MATO GROSSO
TCE-MT amplia debate sobre doação de medula óssea em parceria com o MT-Hemocentro
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A informação é uma das principais aliadas na missão de aumentar os estoques de medula óssea no estado. Para contribuir com este trabalho, o Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT), por meio da Secretaria Executiva de Gestão de Pessoas, reuniu servidores e colaboradores em roda de conversa com os profissionais do MT-Hemocentro, nesta quinta-feira (10).
O Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea no Brasil (Redome) é o terceiro maior do mundo, com mais de 5,5 milhões de cadastros, segundo o Ministério da Saúde. Contudo, a realização do transplante esbarra no desafio da falta de compatibilidade: as chances são de 1 para 100 mil doadores.
Diante da estatística, a coordenadora do Núcleo de Qualidade de Vida no Trabalho (NQVT), Estela Biancardi, reforçou a importância de engajar potenciais doadores, ou seja, pessoas com idades entre 18 e 35 anos, garantindo que o debate se estenda para fora do Tribunal por meio do compartilhamento do aprendizado.
“Esse trabalho de motivação é para que eles se conscientizem sobre a importância da atuação na área social e de saúde, até mesmo para que isso dê um complemento à suas vidas. Esta é uma forma de nos sentirmos mais úteis à sociedade”, disse.
A psicóloga do único banco de sangue público de Mato Grosso, Letycya Sena, falou sobre os principais mitos relacionados ao tema. “É preciso saber, por exemplo, que oferecemos todas as condições técnicas e de segurança, que o sangue do doador não engrossa, não diminui e que não é necessário doar sempre. Ou seja, que isso não vai afetar sua rotina.”
Ela também reforçou o convite para que novos doadores procurem o MT-Hemocentro. A unidade, localizada na Rua 13 de Junho, está aberta de segunda-feira a sexta-feira, das 7h30 às 17h30. “Doar sangue é doar vidas e cada doação pode salvar até quatro pessoas. A solidariedade é um gesto de amor.”
Tanto os sites do Ministério da Saúde quanto do Redome e do MT-Hemocentro disponibilizam as instruções completas, além de tirarem as principais dúvidas relacionadas ao tema. Confira as principais:
O que é a medula óssea?
Ela é encontrada no interior dos ossos, contém as células-tronco hematopoéticas que produzem os componentes do sangue, incluindo as hemácias ou glóbulos vermelhos, os leucócitos ou glóbulos brancos que são parte do sistema de defesa do nosso organismo, e as plaquetas, responsáveis pela coagulação.
Quem necessita do transplante?
O transplante pode beneficiar pessoas com cerca de 80 doenças diferentes, como leucemias, linfomas, mieloma múltiplo, aplasia de medula e imunodeficiências. O procedimento consiste na substituição de uma medula óssea doente por células normais de medula óssea (células-tronco), com o objetivo de reconstituir uma medula saudável.
Quem pode doar?
Para se tornar um doador de medula óssea é necessário:
•Ter entre 18 e 35 anos de idade (Portaria nº 685, de 16 de junho de 2021)
• Estar em bom estado de saúde
• Não ter doença infecciosa transmissível pelo sangue (como infecção pelo HIV ou hepatite)
• Não apresentar história de doença neoplásica (câncer), hematológica ou autoimune (como lúpus eritematoso sistêmico e artrite reumatoide).
Como é o procedimento para se tornar um potencial doador?
Para doar é preciso chegar ao banco de sangue munido com RG e endereço residencial completo e procurar pelo Setor de Serviço Social de Doadores. Lá, será preenchida uma Ficha de Inscrição com dados pessoais e assinado o Termo de Consentimento, que autoriza também o encaminhamento do nome do potencial doador ao Redome.
Além disso, o interessado passará pela coleta de uma amostra de sangue (5 ml) para testes de tipificação HLA – fundamental para a compatibilidade do transplante. Estes dados serão incluídos no Redome e, em caso de identificação de compatibilidade com um paciente, o doador será contatado para realizar outros testes.
Quais as chances de encontrar um doador compatível?
Em função das características genéticas do sistema HLA, esta chance é de 30% entre irmãos e é muito menor entre doadores não-aparentados. Por este motivo, existem os Registros de Doadores Voluntários em diferentes países, com mais de 38 milhões de doadores. Entre os brasileiros a maior chance é encontrar um doador não-aparentado.
Quanto tempo a medula leva para se recompor?
As células-tronco hematopoéticas se proliferam naturalmente e, por este motivo, cerca de duas semanas após a doação o organismo estará recuperado.
Secretaria de Comunicação/TCE-MT
E-mail: imprensa@tce.mt.gov.br
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Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.
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