MUNDO
Juiz manda Twitter notificar demitidos sobre processos pendentes
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O Twitter deve notificar trabalhadores que foram demitidos após compra por Elon Musk sobre uma proposta de ação coletiva que acusa a empresa de não dar aviso prévio adequado antes da rescisão, decidiu um juiz federal de São Francisco.
O juiz distrital James Donato disse que, antes de pedir aos trabalhadores que assinem acordos de rescisão renunciando à capacidade de processar a empresa, o Twitter deve fornecer a eles “um aviso sucinto e claro” do processo aberto mês passado.
O Twitter demitiu cerca de 3,7 mil funcionários no início de novembro em uma medida de corte de custos de Musk. Outras centenas se demitiram posteriormente.
O processo diz que o Twitter não deu o aviso de 60 dias exigido pelas leis federais e da Califórnia antes de se envolver em demissões em massa. O Twitter negou irregularidades.
Donato disse na decisão que pedir aos trabalhadores que desistam das ações legais contra a empresa sem informá-los sobre o processo seria enganoso.
O Twitter concordou em não buscar dispensas de trabalhadores demitidos até a decisão de Donato.
Shannon Liss-Riordan, advogada dos demandantes, chamou a decisão de “uma etapa básica, mas importante, que dará aos funcionários a oportunidade de entender melhor seus direitos, em vez de apenas assiná-los”.
O Twitter não respondeu a um pedido de comentário.
A empresa argumentou que o aviso era desnecessário porque a maioria de seus funcionários havia assinado acordos exigindo que eles apresentassem disputas legais em arbitragem e renunciassem à capacidade de ingressar em ações coletivas contra a empresa.
Donato deverá realizar uma audiência no próximo mês sobre a moção do Twitter para enviar o caso à arbitragem. Os demandantes alteraram sua reclamação este mês para adicionar trabalhadores que disseram nunca ter assinado acordos de arbitragem.
O Twitter enfrenta três outras ações coletivas propostas no mesmo tribunal sobre as demissões. Os processos acusam a empresa de não notificar os trabalhadores contratados antes de demiti-los e de discriminar mulheres e funcionários com deficiência. A empresa não respondeu a essas reivindicações.
Liss-Riordan, que está envolvida em todos os processos, disse que poderá apresentar reivindicações trabalhistas adicionais contra o Twitter, inclusive se a empresa negar indenizações aos demitidos. Ela também disse que defenderá os trabalhadores se Musk seguir adiante com ameaça de processá-los por vazamento de informações confidenciais para a imprensa.
Fonte: EBC Internacional


GERAL
Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.
A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.
O que é essa tarifa e como funciona?
A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.
Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.
Exemplo simples:
Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:
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Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.
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Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.
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Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.
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Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.
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Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.
Como isso afeta o Brasil?
A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:
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Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.
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Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.
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Perda de mercado para concorrentes de outros países.
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Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).
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Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.
Quais produtos serão mais afetados?
A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:
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Carnes bovina, suína e de frango
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Café
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Suco de laranja
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Soja e derivados
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Minério de ferro e aço
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Aeronaves e peças da Embraer
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Cosméticos e produtos farmacêuticos
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Celulose, madeira e papel
Brasil pode retaliar?
O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.
E o consumidor brasileiro, será afetado?
Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.
O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).
A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.
O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.
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