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TCE-MT e ALMT firmam parceria para promover empreendedorismo no estado e reduzir desigualdades

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O presidente do Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT), conselheiro Sérgio Ricardo, anunciou a criação de um fórum interinstitucional voltado ao avanço do empreendedorismo no estado. A questão foi debatida em reunião nesta segunda-feira (26), com representantes da Câmara Setorial Temática de Apoio ao Empreendedorismo e das Micros e Pequenas Empresas da Assembleia Legislativa (ALMT).

De acordo com o conselheiro-presidente, o fomento ao empreendedorismo e à industrialização é um dos principais caminhos para que Mato Grosso possa reduzir as desigualdades socioeconômicas entre seus municípios. “O Tribunal vem movimentando todos os setores na busca pelo fim das desigualdades no estado. Assumimos este trabalho com muita ênfase e estamos trazendo todos os setores para esta construção”, afirmou.

Sérgio Ricardo lembra que um dos reflexos da falta de incentivo ao setor é a perda populacional. Na última década, segundo o censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 51 municípios mato-grossenses passaram por este fenômeno. “Essa gente foi embora em busca de oportunidades e, para isso, só tem um jeito, nós temos que criar oportunidades nos municípios e qualificar as pessoas”, pontuou.

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Um dado apresentado pela Câmara reforça o potencial para a industrialização: em 2023, Mato Grosso gastou R$ 3 bilhões com produtos fabricados em outros estados, como por exemplo, uniformes escolares. Considerando que o estado é o maior exportador de algodão do Brasil, o mercado têxtil encontraria vantagens logísticas para se desenvolver e gerar emprego e renda em diferentes regiões.

“Nós mandamos nosso algodão para outros lugares e depois compramos de volta já como produtos industrializados. Esses produtos poderiam estar sendo fabricados aqui. Então, precisamos de políticas para incentivar a implementação de empresas, principalmente nas regiões onde estão os menores municípios e os mais pobres”, completou o conselheiro.

Segundo o presidente da Câmara, Cléber Ávila Ferreira, este é um dos principais objetivos da criação de um programa indicado pela Assembleia ao Governo. “A proposta é criar um ambiente adequado para que micro e pequenas empresas do setor industrial possam se instalar em cidades de pequena população e que tenham uma economia estagnada. A ideia é gerar emprego e renda onde mais se necessita de oportunidade.”

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A partir da reunião na Corte de Contas, a expectativa da Câmara é que mais instituições se mobilizem e novas proposições, principalmente referentes a questões tributárias e de fomento, melhorem o cenário para estes negócios. Desta forma, o estado poderá alavancar um setor que emprega mais de 70% da mão de obra de carteira assinada em todo o Brasil.

Com relação ao fórum, Cléber destacou que a participação da equipe técnica do TCE-MT no debate vai elevar o nível dos projetos. “Percebemos o empenho e o interesse do presidente do Tribunal em ajudar os municípios de Mato Grosso a resolver esse problema, que é geração de emprego, geração de renda e o retorno à sociedade na prestação de serviços públicos”, concluiu.

 

Secretaria de Comunicação/TCE-MT
E-mail: imprensa@tce.mt.gov.br
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Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

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Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).

O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior ­- índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).

A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.

No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.

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A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.

Dificuldades

As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.

As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).

Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.

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Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.

“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.

Dados da pesquisa

O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.

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