MUNDO
Ucrânia ergue bandeira em ilha e Rússia consolida ganhos no Leste
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Forças ucranianas hastearam nesta quinta-feira (7) a bandeira nacional em uma ilha do Mar Negro recapturada, em símbolo de desafio contra Moscou, mas forças russas consolidaram ganhos no Leste da Ucrânia e sondaram as defesas de potenciais novos alvos.
Moscou respondeu rapidamente à cerimônia de hasteamento da bandeira. Disse que um de seus aviões de guerra atingiu a Ilha da Serpente pouco depois e destruiu parte do destacamento ucraniano lá.
A pequena ilha, localizada a cerca de 140 quilômetros (km) ao sul da cidade portuária de Odessa, é estrategicamente importante, pois protege as rotas marítimas. A Rússia a abandonou no fim de junho, afirmando que foi um gesto de boa vontade – uma vitória para a Ucrânia que Kiev espera afrouxar o bloqueio de Moscou aos portos ucranianos.
Imagens divulgadas hoje pelo Ministério do Interior da Ucrânia mostram três soldados ucranianos levantando a bandeira nacional azul e amarela em um pedaço de terra na Ilha da Serpente, próximo aos restos de um prédio destruído.
“Glória aos soldados ucranianos”, afirmou o ministério no Twitter.
Andriy Yermak, chefe de gabinete do presidente ucraniano, sugeriu que o momento será repetido em toda a Ucrânia nos próximos meses.
“A bandeira da Ucrânia está na Ilha da Serpente. À nossa frente estão muitos outros vídeos de cidades ucranianas, atualmente sob ocupação temporária”, escreveu no Telegram.
O ataque de mísseis da Rússia aos novos moradores da ilha causou danos significativos ao seu cais, disse o porta-voz da administração regional de Odessa, Serhiy Bratchuk.
Ele acrescentou que mais dois mísseis russos atingiram e destruíram dois depósitos de grãos em sua região, contendo 35 toneladas de grãos.
Em Moscou, o Ministério da Defesa russo afirmou que várias tropas ucranianas desembarcaram na ilha antes do amanhecer e tiraram fotos com a bandeira.
“Uma aeronave das Forças Aeroespaciais Russas lançou imediatamente um ataque com mísseis de alta precisão na Ilha da Serpente, e como resultado disso parte do pessoal militar ucraniano foi destruído”, disse o porta-voz do ministério, Igor Konashenkov.
Enquanto isso, as forças russas no Leste da Ucrânia mantiveram a pressão sobre as tropas ucranianas que tentavam manter a linha ao longo da fronteira norte da região de Donetsk, em preparação para ofensiva mais ampla.
Depois de tomar a cidade de Lysychansk no domingo (3) e consolidar o controle total da região ucraniana de Luhansk, Moscou deixou claro que planeja capturar partes da região vizinha de Donetsk que ainda não conquistou. Kiev ainda controla algumas grandes cidades.
*É proibida a repercussão deste conteúdo.
Fonte: EBC Internacional


GERAL
Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.
A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.
O que é essa tarifa e como funciona?
A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.
Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.
Exemplo simples:
Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:
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Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.
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Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.
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Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.
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Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.
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Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.
Como isso afeta o Brasil?
A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:
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Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.
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Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.
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Perda de mercado para concorrentes de outros países.
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Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).
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Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.
Quais produtos serão mais afetados?
A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:
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Carnes bovina, suína e de frango
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Café
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Suco de laranja
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Soja e derivados
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Minério de ferro e aço
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Aeronaves e peças da Embraer
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Cosméticos e produtos farmacêuticos
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Celulose, madeira e papel
Brasil pode retaliar?
O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.
E o consumidor brasileiro, será afetado?
Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.
O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).
A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.
O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.
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