POLÍCIA
Casal é indiciado pela Polícia Civil por homicídio qualificado de motorista de aplicativo
POLÍCIA
A Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Rondonópolis concluiu a investigação sobre a morte de um motorista de aplicativo, ocorrido no início de novembro deste ano, e indiciou um casal por homicídio qualificado. O caso foi apurado, inicialmente, como roubo seguido de morte, contudo, no decorrer da investigação, a equipe da Derf reuniu elementos informativos que apontaram para um homicídio.
Uma mulher e um homem foram presos pela Polícia Civil, no dia 21 de novembro, na zona rural de Guiratinga, depois que a delegacia especializada identificou a autoria do crime.
“Essas prisões são fruto de um intenso trabalho investigatório da unidade, que desde a data do fato realiza investigações para a identificação da autoria e a motivação. O caso foi tratado, inicialmente, como latrocínio, mas a autoria já tínhamos a definição. No decorrer do inquérito, com a análise de outros elementos e os interrogatórios dos investigados, chegamos à conclusão de que se tratou de um homicídio qualificado”, explicou o delegado responsável pela investigação, Santiago Sanches.
Morte e confissão
Eder Antônio de Lima Monteiro, de 48 anos, foi a óbito no dia 06 de novembro em decorrência dos ferimentos sofridos. Ele deu entrada no hospital regional de Rondonópolis no dia 03 de novembro, depois de ser encontrado dentro de seu veículo, em uma rua da Vila Goulart, com ferimentos no abdômen. Ele foi socorrido pelo Samu e chegou ainda consciente ao hospital. De acordo com o delegado Santiago Sanches, o casal planejou matar um tio da investigada, que teria cometido abuso sexual contra ela há mais de 20 anos e estava, atualmente, em uma disputa patrimonial com a mãe da suspeita.
Para ir até o sítio do tio da mulher, eles chamaram uma corrida por aplicativo de transporte. Durante o percurso, o casal se perdeu e não encontrou o endereço do sítio. No trajeto, a investigada parou para fazer necessidade fisiológica e o motorista de aplicativo a viu se despir roupa e viu também uma faca que ela levava por dentro das vestes. O fato do motorista ter visto a mulher se despir teria despertado ciúmes do namorado dela, que atacou a vítima e desferiu um golpe de faca contra o abdômen de Eder Antônio.
Em seguida, o casal saiu do local, que era afastado da área urbana de Rondonópolis, e trouxe a vítima até a cidade. Eder teve a boca tampada com uma fita adesiva e deixado no local onde foi encontrado depois e socorrido, mas não resistiu aos ferimentos e morreu três dias depois.
Em interrogatório, o casal confessou o crime e que não teve intenção patrimonial. O homem preso alegou ainda que não era sua intenção matar a vítima.
“Apuramos que, de fato, nenhum valor ou objeto da vítima foram levados, o que afastou a hipótese de latrocínio, inicialmente investigada. Desta forma, o casal foi indiciado por homicídio triplamente qualificado e representada pela conversão da prisão temporária em preventiva”, explicou Santiago.
Fonte: PJC MT
MATO GROSSO
Operação Prende Suspeitos de Envolvimento em Ataques a Casa e Escritório de Advogado
A Delegacia da Polícia Civil de Lucas do Rio Verde deflagrou a Operação Contra Impetum para cumprir nove mandados judiciais, nesta quinta-feira (16.1), contra integrantes de uma facção criminosa envolvidos no ataque à casa e escritório de um advogado e a uma empresa da cidade.
Estão em cumprimento seis ordens de prisão e três de buscas e apreensões empregando um efetivo de policiais civis da região, com apoio da Gerência de Operações Especiais da Polícia Civil.
A operação é uma contrarresposta da Polícia Civil aos ataques ordenados por membros da facção criminosa contra três locais em Lucas do Rio Verde. Os mandados foram deferidos pelo juízo da 5a Vara Criminal de Sinop, de combate ao crime organizado.
O primeiro ataque ocorreu no dia 1° de novembro contra a sede de uma empresa agrícola. O segundo foi registrado na noite de dois de novembro, contra o escritório do advogado. No dia seguinte, a residência do profissional foi também alvo de disparos de arma de fogo.
Investigação
Com o início das diligências investigativas, a equipe da Delegacia de Lucas do Rio Verde apurou que na data anterior aos ataques ao escritório e casa do advogado, a sede de uma empresa agrícola na cidade também foi alvo de disparos de arma de fogo.
As investigações apontaram que os ataques foram ordenados por dois integrantes de uma facção, identificados no inquérito policial, e executados por cinco outros criminosos ligados ao grupo. Um dos líderes da facção chegou a enviar mensagens ao advogado dizendo que o profissional teria que ‘devolver’ um veículo, recebido como pagamento de honorários. O empresário também recebeu ameaças por mensagens.
As diligências identificaram os autores dos ataques, sendo um deles preso no decorrer da investigação. Conforme a apuração, os executores afirmaram que o ataque ao escritório era ‘pra dar um susto no advogado’, pois o profissional estaria, supostamente, dando golpe em clientes. A Polícia Civil também identificou a outra dupla que fez os disparos que atingiram a casa do advogado.
Em relação ao ataque à empresa agrícola, a investigação apurou que os disparos foram ordenados por duas pessoas contra quem o empresário havia ajuizado uma ação sobre a disputa de um imóvel em Lucas do Rio Verde. Após a vítima entrar com a ação, passou a receber ameaças.
Reaver veículo e desistência de ação
De acordo com a apuração, o advogado atuou na defesa de duas pessoas presas em flagrante em outra ocorrência. Como pagamento pelos honorários, ele havia recebido um veículo.
Contudo, o cliente tentou reaver o veículo, mesmo sem pagar os honorários combinados. Em uma das oportunidades, o cliente teria saído do escritório do advogado afirmando que resolveria a situação de uma forma ou de outra.
As informações reunidas na investigação indicaram que o cliente defendido pelo advogado fez contato com os criminosos que lideram a facção em Lucas do Rio Verde e pediu que empregassem alguma ação para fazer o advogado devolver o veículo usando, para tal fim, qualquer meio violento.
Além disso, o mesmo investigado também pediu aos criminosos que empregassem uso de violência contra o empresário para forçá-lo a desistir da ação judicial em andamento. Diante dos pedidos criminosos, os líderes da facção recrutaram os cinco suspeitos identificados na investigação para fazer os disparos contra os três locais.