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Esquema de fraude em concurso de prefeitura definiu lista com ordem de colocação dos aprovados

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A investigação da Polícia Civil que apurou a fraude no concurso público da Prefeitura de Mirassol d’Oeste, realizado no ano passado por uma empresa sediada em Cuiabá, apurou que o operador do esquema criminoso tinha, meses antes da realização das provas, a lista com a classificação nominal e a definição por colocação nos cargos do certame público.

As informações constam na análise realizada no aparelho celular de J.R.P., apontado como operador do esquema criminoso, que teve prisão decretada e está foragido. O celular foi apreendido durante a investigação sobre o homicídio do advogado Francisco de Assis da Silva, proprietário do Grupo Fassil, em São José dos Quatro Marcos. A vítima foi morta no dia 11 de outubro de 2021, na frente de seu escritório, por dois atiradores. A Polícia Civil reuniu evidências de que J.R.P. foi o mandante do crime.

As diligências realizadas apontaram que no dia 21 de janeiro de 2022, ou seja, antes mesmo da aplicação das provas do concurso, que ocorreu em fevereiro do ano passado, o operador do esquema já estava com a relação dos 35 aprovados. Mas as provas só seriam realizadas mais um mês depois, em 27 de fevereiro.

A lista encontrada no celular de J.R.P. mostra os nomes dos candidatos ao concurso com a ordem de classificação dos cargos. Por exemplo, junto ao nome de um candidato ao cargo de Fiscal de Obras e Postura constava uma observação: ‘não precisa ser primeiro’.

Outra candidata ao cargo de enfermeira estava com uma observação ‘sexto’, enquanto que outra, para enfermeira em PSF havia o lembrete ‘primeiro’. Junto aos nomes de outros três candidatos ‘aprovados’ para o cargo de odontólogo constavam as observações de ‘primeiro, segundo e terceiro’.

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O esquema foi investigado na Operação Ápate, deflagrada pela Polícia Civil, na semana passada, para cumprimento de 84 ordens judiciais. Os investigados respondem por associação criminosa e fraude em concurso público.

Compra de vagas

A investigação, conduzida pelas Delegacias de Mirassol d’Oeste e São José dos Quatro Marcos, reuniu evidências que mostram todo o esquema criado para fraudar vagas do concurso que ofertou 35 cargos em diferentes áreas da Prefeitura de Mirassol, que iam de auxiliar de limpeza a cargos de dentista, enfermeira e procurador.

A Polícia Civil identificou vários pagamentos pela compra de vagas por parte das pessoas que constavam na lista encontrada com o operador do esquema. O valor cobrado pelos responsáveis pelo esquema fraudulento foi de 10 vezes o salário, conforme o cargo. Houve compra para cargos nas áreas de odontologia, psicologia, enfermagem e educação.

Um dos ‘aprovados’ no concurso confessou o pagamento pela vaga. Ouvido em depoimento, ele declarou que ficou sabendo que uma pessoa estava vendendo vagas para o concurso da Prefeitura de Mirassol d’Oeste e manifestou interesse na vaga para ele e sua esposa. Depois, foi procurado pelo operador do esquema que lhe garantiu que conseguiria aprovação a um cargo e pediu o valor de 10 salários, que pagou já no ato da tratativa, à vista, uma parte e a outra, do segundo cargo ficou acertada para depois. O interrogado foi orientado a fazer a prova do concurso, normalmente, e depois seria procurado para assinar um novo gabarito que seria trocado pelo que foi preenchido no dia do concurso.

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Mandados

A Polícia Civil cumpriu na Operação Ápate 82, de 84 mandados judiciais expedidos pela Justiça, entre prisões, buscas, bloqueio de bens e suspensões de atividades econômicas e de cargo. Um dos alvos da operação, sócio da empresa realizadora do concurso, teve a prisão revogada pelo Tribunal de Justiça que manteve, contudo, a suspensão de todas as empresas ligadas a ele.

Concursos em andamento realizados pela empresa foram paralisados por diversas prefeituras em Mato Grosso e em Rondônia.

Fonte: Policia Civil MT – MT

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Operação Prende Suspeitos de Envolvimento em Ataques a Casa e Escritório de Advogado

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A Delegacia da Polícia Civil de Lucas do Rio Verde deflagrou a Operação Contra Impetum para cumprir nove mandados judiciais, nesta quinta-feira (16.1), contra integrantes de uma facção criminosa envolvidos no ataque à casa e escritório de um advogado e a uma empresa da cidade.

Estão em cumprimento seis ordens de prisão e três de buscas e apreensões empregando um efetivo de policiais civis da região, com apoio da Gerência de Operações Especiais da Polícia Civil.

A operação é uma contrarresposta da Polícia Civil aos ataques ordenados por membros da facção criminosa contra três locais em Lucas do Rio Verde. Os mandados foram deferidos pelo juízo da 5a Vara Criminal de Sinop, de combate ao crime organizado.

O primeiro ataque ocorreu no dia 1° de novembro contra a sede de uma empresa agrícola. O segundo foi registrado na noite de dois de novembro, contra o escritório do advogado. No dia seguinte, a residência do profissional foi também alvo de disparos de arma de fogo.

Investigação

Com o início das diligências investigativas, a equipe da Delegacia de Lucas do Rio Verde apurou que na data anterior aos ataques ao escritório e casa do advogado, a sede de uma empresa agrícola na cidade também foi alvo de disparos de arma de fogo.

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As investigações apontaram que os ataques foram ordenados por dois integrantes de uma facção, identificados no inquérito policial, e executados por cinco outros criminosos ligados ao grupo. Um dos líderes da facção chegou a enviar mensagens ao advogado dizendo que o profissional teria que ‘devolver’ um veículo, recebido como pagamento de honorários. O empresário também recebeu ameaças por mensagens.

As diligências identificaram os autores dos ataques, sendo um deles preso no decorrer da investigação. Conforme a apuração, os executores afirmaram que o ataque ao escritório era ‘pra dar um susto no advogado’, pois o profissional estaria, supostamente, dando golpe em clientes. A Polícia Civil também identificou a outra dupla que fez os disparos que atingiram a casa do advogado.

Em relação ao ataque à empresa agrícola, a investigação apurou que os disparos foram ordenados por duas pessoas contra quem o empresário havia ajuizado uma ação sobre a disputa de um imóvel em Lucas do Rio Verde. Após a vítima entrar com a ação, passou a receber ameaças.

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Reaver veículo e desistência de ação

De acordo com a apuração, o advogado atuou na defesa de duas pessoas presas em flagrante em outra ocorrência. Como pagamento pelos honorários, ele havia recebido um veículo.

Contudo, o cliente tentou reaver o veículo, mesmo sem pagar os honorários combinados. Em uma das oportunidades, o cliente teria saído do escritório do advogado afirmando que resolveria a situação de uma forma ou de outra.

As informações reunidas na investigação indicaram que o cliente defendido pelo advogado fez contato com os criminosos que lideram a facção em Lucas do Rio Verde e pediu que empregassem alguma ação para fazer o advogado devolver o veículo usando, para tal fim, qualquer meio violento.

Além disso, o mesmo investigado também pediu aos criminosos que empregassem uso de violência contra o empresário para forçá-lo a desistir da ação judicial em andamento. Diante dos pedidos criminosos, os líderes da facção recrutaram os cinco suspeitos identificados na investigação para fazer os disparos contra os três locais.

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