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Ameaças levaram familiares de vítimas mortas por facção a abandonar Cuiabá e retornar ao Maranhão

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O sequestro, seguido de homicídio e ocultação do cadáver de quatro vítimas, assassinadas há dois anos, em Cuiabá, trouxe inúmeros reflexos a familiares dos rapazes que saíram do Maranhão em busca de emprego e moradia em Mato Grosso. Toda a família que morava na Capital foi obrigada pelos criminosos que executaram as vítimas a sair às pressas da cidade, deixando para trás empregos e moradia que haviam conquistado depois de sair do interior do estado nordestino, devido à escassez de trabalho, para tentar uma vida mais digna em outra localidade.

Nesta terça-feira (24.01), a Operação Kalýpto, deflagrada pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa de Cuiabá (DHPP), cumpriu ordens judiciais de prisão temporária e de buscas e apreensões contra um grupo de criminosos, integrantes de uma facção, que sequestraram, mutilaram, assassinaram as vítimas e depois sumiram com os corpos, cujos restos mortais não foram localizados até o momento. Dos nove envolvidos que tiveram as prisões decretadas pelo Núcleo de Inquéritos Policiais do Poder Judiciário da Capital, sete tiveram os mandados cumpridos, sendo que dois deles já estavam detidos na Penitenciária Central do Estado por outros crimes.

As mortes de Tiago Araújo, 32 anos, Paulo Weverton Abreu da Costa, 23 anos, Geraldo Rodrigues da Silva, 20 anos e Clemilton Barros Paixão, 20 anos, foram ordenadas por uma facção, que determinou um ‘tribunal do crime’ porque julgou que as quatro vítimas pertenciam a outro grupo rival e, desta forma, resolveram assassinar os rapazes – dois irmãos, um cunhado e um amigo, que desapareceram das respectivas residências, no Jardim Renascer, no dia 02 de maio de 2021.

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A investigação, coordenada pelo delegado Caio Fernando Albuquerque, da DHPP de Cuiabá, reuniu diversas informações coletadas durante inúmeras diligências realizadas na Capital e também no estado do Maranhão, que levaram à identificação dos envolvidos na execução dos quatro rapazes.

Além de condenar as quatro vítimas a um tribunal da facção, os integrantes da organização criminosa também coagiram familiares das vítimas, que foram obrigados a ir embora de Cuiabá porque receberam ameaças de morte.

Vítimas

Geraldo e Paulo trabalhavam como serventes de pedreiro; Tiago em uma empresa de asfalto e Clemilton era mecânico de motos. Após as vítimas serem retiradas de casa pelos criminosos, os familiares começaram uma busca incessante pelo paradeiro dos quatro rapazes.

A DHPP apurou que os irmãos mortos não tinham envolvimento com facções criminosas e nem pendências com qualquer pessoa. Um familiar disse que os rapazes podem ter ‘falado demais’, ao dizer que conheciam pessoas ligadas a facções rivais, o que acreditava ser motivo doa assassinatos.

Tiago e Paulo moravam em um conjunto de quitinetes, de onde foram levados junto com os outros dois, Clemilton e Geraldo, que estavam no local para ajudá-los a trocar lâmpadas da quitinete.

Ao saber que em certa ocasião, Tiago e Paulo falaram na rua, enquanto ingeriam bebida alcoólica, que conheciam pessoas ligadas a uma facção paulista, o que a Polícia Civil constatou não ser verdade, um familiar aconselhou os rapazes que parassem com as conversas.

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Ameaças e coação

Além de matar as quatro vítimas, nas semanas seguintes os criminosos não hesitaram em determinar o regresso dos familiares de Tiago, Geraldo e Clemilton ao estado de origem. O delegado Caio Fernando faz uma observação sobre a situação causada às famílias: “Esses familiares que aqui também conseguiram emprego e sustento, sem culpa alguma, foram literalmente ‘tocados’ de Cuiabá da noite para o dia, sem que ao menos pudessem organizar seu retorno”.

Em diligências no estado do Maranhão, a equipe da DHPP constatou que os parentes das vítimas se encontravam em situação de extrema vulnerabilidade econômica e lamentando que foram obrigados a retornar de Cuiabá para não ter o mesmo destino dos familiares mortos.

Depois do sumiço das vítimas, familiares receberam informações que os corpos estariam na região da Ponte de Ferro, onde foram em busca, mas nada encontraram. Depois que registraram um boletim de ocorrência pelo desaparecimento dos quatro, um familiar foi até a quitinete onde moravam Tiago e Paulo e observaram o ambiente revirado, com roupas e colchões jogados pelo chão.

Parte das famílias recebeu ameaças de morte tão logo começou a procurar pelas vítimas e não teve outra chance, a não ser sair da cidade, onde morava há 13 anos, dias depois após o desaparecimento dos quatro rapazes para que não tivesse o mesmo destino.

LEIA MAIS: http://www.pjc.mt.gov.br/-/23382806-operacao-kalypto-cumpre-18-mandados-judiciais-contra-grupo-que-assassinou-quatro-rapazes-do-maranhao-em-cuiaba

Fonte: PJC MT

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Operação Prende Suspeitos de Envolvimento em Ataques a Casa e Escritório de Advogado

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A Delegacia da Polícia Civil de Lucas do Rio Verde deflagrou a Operação Contra Impetum para cumprir nove mandados judiciais, nesta quinta-feira (16.1), contra integrantes de uma facção criminosa envolvidos no ataque à casa e escritório de um advogado e a uma empresa da cidade.

Estão em cumprimento seis ordens de prisão e três de buscas e apreensões empregando um efetivo de policiais civis da região, com apoio da Gerência de Operações Especiais da Polícia Civil.

A operação é uma contrarresposta da Polícia Civil aos ataques ordenados por membros da facção criminosa contra três locais em Lucas do Rio Verde. Os mandados foram deferidos pelo juízo da 5a Vara Criminal de Sinop, de combate ao crime organizado.

O primeiro ataque ocorreu no dia 1° de novembro contra a sede de uma empresa agrícola. O segundo foi registrado na noite de dois de novembro, contra o escritório do advogado. No dia seguinte, a residência do profissional foi também alvo de disparos de arma de fogo.

Investigação

Com o início das diligências investigativas, a equipe da Delegacia de Lucas do Rio Verde apurou que na data anterior aos ataques ao escritório e casa do advogado, a sede de uma empresa agrícola na cidade também foi alvo de disparos de arma de fogo.

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As investigações apontaram que os ataques foram ordenados por dois integrantes de uma facção, identificados no inquérito policial, e executados por cinco outros criminosos ligados ao grupo. Um dos líderes da facção chegou a enviar mensagens ao advogado dizendo que o profissional teria que ‘devolver’ um veículo, recebido como pagamento de honorários. O empresário também recebeu ameaças por mensagens.

As diligências identificaram os autores dos ataques, sendo um deles preso no decorrer da investigação. Conforme a apuração, os executores afirmaram que o ataque ao escritório era ‘pra dar um susto no advogado’, pois o profissional estaria, supostamente, dando golpe em clientes. A Polícia Civil também identificou a outra dupla que fez os disparos que atingiram a casa do advogado.

Em relação ao ataque à empresa agrícola, a investigação apurou que os disparos foram ordenados por duas pessoas contra quem o empresário havia ajuizado uma ação sobre a disputa de um imóvel em Lucas do Rio Verde. Após a vítima entrar com a ação, passou a receber ameaças.

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Reaver veículo e desistência de ação

De acordo com a apuração, o advogado atuou na defesa de duas pessoas presas em flagrante em outra ocorrência. Como pagamento pelos honorários, ele havia recebido um veículo.

Contudo, o cliente tentou reaver o veículo, mesmo sem pagar os honorários combinados. Em uma das oportunidades, o cliente teria saído do escritório do advogado afirmando que resolveria a situação de uma forma ou de outra.

As informações reunidas na investigação indicaram que o cliente defendido pelo advogado fez contato com os criminosos que lideram a facção em Lucas do Rio Verde e pediu que empregassem alguma ação para fazer o advogado devolver o veículo usando, para tal fim, qualquer meio violento.

Além disso, o mesmo investigado também pediu aos criminosos que empregassem uso de violência contra o empresário para forçá-lo a desistir da ação judicial em andamento. Diante dos pedidos criminosos, os líderes da facção recrutaram os cinco suspeitos identificados na investigação para fazer os disparos contra os três locais.

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