MUNDO
Israel diz ter matado infiltrados do Líbano
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Israel informou nesta segunda-feira (9) que suas tropas, apoiadas por helicópteros, mataram infiltrados armados que entravam no país vindos do Líbano, aumentando temor de que os combates possam se espalhar dois dias depois que homens armados do Hamas invadiram a partir de Gaza em um ataque letal.
Os militares israelenses disseram que convocaram um número sem precedentes de 300 mil reservistas e que estavam impondo um bloqueio total à Faixa de Gaza, sinais de que podem estar planejando um ataque terrestre para derrotar o Hamas.
Os combatentes do Hamas ainda estavam escondidos em vários locais dentro de Israel dois dias depois de terem atravessado Gaza, matando 800 pessoas, segundo atualização da Kan TV, e fazendo dezenas de reféns, num ataque que abalou a reputação de invencibilidade de Israel.
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu disse aos prefeitos das cidades do sul atingidas pelo ataque surpresa que a resposta de Israel “mudará o Oriente Médio”.
Em Gaza controlada pelo Hamas, Israel realizou os ataques de retaliação mais intensos da história, matando mais de 500 pessoas desde sábado (7). O ministro da Defesa, Yoav Gallant, disse que o bloqueio de Israel seria reforçado para evitar que alimentos e combustível fossem levados para o local, onde vivem 2,3 milhões de pessoas.
A perspectiva de que os combates possam alastrar-se a outras áreas tem alarmado a região. As tropas israelenses “mataram vários suspeitos armados que se infiltraram em território israelense vindos do território libanês”, disseram os militares, acrescentando que helicópteros “estão atacando na área”.
Uma autoridade do Hezbollah negou que o grupo tenha montado qualquer operação em Israel. O Hezbollah, um grupo militante xiita poderoso no sul do Líbano, é apoiado pelo Irã, assim como o Hamas.
Bombardeios de artilharia e tiros foram ouvidos na fronteira sul do Líbano com Israel, disse um correspondente da TV Al-Manar, do Hezbollah, em um post nas redes sociais. A Rádio do Exército, de Israel, informou que a localização era perto de Adamit, em frente às cidades fronteiriças libanesas de Aalma El Chaeb e Zahajra.
No sul de Israel, cenário do ataque mortal do Hamas, o principal porta-voz militar de Israel disse que as tropas restabeleceram o controle das comunidades que haviam sido invadidas, mas que confrontos isolados continuavam, pois alguns atiradores palestinos seguiam ativos.
“Estamos agora realizando buscas em todas as comunidades e limpando a área”, afirmou o porta-voz militar chefe, contra-almirante Daniel Hagari.
Mais cedo, outro porta-voz, o tenente-coronel Richard Hecht, reconheceu que estava “levando mais tempo do que esperávamos para colocar as coisas de volta em uma postura defensiva e de segurança”.
As imagens chocantes dos corpos de centenas de civis israelenses espalhados pelas ruas das cidades, mortos a tiros em uma festa ao ar livre e sequestrados de suas casas nunca tinham sido vistas antes no conflito entre israelenses e palestinos que já dura décadas.
O anúncio de que 300 mil reservistas já tinham sido mobilizados em apenas dois dias aumentou a especulação de que Israel pode estar contemplando um ataque terrestre a Gaza, um território que abandonou há quase duas décadas.
“Nunca convocamos tantos reservistas em uma escala tão grande”, declarou Hagari. “Estamos partindo para ofensiva”.
Os palestinos relataram ter recebido chamadas e mensagens de áudio de agentes de segurança israelenses, dizendo-lhes para abandonarem áreas principalmente nos territórios do norte e do leste de Gaza, e alertando que o Exército iria operar ali.
O Hamas diz que o ataque é justificado pela situação de Gaza sob um bloqueio de 16 anos, uma repressão israelense na Cisjordânia ocupada que tem sido a mais mortal em anos e um governo israelense de extrema-direita que fala em anexar terras palestinas. Israel e os países ocidentais dizem que nada justifica a matança intencional de civis.
Os agressores mataram a tiros dezenas de jovens israelenses – a mídia informou que 260 foram mortos – em uma festa ao ar livre no deserto. Um dia depois, dezenas de sobreviventes ainda deixavam esconderijos. O local estava repleto de carros destruídos e abandonados.
“Foi um massacre, um massacre total”, disse Arik Nani, que celebrava o seu 26º aniversário e escapou escondendo-se durante horas num campo.
A retaliação de Israel também foi numa escala nunca vista, apesar das quatro guerras em Gaza desde que o Hamas assumiu o controle da região, há 16 anos. Em imagens obtidas pela Reuters, dezenas de pessoas foram vistas escalando edifícios desabados em busca de sobreviventes, com o ar ainda empoeirado pelo impacto. Sirenes soaram enquanto as equipes de emergência retiravam os carros que pegaram fogo.
O Egito, que no passado foi mediador entre Israel e o Hamas em momentos de conflito, mantinha contato estreito com os dois lados, tentando evitar uma nova escalada, segundo fontes de segurança egípcias.
A violência também coloca em risco os movimentos apoiados pelos Estados Unidos para normalizar as relações entre Israel e a Arábia Saudita – um realinhamento de segurança que poderia ameaçar as esperanças palestinas de autodeterminação e cercar o Irã, apoiador do Hamas.
Fonte: EBC Internacional


GERAL
Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.
A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.
O que é essa tarifa e como funciona?
A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.
Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.
Exemplo simples:
Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:
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Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.
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Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.
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Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.
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Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.
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Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.
Como isso afeta o Brasil?
A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:
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Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.
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Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.
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Perda de mercado para concorrentes de outros países.
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Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).
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Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.
Quais produtos serão mais afetados?
A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:
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Carnes bovina, suína e de frango
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Café
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Suco de laranja
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Soja e derivados
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Minério de ferro e aço
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Aeronaves e peças da Embraer
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Cosméticos e produtos farmacêuticos
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Celulose, madeira e papel
Brasil pode retaliar?
O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.
E o consumidor brasileiro, será afetado?
Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.
O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).
A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.
O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.
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