MATO GROSSO
Trade turístico conta com linhas de crédito à disposição
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Estão disponíveis, para o trade turístico de Mato Grosso, linhas de crédito para o setor de serviços de atendimento, acomodação, melhoria de infraestrutura, equipamentos turísticos e transportes, entre outros.
Segundo o presidente da Agência de Fomento de Mato Grosso, Jair Marques, o principal objetivo é apoiar o segmento, que vem demostrando evolução no pós-pandemia. Entre 2021 e abril deste ano, foram liberados mais de R$ 13 milhões para o trade turístico mato-grossense. O montante corresponde a 52,30% dos créditos concedidos a 307 empresas no Estado.
“As empresas, que acessam a linha de crédito, ampliam suas atividades, geram emprego e renda e contribuem para o fortalecimento do turismo e da economia estadual”, explica
Clarice Dittmann, proprietária do Hotel Bandeirantes, empresa fomentadora do turismo de negócios em Juína (750 quilômetros de Cuiabá no sentido noroeste), é uma das beneficiadas pela Desenvolve MT.
Ela conta ter acessado a linha de crédito para investimento, já prevendo uma retomada do setor, tendo conseguido ampliar o hotel com mais 10 quartos. “Por causa da taxa de juros, fomos atrás do crédito, conseguimos mobiliar os quartos e aumentar o hotel”, disse.
Linha de Crédito
Os micro e pequenos empresários, que atuam no trade turístico e estão registrados no cadastro de prestadores de serviços turísticos (Cadastur), do Ministério do Turismo, podem solicitar crédito por meio da Desenvolve MT, instituição financeira do Governo de Mato Grosso.
São quatro modalidades ofertadas aos empreendedores e que podem ser aplicadas em projetos de obra civil, capital de giro, aquisição de máquinas, equipamentos e veículos utilitários.
Veja abaixo o que pode ser financiado para o setor de turismo e as condições.
Obra Civil – Oferece uma linha de crédito no valor de até R$ 1 milhão, com prazo total de 72 meses para quitação, e carência de 24 meses. Taxa de juros de 1,20% ao mês, com bônus de 30% para pagamento em dia na fase de amortização. O foco do crédito é financiamento de infraestrutura física, como implantação, ampliação, modernização e reforma, entre outros.
Máquinas e Equipamentos – Crédito destinado a financiar máquinas e equipamentos nacionais novos. Com valor de até R$ 500 mil, tem prazo de 60 meses para quitação, com carência de 12 meses. Taxa de juros de 1% ao mês, com bônus de adimplência de 30% para pagamento em dia.
Transporte – Crédito destinado a financiar até 80% de veículo a ser utilizado exclusivamente para as empresas que atuam em atividades econômicas relacionadas ao turismo. O valor é de até R$ 500 mil. Taxa de juros de 1,20% ao mês, sendo 30% para pagamento em dia na fase de amortização. Prazo total de até 60 meses e carência de três meses.
Capital de Giro – Destinada a capital de giro, o valor é de até R$ 100 mil. O prazo é de 48 meses para quitação, com carência de até seis meses. Taxa de juros de 2% ao mês e 30% para pagamento em dia na fase de amortização. Para o microempreendedor individual (MEI), o valor é de até R$ 20 mil.
A solicitação do crédito é feita pela plataforma digital, no site da agência. Também podem ser simulados os valores, antes da contratação.
Mais informações (65) 3613-7900.


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Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.
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