MUNDO
Programa Artemis: cápsula Orion pode voltar à Lua em missão tripulada
MUNDO
A cápsula Orion, que fez o voo inaugural do novo programa Artemis da Nasa – missão espacial até a Lua –, mostrou-se segura para passar por um novo teste, desta vez com tripulação a bordo. O novo ensaio, que visa o regresso humano à superfície lunar, está previsto para o final de 2025.
A revisão contínua dos dados obtidos pela missão Artemis demonstrou que os sistemas projetados para voltar à Lua estão se comportando como o planejado.
“Estamos aprendendo o máximo possível com o Artemis 1 para garantir que entendemos completamente todos os aspectos dos sistemas e aprender sempre com todas as lições de como planejamos e voamos em missões tripuladas”, disse Jim Free, administrador associado da Nasa para a Direção de Missão de Desenvolvimento de Sistemas. “Um voo seguro da futura tripulação é nossa principal prioridade para o Artemis 2”.
Escudo térmico
Alguns pontos que precisam ser corrigidos já foram detectados, como por exemplo, uma questão relacionada ao escudo térmico da Orion, que perdeu, na reentrada, mais material isolante (Avcoat) do que o previsto.
O gestor do programa Orion da NASA Howard Hu disse que o material isolante arrancado do escudo térmico durante a descida, pela fricção, aconteceu fora do previsto nos testes terrestres e também nos gerados em simulações virtuais: “tivemos mais liberação do material carbonizado durante a reentrada do que esperávamos”.
Diante da questão, durante uma fase crucial deste tipo de missão, os engenheiros vão realizar novas análises, mais detalhadas, do escudo térmico, para determinar o porquê de isto ter acontecido.
Howard Hu explica ainda que esta diferença no desempenho do escudo térmico não colocou em risco a segurança da cápsula ou tripulação, caso existisse.
Mesmo perdento material, a Orion ainda apresentava “uma camada em quantidade significativa de margem de sobra” de Avcoat intocado ou virgem, usado no escudo térmico. “Acho que não chegamos a nenhum limite. Muito embora do ponto de vista da margem, certamente, tirou mais do Avcoat do que o esperado.”
O escudo térmico será anexado ao módulo da tripulação em maio.
Sistema de energia
O trabalho de investigação da cápsula Orion revelou também um problema com o sistema de energia no módulo de serviço. Um limitador de corrente abriu sem ser comandado por 24 vezes durante o voo espacial. De acordo com os dados, o controlador fechou os limitadores sem nenhum impacto adverso no sistema de fornecimento de energia da nave.
Alertados para o problema, a Agência Espacial Europeia e a Airbus, fornecedores principais do módulo de serviço, estão planejando um teste para entender melhor o que causou os eventos não comandados, sugerindo que os mesmos possam ter surgido devido a interferências eletromagnéticas.
Estes interruptores são dispositivos semelhantes a disjuntores que fazem parte de uma unidade de condicionamento e distribuição de energia, responsável por receber a energia gerada pelos painéis solares e adaptá-la para distribuição aos sistemas, que ajudam a controlar a energia dos componentes no módulo de serviço.
Ainda assim e caso os testes não encontrem uma causa, o gestor do programa Orion diz que será realizada uma nova sub-rotina informática para a questão. Caso o problema persista, os controladores em terra ou mesmo os astronautas dentro da Orion podem continuar a manobrar manualmente os limitadores em futuras missões.
Com estes resultados, a Nasa conta ter o renovado módulo de tripulação Orion acoplado e pronto com o módulo de serviço até ao final de junho.
Quanto ao lançador, se tudo correr de acordo com o programado, a combinação SLS/Orion deve começar no primeiro trimestre de 2024, para um lançamento previsto no final de 2024.
A Nasa conta ainda que a próxima missão, Artemis 3, seja lançada cerca de um ano após a Artemis 2, mas observou que isso dependerá do progresso de outros elementos, como o módulo lunar Starship da SpaceX e novos fatos espaciais em desenvolvimento pela Axiom Space.
“O nosso plano sempre foi de 12 meses, mas há desenvolvimentos significativos que devem ocorrer”, disse Jim Free.
Fonte: EBC Internacional


GERAL
Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.
A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.
O que é essa tarifa e como funciona?
A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.
Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.
Exemplo simples:
Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:
-
Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.
-
Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.
-
Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.
-
Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.
-
Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.
Como isso afeta o Brasil?
A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:
-
Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.
-
Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.
-
Perda de mercado para concorrentes de outros países.
-
Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).
-
Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.
Quais produtos serão mais afetados?
A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:
-
Carnes bovina, suína e de frango
-
Café
-
Suco de laranja
-
Soja e derivados
-
Minério de ferro e aço
-
Aeronaves e peças da Embraer
-
Cosméticos e produtos farmacêuticos
-
Celulose, madeira e papel
Brasil pode retaliar?
O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.
E o consumidor brasileiro, será afetado?
Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.
O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).
A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.
O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.
-
MATO GROSSO7 dias atrás
Especialista alerta sobre os riscos do uso inadequado de cintas e coletes ortopédicos
-
MATO GROSSO7 dias atrás
MT Warriors Championship terá disputa feminina profissional
-
MATO GROSSO7 dias atrás
João Lucas Megiolaro apresenta seu primeiro recital solo na Casa do Parque
-
MATO GROSSO6 dias atrás
Justiça autoriza nova blindagem ao Grupo Randon
-
MATO GROSSO5 dias atrás
FPA-MT quer agenda com governador para apontar falhas no sistema CAR 2.0
-
MATO GROSSO4 dias atrás
Sebrae/MT promove AI Tour para capacitar líderes e empreendedores em Inteligência Artificial