compra e venda de imóveis e veículos, além de um time de futebol amador, para dissimular e ocultar a origem ilícita dos valores. Apenas no período apurado, a movimentação alcançou, pelo menos, R$ 65,9 milhões.

Fonte: Governo MT – MT

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CONCEEL-EMT reforça orientações sobre a nova identificação das Unidades Consumidoras

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O Conselho de Consumidores da Energisa Mato Grosso (CONCEEL-EMT) está reforçando as orientações sobre a nova forma de identificação das Unidades Consumidoras (UCs), implantada recentemente pelas distribuidoras em diversas regiões do país. A atualização tem como objetivo padronizar os cadastros, aumentar a precisão nos atendimentos e aprimorar o controle das informações no setor elétrico.

A mudança foi determinada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), como parte de um processo mais amplo de modernização dos serviços de distribuição e digitalização do relacionamento com o consumidor. Uma das medidas adotadas pelo conselho é entrega de folder informativo com as orientações sobre a mudança. O prazo de conclusão para a padronização é 31 de dezembro.

Essa padronização traz benefícios diretos para os clientes e para o setor como um todo. Entre eles, está a melhoria no processo de cadastramento no CadÚnico – Cadastro Único, feito pelas prefeituras municipais, para que famílias de baixa renda possam receber o benefício da Tarifa Social. Além disso, a atualização simplifica os atendimentos ao cliente e agiliza a resolução de demandas relacionadas ao fornecimento de energia

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O que muda?

O código da sua Unidade Consumidora (UC), que aparece na fatura de energia, passará a ter 15 dígitos, estruturados da seguinte forma:

10 primeiros: número sequencial da distribuidora

3 seguintes: identificação da distribuidora, definida pela ANEEL

2 finais: dígitos verificadores para conferir se o número está correto

O novo número de identificação será exibido nas faturas a partir de 01/12/2025 e a atualização será feita de forma automática, sem necessidade de qualquer ação por parte dos clientes da Energisa.

Segundo o vice-presidente do CONCEEL-EMT, Benedito Paulo de Abreu, a nova identificação representa um avanço na modernização do setor. “Estamos em um momento em que a digitalização e a segurança dos dados são essenciais. A padronização das UCs contribui para reduzir erros, garantir mais agilidade no atendimento e proporcionar uma melhor experiência para o consumidor”, afirmou.

Sobre o CONCEEL-EMT

O conselho tem como objetivo orientar, analisar e opinar sobre questões relacionadas ao fornecimento, às tarifas e à adequação dos serviços prestados ao consumidor final. O conselho não possui relação de subordinação com a distribuidora Energisa/MT e é composto por representantes das seguintes classes de consumo: residencial, comercial, industrial, rural e poder público.

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