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Trabalho integrado restaura saúde bucal de reeducandos em cadeia pública

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O trabalho realizado pelos profissionais da Cadeia Pública de Barra do Garças (518 km de Cuiabá) está intensificando a assistência na restauração da saúde bucal e autoestima dos reeducandos que necessitam de atendimento odontológico. No ano de 2023, 635 reeducandos receberam atendimento odontológico na unidade. Já neste ano já foram atendidos 138 pacientes. 

Em colaboração com o programa Brasil Sorridente, do Governo Federal, em parceria com Prefeitura Municipal, os profissionais de saúde bucal estão auxiliando na confecção de próteses dentárias para beneficiar 32 reeducandos. Nesta semana foram feitos os moldes e os reeducandos irão receber as próteses em até 30 dias. Meses antes dessa etapa, os odontólogos realizaram todo preparo bucal, demonstrando o cuidado com a saúde dos reeducandos. 

“Vimos a necessidade dos reeducandos que apresentavam queda de dente. Sabemos que isso afeta não só a mastigação, mas também a autoestima e a estética bucal. Diante desta necessidade, solicitamos que a Cadeia Pública de Barra do Garças fosse inserida no programa Brasil Sorridente e, com o apoio do diretor Maicon Oliveira, demos início aos atendimentos”, explica a odontóloga Dara Martins.
Odontóloga Mara Martins em atendimento aos reeducandos da Cadeia Pública de Barra do Garças.

O diretor Maicon Oliveira destaca que o trabalho dos profissionais vem dando resultados positivos.

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“Graças ao excelente trabalho das nossas profissionais da área de saúde, juntamente com as parcerias entre Município, Estado e Governo Federal, conseguimos melhorar os atendimentos aos reeducandos e os resultados são positivos. Sou grato a Deus por trabalhar com excelentes profissionais que não medem esforços para possamos fazer cada vez mais pelos reeducandos”, cita o diretor.

Serviços médicos 

Os profissionais da Cadeia Pública de Barra do Garças desenvolvem, ao longo do ano, uma série de ações não só na área da saúde bucal, mas também nos cuidados de higiene corporal, higiene do ambiente, autocuidado, doenças transmissíveis, alimentação, saúde mental, entre outras.

Os serviços médicos e de enfermagem, como consultas de rotina e vacinação, totalizaram 2.505 atendimentos em 2023. Em 2024 já foram 519 atendimentos.

Para execução dessas atividades individuais e coletivas, é elaborado um relatório semestral, de acordo com as carências levantadas pela própria equipe da unidade. Essas ações são desenvolvidas em parceria com professores, universitários e também com as secretarias de Saúde do Município e do Estado. 

A primeira ação coletiva de educação em saúde deste ano ocorreu em fevereiro e contou com a participação dos alunos de enfermagem do sétimo semestre do Centro Universitário do Vale do Araguaia. 

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Na ocasião, os estudantes abordaram temas como a importância da higiene na prevenção de doenças, higiene corporal, higiene das celas e autocuidado. Com a conscientização sobre saúde entre os detentos, a equipe contribuiu para a prevenção de doenças dentro das prisões e também em comunidades onde os eles serão reinseridos após o cumprimento da pena. 
Estudantes de enfermagem em ação coletiva de educação em saúde. 

A coordenadora de saúde da unidade, enfermeira Estefania Ferreira, afirma que, muitas vezes, os reeducandos estão privados de acesso a informações básicas sobre saúde e esse atendimento prestado pelos profissionais de enfermagem representa esperança e oportunidade de aprendizado. 

Ela destaca que o projeto visa não apenas fornecer cuidados de saúde imediatos, mas também capacitá-los para que possam adotar práticas de autocuidado que beneficiem sua saúde a longo prazo. 

“Nosso objetivo é garantir uma qualidade de vida digna aos privados de liberdade, para que, ao deixarem a penitenciária, tenham uma perspectiva renovada. Queremos que tenham suas condições de saúde diagnosticadas e tratadas adequadamente, além de adquirirem conhecimento sobre sua própria saúde”, afirma a coordenadora de saúde.

Fonte: Governo MT – MT

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Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

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Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).

O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior ­- índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).

A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.

No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.

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A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.

Dificuldades

As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.

As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).

Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.

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Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.

“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.

Dados da pesquisa

O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.

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