Search
Close this search box.
CUIABÁ

MUNDO

Equador proíbe exploração de petróleo em parte da Amazônia

Publicados

MUNDO

Os referendos equatorianos para proibir a extração de petróleo em uma parte da Amazônia e a mineração em uma floresta nos arredores de Quito foram aprovados com facilidade, atraindo aplausos de líderes indígenas e ambientalistas nesta segunda-feira, apesar das advertências de grupos de petróleo e mineração sobre bilhões em perdas de receita.

A exploração de petróleo em parte da reserva amazônica Yasuni teve sua proibição aprovada por pouco menos de 59%, com quase todos os votos contados. O impedimento da mineração na floresta Choco Andino, perto de Quito, tem 68% de apoio.

A votação relacioanada a Yasuni — que concede à petrolífera estatal Petroecuador um ano para encerrar a produção no bloco 43-ITT — deve resultar na perda de cerca de 12% da produção de petróleo bruto do Equador, de 480.000 barris por dia (bpd).

A Petroecuador não respondeu a um pedido de comentário, mas disse que “sim” custaria ao Equador US$ 13,8 bilhões em receita nas próximas duas décadas.

A proibição de Yasuni levará a uma redução de 1,9% no crescimento econômico projetado entre 2023 e 2026, disse o banco central do país na semana passada.

Leia Também:  Brasil recebe presidência do G20 e propõe força-tarefa contra fome

Dois outros blocos da Petroecuador na área não foram afetados.

A vitória do “sim” envia uma mensagem aos investidores “incluindo os principais bancos dos EUA e gestores de ativos, de que a era da extração descontrolada de recursos está chegando ao fim”, disse Kevin Koenig, do grupo de defesa Amazon Watch.

Tanto as associações de petróleo quanto as de mineração disseram que suas indústrias são necessárias para sustentar a abalada economia e que as proibições exporiam as áreas à mineração ilegal e ao desmatamento.

O referendo local de Quito destruirá seis concessões de ouro.

A Câmara de Mineração do Equador disse que a oposição à mineração em todo o país está bloqueando cerca de US$ 1 bilhão em investimentos potenciais nos próximos dois anos.

Fonte: EBC Internacional

COMENTE ABAIXO:
Propaganda

GERAL

Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil

Publicados

em

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.

A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.

O que é essa tarifa e como funciona?

A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.

Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.

Exemplo simples: 

Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:

  • Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.

  • Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.

  • Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.

  • Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.

  • Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.

Leia Também:  Governo alemão proíbe publicação de extrema-direita

 

Como isso afeta o Brasil?

A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:

  • Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.

  • Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.

  • Perda de mercado para concorrentes de outros países.

  • Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).

  • Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.

 

Quais produtos serão mais afetados?

A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:

  • Carnes bovina, suína e de frango

  • Café

  • Suco de laranja

  • Soja e derivados

  • Minério de ferro e aço

  • Aeronaves e peças da Embraer

  • Cosméticos e produtos farmacêuticos

  • Celulose, madeira e papel

Brasil pode retaliar?

O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.

Leia Também:  Caminhoneiros fecham estradas do Rio após vitória de Lula

E o consumidor brasileiro, será afetado?

Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.

O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).

A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.

O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.

COMENTE ABAIXO:
Continue lendo

CUIABÁ

VÁRZEA GRANDE

MATO GROSSO

POLÍCIA

MAIS LIDAS DA SEMANA