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Polícia Civil cumpre 102 mandados em investigação de violação de lacres de drogas em Cáceres e desvenda esquema de tráfico

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A Corregedoria-Geral da Polícia Civil de Mato Grosso cumpre na manhã desta quarta-feira (07.12), 102 ordens judiciais dentro da Operação Efialtes, deflagrada com base em investigações que apuraram a violação de lacres e troca de material entorpecente apreendido, constatada durante uma incineração de drogas realizada em abril deste ano, em Cáceres.

Na operação são cumpridos 39 mandados de prisão preventiva, 59 buscas e apreensões, quatro ordens de suspensão de atividades econômicas de empresas utilizadas para realizar a lavagem de dinheiro, além do bloqueio de valores no montante de R$ 25 milhões, sequestro de 14 veículos e quatro imóveis e o bloqueio de contas bancárias dos investigados.

As ordens judiciais são cumpridas nos estados de Mato Grosso, Rondônia, Piauí, Maranhão, Tocantins e Goiás. A operação conta com a participação de mais de 300 policiais civis, sendo 270 da Polícia Civil de Mato Grosso e 30 dos outros estados, no cumprimento dos mandados.

Investigações

As investigações realizadas em inquérito instaurado pela Corregedoria-Geral da Polícia Civil iniciaram há, aproximadamente, oito meses, após o órgão corregedor receber a notificação de que durante a incineração de drogas realizada pela Delegacia Especializada da Fronteira (Defron), no dia 19 de abril deste ano, em Cáceres, foi constatada a violação de lacres das embalagens de perícia dos entorpecentes apreendidos. Em alguns envelopes houve a substituição de parte do material apreendido por outro diferente como, por exemplo, areia e gesso.

Na ocasião, foi determinada pela Corregedoria a correição extraordinária na sala da Defron, onde eram armazenadas as drogas apreendidas. Foi identificado um invólucro plástico violado com diversos tabletes que, ao serem manuseados e devido ao peso muito leve, constatou-se ser semelhante a isopor.

A equipe da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) foi acionada e fez a análise de todos os lacres e embalagens armazenadas no local, assim como as embalagens violadas que foram constatadas durante a incineração. Com os laudos periciais concluídos, foi confirmada que a droga apreendida, lacrada e armazenada na Defron havia sido substituída pelos tabletes de isopor, gesso e areia.

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A investigação apontou que o material usado para substituir as drogas foi feito com o claro objetivo de confundir, produzido com formato semelhante e com a mesma cor de embalagem. Por exemplo, se a droga acondicionada tinha sido embalada com material de cor amarela, o tablete usado para substituí-la também era feito da mesma forma.

Envolvidos

Com a análise dos fatos ficou clara a prática da conduta criminosa, de forma planejada, com a participação de policiais civis na empreitada. Nas investigações foram identificados três grupos envolvidos no esquema: o primeiro dos policiais e de seus auxiliares, para a substituição e subtração das drogas apreendidas; segundo dos traficantes compradores e responsáveis pelos transportes e o terceiro o dos responsáveis pela lavagem de dinheiro, seja pelas empresas ou por laranjas.

As investigações apontaram que cinco policiais civis lotados na 1º Delegacia de Polícia de Cáceres e na Defron, envolvidos no esquema criminoso. Foi representado pelos mandados de prisão preventiva dos investigados. Um dos envolvidos foi preso no mês de agosto, em outra operação realizada pela Corregedoria.

Após a identificação dos envolvidos, foi apurado o caminho da droga e do dinheiro. Os entorpecentes foram enviados para Uberlândia (MG), na conhecida como ‘rota caipira’ e para o Nordeste (Maranhão e Piauí), sendo utilizadas empresas para lavar o dinheiro nos estados de Tocantins (Palmas/Nova Rosalândia) e de Mato Grosso (Mirassol d’Oeste e Cáceres).

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O corregedor-geral da Polícia Civil de Mato Grosso destacou a importância da operação que desarticulou um esquema de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. “A operação demonstra caráter republicano da Polícia Civil de garantir a integridade pública da instituição, investigando e responsabilizando seus integrantes, bem como verticalizando as investigações para desarticular uma organização criminosa interestadual, resultando na prisão de traficantes e dos responsáveis pela lavagem de dinheiro nos estados de Mato Grosso, Rondônia, Minas Gerais, Goiás, Maranhão, Piauí e Tocantins.

A Corregedoria destacou o apoio recebido da Delegacia Regional de Cáceres, Diretoria-Geral da Polícia Civil, da Diretoria de Atividades Especiais, Diretoria Metropolitana, Diretoria do Interior, Diretoria de Inteligência, Diretoria de Execução Estratégica, Polícia Federal, Politec, Poder Judiciário e Ministério Público da Comarca de Cáceres/MT.

Nome da operação

Efialtes é uma referência ao personagem que se tornou célebre por trair a confiança do rei espartano Leônidas, em 480 a.C., ajudando o rei persa Xerxes, inimigo de Esparta, a encontrar um caminho alternativo no desfiladeiro das Termópilas, assim agindo, visando obter vantagem indevida (recompensa). Neste caso, uma analogia aos policiais civis que traíram a confiança que lhes foi depositada pelo Estado, pela sociedade e pela instituição Polícia Civil, para, da mesma forma, obter indevida vantagem econômica.

Fonte: PJC MT

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Operação Prende Suspeitos de Envolvimento em Ataques a Casa e Escritório de Advogado

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A Delegacia da Polícia Civil de Lucas do Rio Verde deflagrou a Operação Contra Impetum para cumprir nove mandados judiciais, nesta quinta-feira (16.1), contra integrantes de uma facção criminosa envolvidos no ataque à casa e escritório de um advogado e a uma empresa da cidade.

Estão em cumprimento seis ordens de prisão e três de buscas e apreensões empregando um efetivo de policiais civis da região, com apoio da Gerência de Operações Especiais da Polícia Civil.

A operação é uma contrarresposta da Polícia Civil aos ataques ordenados por membros da facção criminosa contra três locais em Lucas do Rio Verde. Os mandados foram deferidos pelo juízo da 5a Vara Criminal de Sinop, de combate ao crime organizado.

O primeiro ataque ocorreu no dia 1° de novembro contra a sede de uma empresa agrícola. O segundo foi registrado na noite de dois de novembro, contra o escritório do advogado. No dia seguinte, a residência do profissional foi também alvo de disparos de arma de fogo.

Investigação

Com o início das diligências investigativas, a equipe da Delegacia de Lucas do Rio Verde apurou que na data anterior aos ataques ao escritório e casa do advogado, a sede de uma empresa agrícola na cidade também foi alvo de disparos de arma de fogo.

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As investigações apontaram que os ataques foram ordenados por dois integrantes de uma facção, identificados no inquérito policial, e executados por cinco outros criminosos ligados ao grupo. Um dos líderes da facção chegou a enviar mensagens ao advogado dizendo que o profissional teria que ‘devolver’ um veículo, recebido como pagamento de honorários. O empresário também recebeu ameaças por mensagens.

As diligências identificaram os autores dos ataques, sendo um deles preso no decorrer da investigação. Conforme a apuração, os executores afirmaram que o ataque ao escritório era ‘pra dar um susto no advogado’, pois o profissional estaria, supostamente, dando golpe em clientes. A Polícia Civil também identificou a outra dupla que fez os disparos que atingiram a casa do advogado.

Em relação ao ataque à empresa agrícola, a investigação apurou que os disparos foram ordenados por duas pessoas contra quem o empresário havia ajuizado uma ação sobre a disputa de um imóvel em Lucas do Rio Verde. Após a vítima entrar com a ação, passou a receber ameaças.

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Reaver veículo e desistência de ação

De acordo com a apuração, o advogado atuou na defesa de duas pessoas presas em flagrante em outra ocorrência. Como pagamento pelos honorários, ele havia recebido um veículo.

Contudo, o cliente tentou reaver o veículo, mesmo sem pagar os honorários combinados. Em uma das oportunidades, o cliente teria saído do escritório do advogado afirmando que resolveria a situação de uma forma ou de outra.

As informações reunidas na investigação indicaram que o cliente defendido pelo advogado fez contato com os criminosos que lideram a facção em Lucas do Rio Verde e pediu que empregassem alguma ação para fazer o advogado devolver o veículo usando, para tal fim, qualquer meio violento.

Além disso, o mesmo investigado também pediu aos criminosos que empregassem uso de violência contra o empresário para forçá-lo a desistir da ação judicial em andamento. Diante dos pedidos criminosos, os líderes da facção recrutaram os cinco suspeitos identificados na investigação para fazer os disparos contra os três locais.

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