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Terremoto em Taiwan pode afetar abastecimento de semicondutores
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O maior terremoto que atingiu a ilha da Taiwan desde 1999 pode colocar em risco a cadeia de abastecimento de semicondutores para toda a Ásia.
O alerta é feito por analistas depois que algumas das principais empresas realocaram infraestruturas e empregados. O terremoto de 7,2 na escala de Richter causou, até o momento, nove mortos e mais de 800 feridos.
Taiwan protagoniza papel importante na produção de semicondutores e tem a maior empresa de manufatura de chips que fornece a Apple e Nvidia.
Apesar de a maior parte das empresas não estarem perto do epicentro do sismo, muitas delas evacuaram as pessoas de edifícios sendo que outras fecharam para dar lugar a inspeções.
Muitas empresas garantiram que vão voltar à atividade mas muitas outras têm sofrido graves perturbações e podem ter atrasos, de acordo com analistas.
“Para mitigar os impactos do sismo é preciso medidas de cuidados e tempo para restaurar a produção e manter os padrões de qualidade, o que apresenta obstáculos adicionais”.
Para além dos semicondutores, também equipamentos de litografia ultravioleta interromperam a produção entre 8h a 15h. Os analistas da Barclays explicaram também que alguns semicondutores precisam estar em um estado de vácuo de forma permanente durante semanas e este processo pode sofrer com o terremoto.
Os acontecimentos de terça-feira podem levar, a curto prazo, a um período turbulento para produtores de tecnologia focados em países que importam estas tecnologias como o Japão, Coreia do Sul, Vietnã e China. Com um estoques menores, as empresas poderão vir a subir a preços.
Fonte: EBC Internacional
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Pior Incêndio de Los Angeles: Aviões, Bombeiros e Caminhões no Combate ao Fogo
Los Angeles enfrenta o incêndio mais destrutivo de sua história, que já consumiu bairros inteiros e obrigou milhares de moradores a abandonar suas casas. Uma força-tarefa composta por aviões-tanque, caminhões e bombeiros foi mobilizada para combater o fogo e dar apoio às vítimas.
O incêndio teve início na terça-feira (7), em Pacific Palisades, e se espalhou rapidamente, atingindo quase 1.200 hectares. A região, conhecida por abrigar mansões de bilionários e celebridades, foi gravemente afetada.
Até quinta-feira, as chamas continuaram a se alastrar incontroláveis, com vários focos atingindo áreas turísticas e Hollywood. Pelo menos 1.900 imóveis, incluindo casas, empresas e escolas, foram destruídos. Aproximadamente 130 mil pessoas foram orientadas a evacuar, enquanto 400 mil residências ficaram sem energia elétrica. O saldo até o momento é de pelo menos cinco mortos.
A operação de combate ao incêndio conta com aviões, helicópteros e caminhões de bombeiros. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou o envio de 10 helicópteros e dezenas de veículos para reforçar a operação. Além disso, o governo federal enviará cinco aviões-tanque para ajudar no combate às chamas.
Crise no abastecimento de água
As autoridades locais pediram à população que economizasse água depois que alguns hidrantes secaram. Bombeiros enfrentam dificuldades para garantir o abastecimento na região de Pacific Palisades, o que foi destacado pela chefe do Departamento de Água e Eletricidade de Los Angeles, Janisse Quiñones. Ela explicou que a cidade dispõe de três grandes tanques de água, cada um com capacidade para um milhão de galões (aproximadamente 3,78 milhões de litros), mas a situação de abastecimento segue crítica. Imagens mostraram aviões bombeiros retirando água do mar para combater as chamas. Além disso, algumas áreas estão sendo orientadas a ferver a água potável devido à contaminação.
Ajuda aos desalojados
A Casa Branca está monitorando a situação e enviou recursos para auxiliar os desalojados. Voluntários têm se mobilizado para distribuir alimentos, roupas e cobertores em abrigos temporários, como o Centro de Convenções de Pasadena, onde centenas de pessoas receberam apoio da Cruz Vermelha.
Assistência financeira e remoção de veículos
O governador Gavin Newsom informou que o apoio federal também incluirá o envio de recursos financeiros para os governos locais, a fim de cobrir os custos de resposta ao incêndio. Imagens de TV mostraram tratores removendo carros abandonados das estradas para permitir a passagem dos veículos de emergência.