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Suspeito de agressão a psicólogo em boate de Cuiabá já foi preso por injúria racial e ameaça a bombeiro militar

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O homem de 28 anos, acusado de agredir o psicólogo Douglas Amorim dentro do banheiro da boate Nuun Garden, em Cuiabá, na madrugada de domingo (12), já havia sido preso anteriormente por injúria racial contra um bombeiro militar no mesmo estabelecimento, em março de 2022.

De acordo com o registro policial do dia 13 de março de 2022, a Polícia Militar foi acionada para atender a ocorrência de ameaça na porta da boate, onde o suspeito foi encontrado “bastante exaltado”. A vítima relatou que o agressor teria questionado “o que esse preto tá fazendo aqui? Esse preto vagabundo” e, em seguida, o ameaçou: “segunda-feira você vai ver, tá fodido; quem ri por último, ri melhor”. O suspeito foi preso pela PM e encaminhado para a Central de Flagrantes, ainda algemado, e continuou ameaçando a vítima durante a confecção do boletim de ocorrência.

Agora, o suspeito é acusado de homofobia, após agredir o psicólogo Douglas Amorim, que desmaiou após ter a cabeça batida contra uma prateleira de mármore no banheiro da boate. “Ele [o agressor] fez isso de uma forma covarde, de costas enquanto eu usava o mictório. Eu não pude me defender ou saber o que estava acontecendo. Na verdade, eu só soube o que estava acontecendo quando eu estava acordando esperando o carro do meu amigo para me levar ao hospital”, relatou a vítima em vídeo nas redes sociais.

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Em uma declaração nas redes sociais, um amigo do suspeito afirmou que a agressão foi motivada por um suposto assédio por parte do psicólogo. No entanto, segundo a vítima, ambos já haviam se estranhado antes do incidente.

Além disso, a Boate Nuun Garden está sendo acusada de omissão pela vítima. Douglas alegou que o estabelecimento facilitou a saída do agressor e negligenciou o atendimento e acolhimento após ele ter desmaiado.

A boate se manifestou em nota, lamentando o incidente e destacando que está tomando todas as medidas cabíveis. “Desde já lamentamos profundamente o incidente ocorrido recentemente em nosso estabelecimento. Gostaríamos de reforçar que não toleramos qualquer forma de violência ou discriminação. Somos um espaço dedicado à diversidade e ao respeito. Estamos tomando todas as medidas cabíveis e seguimos colaborando com as autoridades para esclarecer os fatos. Reforçaremos nossas políticas de segurança para garantir que nosso espaço continue sendo um ambiente acolhedor para todos. Contamos com a compreensão e o apoio de vocês. Atenciosamente, Nuun Garden”.

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Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

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Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).

O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior ­- índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).

A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.

No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.

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A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.

Dificuldades

As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.

As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).

Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.

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Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.

“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.

Dados da pesquisa

O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.

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