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Mesmo preso em regime fechado, criminoso investigado em operação adquiriu patrimônio considerável, aponta Polícia Civil

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Treze veículos adquiridos com recursos movimentados em um esquema criminoso de lavagem de capitais, liderados por um preso a partir da cadeia pública de Primavera do Leste, estão os inúmeros bens apreendidos na Operação La Catedral, coordenada pela Delegacia Especializada de Roubos e Furtos do município e deflagrada nesta quarta-feira (08.05).

Foram alvos de sequestro judicial de bens, camionetes, caminhões, veículos de passeio e maquinário agrícolas. Uma das camionetes apreendidas, um modelo Toyota Hilux, estava estacionada em frente à cadeia pública de Primavera do Leste. Com essa camionete, um dos principais alvos investigados, Janderson dos Santos Lopes, de 30 anos, saía da unidade prisional e circulava livremente pela cidade gerenciando sua transportadora, construções imobiliárias e fazendas, como se fosse um cidadão livre. Ele passava o dia fora da cadeia e retornava apenas no período noturno.

A investigação que resultou na Operação La Catedral reuniu relatórios financeiros e investigativos e identificou atividades ilegais envolvendo, principalmente, presos e o diretor da cadeia pública de Primavera do Leste. Foi criado um esquema criminoso para comprar facilidades, movimentar dinheiro obtido ilegalmente e, ainda, ofertar vantagens ilícitas a servidores públicos. Para legitimar os valores recebidos, os investigados utilizaram pessoas jurídicas e físicas para movimentar os valores ilícitos e adquirir veículos, imóveis, gado e construções, a fim de dar aparência de legalidade ao dinheiro ilícito.

O esquema, liderado por Janderson Lopes, contou com a participação do diretor da cadeia pública, também investigado e alvo de ordens judiciais de afastamento do cargo pública, busca e apreensão e bloqueio de valores e sequestro de bens. Incluía a venda de benefícios dentro da unidade prisional e, principalmente, a autorização de trabalho externo e alojamento privilegiado na cadeia. A equipe policial apurou que Janderson tinha autorização judicial para trabalhar externamente e frequentar a faculdade em Primavera do Leste. No entanto, no período apurado, foi constatado que ele não compareceu ao trabalho e nem às aulas do curso.

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Preso, mas com liberdade

Janderson estava cumprimento de pena privativa de liberdade, na cadeia de Primavera do Leste, após ser condenado a 39 anos de reclusão, resultado de investigações em duas operações anteriores da Polícia Civil que apuraram os crimes de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. Mesmo recluso, ele tinha total liberdade para continuar com suas atividades criminosas lideradas a partir da cadeia em Primavera e constituir patrimônio.

Lopes e sua esposa tiveram os bens confiscados nas duas operações anteriores da Polícia Civil. Ele era responsável pela lavagem de dinheiro oriundo do tráfico de drogas por meio da criação de empresas de fachada.

Contudo, a investigação atual da Derf de Primavera do Leste apontou que ele adquiriu patrimônio considerável mesmo preso, usando nomes de terceiros, sejam pessoas físicas ou jurídicas. Entre os bens sequestrados pela Polícia Civil, ligados a Janderson, estão diversos veículos, imóveis, tratores e mais de 150 cabeças de gado bovino, além do bloqueio de valores.

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Movimentação milionária

Dados analisados na investigação, do relatório de inteligência do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF), demonstraram transações realizadas entre os próprios investigados, corroborando, assim, os vínculos típicos de associação criminosa. Entre fevereiro de 2022 e novembro do ano passado foram feitas movimentações bancárias em valores que vão de 485 mil a 24 milhões de reais. Além das transações entre si, os investigados também receberam créditos e efetuaram depósitos em contas bancárias de presos ou familiares de presos.

A equipe de investigação identificou uma propriedade rural, próxima ao município de Dom Aquino, em que o criminoso criava gado bovino de corte. “O gado em confinamento representa um ativo de fácil liquidez, pois é comercializado em várias etapas na cadeia produtiva. Dessa maneira, o criador pode escolher o melhor momento para comprar e vender o animal, aproveitando-se do fato de que não é um produto perecível e também devido à existência de vários fornecedores e consumidores”, apontou a equipe de investigação.

Além das ordens de bloqueio de valores e sequestro de bens, Janderson e a companheira tiveram as prisões preventivas decretadas. A Justiça também determinou, após a representação da Polícia Civil, a transferência dele e de outros três investigados para diferentes unidades prisionais do Estado.

Fonte: Policia Civil MT – MT

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Operação Prende Suspeitos de Envolvimento em Ataques a Casa e Escritório de Advogado

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A Delegacia da Polícia Civil de Lucas do Rio Verde deflagrou a Operação Contra Impetum para cumprir nove mandados judiciais, nesta quinta-feira (16.1), contra integrantes de uma facção criminosa envolvidos no ataque à casa e escritório de um advogado e a uma empresa da cidade.

Estão em cumprimento seis ordens de prisão e três de buscas e apreensões empregando um efetivo de policiais civis da região, com apoio da Gerência de Operações Especiais da Polícia Civil.

A operação é uma contrarresposta da Polícia Civil aos ataques ordenados por membros da facção criminosa contra três locais em Lucas do Rio Verde. Os mandados foram deferidos pelo juízo da 5a Vara Criminal de Sinop, de combate ao crime organizado.

O primeiro ataque ocorreu no dia 1° de novembro contra a sede de uma empresa agrícola. O segundo foi registrado na noite de dois de novembro, contra o escritório do advogado. No dia seguinte, a residência do profissional foi também alvo de disparos de arma de fogo.

Investigação

Com o início das diligências investigativas, a equipe da Delegacia de Lucas do Rio Verde apurou que na data anterior aos ataques ao escritório e casa do advogado, a sede de uma empresa agrícola na cidade também foi alvo de disparos de arma de fogo.

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As investigações apontaram que os ataques foram ordenados por dois integrantes de uma facção, identificados no inquérito policial, e executados por cinco outros criminosos ligados ao grupo. Um dos líderes da facção chegou a enviar mensagens ao advogado dizendo que o profissional teria que ‘devolver’ um veículo, recebido como pagamento de honorários. O empresário também recebeu ameaças por mensagens.

As diligências identificaram os autores dos ataques, sendo um deles preso no decorrer da investigação. Conforme a apuração, os executores afirmaram que o ataque ao escritório era ‘pra dar um susto no advogado’, pois o profissional estaria, supostamente, dando golpe em clientes. A Polícia Civil também identificou a outra dupla que fez os disparos que atingiram a casa do advogado.

Em relação ao ataque à empresa agrícola, a investigação apurou que os disparos foram ordenados por duas pessoas contra quem o empresário havia ajuizado uma ação sobre a disputa de um imóvel em Lucas do Rio Verde. Após a vítima entrar com a ação, passou a receber ameaças.

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Reaver veículo e desistência de ação

De acordo com a apuração, o advogado atuou na defesa de duas pessoas presas em flagrante em outra ocorrência. Como pagamento pelos honorários, ele havia recebido um veículo.

Contudo, o cliente tentou reaver o veículo, mesmo sem pagar os honorários combinados. Em uma das oportunidades, o cliente teria saído do escritório do advogado afirmando que resolveria a situação de uma forma ou de outra.

As informações reunidas na investigação indicaram que o cliente defendido pelo advogado fez contato com os criminosos que lideram a facção em Lucas do Rio Verde e pediu que empregassem alguma ação para fazer o advogado devolver o veículo usando, para tal fim, qualquer meio violento.

Além disso, o mesmo investigado também pediu aos criminosos que empregassem uso de violência contra o empresário para forçá-lo a desistir da ação judicial em andamento. Diante dos pedidos criminosos, os líderes da facção recrutaram os cinco suspeitos identificados na investigação para fazer os disparos contra os três locais.

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