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França permite que barco de imigrantes atraque e faz críticas à Itália

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A França disse nesta quinta-feira (10) que permitirá que um navio de ONG que transporta mais de 200 imigrantes resgatados no Mediterrâneo atraque no porto de Toulon, após discussões tensas com a Itália, cuja atitude o governo francês criticou duramente.

A imigração é um assunto polêmico em ambos os países, e o ministro do Interior francês, Gérald Darmanin, disse que a proibição do governo da Itália ao barco, que ficou preso no país por dias, é “incompreensível” e “egoísta”.

“Neste contexto, a França decidiu excepcionalmente compensar o comportamento inaceitável do governo italiano e convidar o navio a vir ao porto militar de Toulon”, disse Darmanin em entrevista coletiva.

Há 234 pessoas a bordo do Ocean Viking, incluindo 57 crianças. A França receberá cerca de um terço, a Alemanha outro terço e o restante será dividido entre outros países da União Europeia, disse Darmanin, enfatizando que aqueles que não se qualificarem para asilo serão expulsos.

O navio estava navegando hoje pela ilha francesa da Córsega, mostrou o aplicativo rastreador MarineTraffic, mas estava perto da Itália antes disso. Ele estava programado para chegar em Toulon amanhã (11).

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“Não há dúvida de que [o Ocean Viking] estava na zona de pesquisa e resgate da Itália”, disse Darmanin, acrescentando que “haverá consequências extremamente fortes no relacionamento bilateral”.

A Itália rejeitou firmemente as críticas, dizendo que a reação francesa destaca o fracasso da Europa em lidar com um número crescente de imigrantes, muitos dos quais chegam ao continente por meio de barcos do Norte da África.

“A reação da França ao pedido de receber 234 imigrantes, enquanto a Itália recebeu 90 mil somente este ano, é totalmente incompreensível diante dos constantes pedidos de solidariedade”, disse o ministro do Interior italiano, Matteo Piantedosi, em comunicado.

A Itália e a Espanha, países por onde chegam a maioria dos imigrantes que cruzam o Mediterrâneo por mar, há muito dizem que outros países, incluindo a França, devem fazer mais para ajudar.

A questão de como lidar com a imigração na União Europeia tem sido fonte de tensões há anos, mas as críticas muito abertas e duras da França à Itália nesta quinta-feira são mais incomuns.

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“A França lamenta profundamente que a Itália tenha decidido não se comportar como um Estado europeu responsável”, disse Darmanin, que convocou uma reunião do bloco europeu para discutir a imigração e a atitude da Itália.

(Reportagem adicional de Elizabeth Pineau, Dominique Vidalon, Tangi Salaun, Sudip Kar-Gupta em Paris, Crispian Balmer em Roma)

Fonte: EBC Internacional

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Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.

A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.

O que é essa tarifa e como funciona?

A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.

Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.

Exemplo simples: 

Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:

  • Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.

  • Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.

  • Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.

  • Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.

  • Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.

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Como isso afeta o Brasil?

A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:

  • Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.

  • Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.

  • Perda de mercado para concorrentes de outros países.

  • Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).

  • Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.

 

Quais produtos serão mais afetados?

A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:

  • Carnes bovina, suína e de frango

  • Café

  • Suco de laranja

  • Soja e derivados

  • Minério de ferro e aço

  • Aeronaves e peças da Embraer

  • Cosméticos e produtos farmacêuticos

  • Celulose, madeira e papel

Brasil pode retaliar?

O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.

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E o consumidor brasileiro, será afetado?

Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.

O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).

A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.

O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.

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