POLÍCIA
Pesquisa da Polícia Civil aponta que SER Família Mulher auxilia vítimas a superar violência doméstica e dependência financeira
POLÍCIA
Uma pesquisa realizada pela Coordenadoria de Enfrentamento à Violência contra Mulheres e Vulneráveis da Polícia Civil identificou que as beneficiárias do SER Família Mulher, do Governo do Estado e idealizado pela primeira-dama de Mato Grosso, Virginia Mendes, consideram que o programa as auxiliou a superar, de alguma forma, a violência doméstica sofrida ao longo de anos.
O auxílio-moradia concedido pelo programa é um reforço substancial, uma vez que a maioria delas, quase 50%, dependia financeiramente de seus ex-companheiros e 41% estavam desempregadas.
A análise psicossocial abrangeu as beneficiárias do SER Mulher atendidas em Cuiabá. O programa criado no ano passado pela primeira-dama do Estado, Virgínia Mendes, e executado pela Secretaria de Estado de Assistência Social e Cidadania, é destinado a vítimas de violência doméstica com medidas protetivas e em situação de vulnerabilidade socioeconômica. O valor recebido pelas mulheres é empregado para o custeio de moradia, água, energia elétrica e gás de cozinha.
O auxílio-moradia é temporário e poderá ser concedido pelo prazo de até 12 meses, condicionado à validade da medida protetiva, podendo, se necessário, ser prorrogado por um período igual.
A delegada Jannira Laranjeira, da Coordenadoria Enfrentamento à Violência contra Mulheres, destaca que o estudo, além de analisar o perfil de quem é essa mulher atendida pelo programa, e como a iniciativa governamental impacta a vida de cada uma, é uma diretriz para conduzir a reintegração social das beneficiárias, buscando identificar áreas de melhoria e boas práticas a serem ampliadas.
Os números reunidos na pesquisa evidenciam ainda que 69,8% das vítimas procuraram o Plantão 24h de Atendimento a Vítimas de Violência para fazer a denúncia sobre a violência sofrida, sendo que desse universo, 58% procuraram a Polícia Civil imediatamente após o crime.
“Além de nos propiciar a compreensão da violência doméstica vivenciada por essas vítimas, nos auxilia a aprimorar as políticas públicas destinadas a proteger e empoderar as mulheres”, explica a delegada, acrescentando que durante as entrevistas aplicadas foi ofertado suporte emocional às vítimas que optaram por compartilhar suas experiências.
A pesquisa foi apresentada nesta terça-feira (05.03) , durante evento de lançamento das atividades em comemoração ao mês da mulher e da Operação Nacional Átria com a participação da primeira-dama do Estado, da delegada-geral da Polícia Civil, Daniela Maidel e integrantes do Poder Judiciário, Ministério Público, Defensoria Pública e Governo do Estado.

Segurança habitacional
Até o final de 2023, 170 mulheres foram beneficiadas com o auxílio-moradia ofertado pelo SER Família Mulher. As mulheres entrevistadas têm entre 27 e 30 anos de idade e todas foram vítimas de algum tipo de crime cometido por seus companheiros, como ameaça, lesão corporal, injúria, violência psicológica e perseguição, as práticas mais relatadas. O crime de ameaça é o mais cometido, com 30% das ocorrências.
A pesquisa apontou ainda que muitas mulheres solteiras, que apenas moravam com o agressor, foram as que mais sofreram algum tipo de violência, fator que está vinculado a situações socioeconômica e psicológica, o que colabora para aumentar a vulnerabilidade dessas mulheres.
“Mulheres que compartilham a mesma residência com o agressor temem a perda do lar ou a instabilidade que pode resultar da ruptura da relação, especialmente se não têm recursos financeiros para encontrar uma alternativa habitacional”, pontua a delegada, acrescentando que em muitos casos, o agressor usa a manipulação emocional para manter controle sobre a vítima.
Desemprego
A pesquisa realizada pela equipe da coordenadoria abordou ainda a questão do emprego das vítimas e constatou que a maioria das mulheres estava desempregada, enquanto que outra parcela atua como diarista, sem vínculo formal, o que evidencia a ligação entre violência doméstica e questões socioeconômicas.
“A associação entre desemprego e violência doméstica ressalta a vulnerabilidade econômica como um fator de risco. Mulheres desempregadas podem depender financeiramente do agressor, aumentando a dificuldade de romper com a relação abusiva”, destaca a assistente social da coordenadoria, Mônica Camolezi.
A pesquisa destaca ainda a necessidade de abordagens integrais com as mulheres atendidas considerando não somente a violência vivenciada, mas também os fatores socioeconômicos.
“Isso inclui a disponibilidade de serviços de assistência social, capacitação profissional e programas de inclusão no mercado de trabalho. Mulheres que são mães podem enfrentar barreiras adicionais ao buscar ajuda, pois a preocupação com o bem-estar dos filhos muitas vezes influencia suas decisões”, finalizou a delegada Jannira.
Ser Família Mulher
Além do benefício financeiro, o programa foi idealizado pela primeira-dama de Mato Grosso, Virginia Mendes, para fortalecer a rede de enfrentamento à violência contra a mulher de forma articulada, envolvendo setores como a saúde, assistência social, segurança pública, sistema judiciário, e educação, além de parceria com os municípios.
As delegacias da Polícia Civil de Mato Grosso realizam os atendimentos às vítimas de violência doméstica, fazem a identificação das vítimas e das condições de vulnerabilidade, bem como seleção e inclusão prioritária no programa.
Esses dados vão para a Secretaria de Estado de Assistência Social e Cidadania (Setasc), que valida as informações.
Após a validação da Setasc, os créditos do programa são inseridos e os cartões enviados para as beneficiárias com o Programa. No município de Cuiabá, as entregas serão feitas nas delegacias. Já no caso dos municípios do interior, os cartões serão enviados aos Centros de Referência Especializados de Assistência Social ou aos Centros de Referência de Assistência Social.
Fonte: Policia Civil MT – MT


MATO GROSSO
Operação Prende Suspeitos de Envolvimento em Ataques a Casa e Escritório de Advogado
A Delegacia da Polícia Civil de Lucas do Rio Verde deflagrou a Operação Contra Impetum para cumprir nove mandados judiciais, nesta quinta-feira (16.1), contra integrantes de uma facção criminosa envolvidos no ataque à casa e escritório de um advogado e a uma empresa da cidade.
Estão em cumprimento seis ordens de prisão e três de buscas e apreensões empregando um efetivo de policiais civis da região, com apoio da Gerência de Operações Especiais da Polícia Civil.
A operação é uma contrarresposta da Polícia Civil aos ataques ordenados por membros da facção criminosa contra três locais em Lucas do Rio Verde. Os mandados foram deferidos pelo juízo da 5a Vara Criminal de Sinop, de combate ao crime organizado.
O primeiro ataque ocorreu no dia 1° de novembro contra a sede de uma empresa agrícola. O segundo foi registrado na noite de dois de novembro, contra o escritório do advogado. No dia seguinte, a residência do profissional foi também alvo de disparos de arma de fogo.
Investigação
Com o início das diligências investigativas, a equipe da Delegacia de Lucas do Rio Verde apurou que na data anterior aos ataques ao escritório e casa do advogado, a sede de uma empresa agrícola na cidade também foi alvo de disparos de arma de fogo.
As investigações apontaram que os ataques foram ordenados por dois integrantes de uma facção, identificados no inquérito policial, e executados por cinco outros criminosos ligados ao grupo. Um dos líderes da facção chegou a enviar mensagens ao advogado dizendo que o profissional teria que ‘devolver’ um veículo, recebido como pagamento de honorários. O empresário também recebeu ameaças por mensagens.
As diligências identificaram os autores dos ataques, sendo um deles preso no decorrer da investigação. Conforme a apuração, os executores afirmaram que o ataque ao escritório era ‘pra dar um susto no advogado’, pois o profissional estaria, supostamente, dando golpe em clientes. A Polícia Civil também identificou a outra dupla que fez os disparos que atingiram a casa do advogado.
Em relação ao ataque à empresa agrícola, a investigação apurou que os disparos foram ordenados por duas pessoas contra quem o empresário havia ajuizado uma ação sobre a disputa de um imóvel em Lucas do Rio Verde. Após a vítima entrar com a ação, passou a receber ameaças.
Reaver veículo e desistência de ação
De acordo com a apuração, o advogado atuou na defesa de duas pessoas presas em flagrante em outra ocorrência. Como pagamento pelos honorários, ele havia recebido um veículo.
Contudo, o cliente tentou reaver o veículo, mesmo sem pagar os honorários combinados. Em uma das oportunidades, o cliente teria saído do escritório do advogado afirmando que resolveria a situação de uma forma ou de outra.
As informações reunidas na investigação indicaram que o cliente defendido pelo advogado fez contato com os criminosos que lideram a facção em Lucas do Rio Verde e pediu que empregassem alguma ação para fazer o advogado devolver o veículo usando, para tal fim, qualquer meio violento.
Além disso, o mesmo investigado também pediu aos criminosos que empregassem uso de violência contra o empresário para forçá-lo a desistir da ação judicial em andamento. Diante dos pedidos criminosos, os líderes da facção recrutaram os cinco suspeitos identificados na investigação para fazer os disparos contra os três locais.
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