MATO GROSSO
Vereadora de MT é impedida por colegas de homenagear mulheres
MATO GROSSO
A única vereadora na Câmara Municipal de Indiavaí (a 367 km de Cuiabá), Rhillary Milleid (Republicanos), mais uma vez foi cerceada pelos colegas e suas moções para homenagear mulheres da cidade no Dia Internacional da Mulher foram todos retiradas de pauta, sem justificativa, minutos antes da sessão dessa terça-feira, 8 de março.
Rhillary tem 20 anos e é a mais jovem vereadora de Indiavaí e a segunda mais jovem de Mato Grosso. Foi a quinta mais votada nas eleições de 2020 e não é a primeira vez que enfrenta dificuldades dentro do parlamento, em situações como ser interrompida ou silenciada durante as sessões.
A deputada estadual Janaina Riva (MDB) falou com o Repórter MT sobre o que aconteceu com Rhillary, justamente no Dia das Mulheres.
“Não é a primeira vez que a vereadora, a segunda mais jovem do Estado, passa por isso. Uma humilhação não votarem as moções dela para parabenizar as mulheres de sua cidade. Inconcebível imaginar que uma vereadora mulher não pode sequer parabenizar outras mulheres”, afirmou Janaina.
O movimento de luta pela proteção às mulheres, Até Quando, emitiu Nota de Repúdio sobre o caso e chamou de “violência política” o que está acontecendo com a vereadora.
“A única mulher representando o povo na Câmara Municipal de Indiavaí-MT foi impedida por seus pares de fazer indicação de moções de aplausos a mulheres do município pelo Dia Internacional da Mulher. Violência política de gênero, desrespeito, ofensa por parte dos seus colegas de parlamento? Isso tudo e muito mais! A voz silenciada da nobre vereadora ao querer manifestar sua tristeza com essa atitude repugnante dos vereadores, especialmente da mesa diretora, não nos faltará”, diz a nota.
Rhillary gravou um vídeo em suas redes sociais e falou sobre o quanto “é duro ser boicotado” em seu trabalho.
FONTE/ REPOST: EUZIANY THEODORO – REPÓRTER MT


MATO GROSSO
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.
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