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Polícia Civil cumpre buscas contra ex-assessora jurídica investigada por extorsão e associação criminosa

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A Polícia Civil cumpriu nesta sexta-feira (06.10), em Nortelândia, mandado judicial de busca e apreensão contra uma advogada e ex-assessora judiciária, investigada por extorquir um magistrado estadual. Durante o cumprimento da busca no endereço residencial da investigada, com apoio da Delegacia de Arenápolis, ela avançou contra a equipe policial.

A Delegacia de Sorriso instaurou inquérito policial para apurar os crimes de extorsão, exploração de prestígio, falso testemunho, prevaricação, calúnia, denunciação caluniosa e associação criminosa, a partir do recebimento de informações que constataram o cometimento dos crimes pela investigada que também tentou cooptar dois assessores para participar da extorsão contra um magistrado.

A ex-assessora, de 43 anos, que chegou a exercer a função de chefe de gabinete do magistrado, foi exonerada no primeiro semestre deste ano.

A Polícia Civil apurou ainda que durante o tempo em que exerceu o cargo de assessora jurídica no Judiciário estadual, a investigada também atuou como advogada, mesmo estando impedida legalmente. A investigação da vida pregressa da suspeita demonstrou que, por diversas ocasiões, ela cometeu falsidade ideológica com intuito de tomar posse em cargo público.

Histórico

Antes de trabalhar em Mato Grosso, ela foi analista técnico-jurídico da Secretaria de Estado e Defesa Social de Minas Gerais. Em 2012, foi submetida a uma Sindicância Administrativa que culminou com a perda do cargo por inassiduidade habitual no serviço público.

Posteriormente, ela alterou seu nome judicialmente, o que permitiu que a suspeita cometesse, em ao menos cinco ocasiões, o crime de falsidade ideológica em documento público. Em Mato Grosso, a investigada exerceu o cargo de assessora em cinco comarcas e foi apurado que ela usou informação falsa na declaração apresentada ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso, pois durante o período em que exerceu o cargo de assessoria jurídica, também atuou como advogada, mesmo legalmente impedida.

“O Tribunal de Justiça também exige, para formalização da posse, declaração de não-exercício da advocacia. Logo, a investigada cometeu diversos crimes de falsidade ideológica relacionada ao tema, considerando que também lançou informação falsa em declaração prestada”, explicou o delegado responsável pela investigação, Bruno França.

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Extorsão

A investigada traçou um plano criminoso com o objetivo de extorquir R$ 1,5 milhão do magistrado com quem trabalhou. Para isso, ela tentou convencer mais dois assessores jurídicos do mesmo gabinete a participar de seu plano.

A intenção da investigada, segundo ela mesma confessa aos antigos colegas de trabalho, era iniciar uma campanha difamatória e sabotar procedimentos do magistrado a fim de gerar problemas graves para ele junto à Corregedoria Geral de Justiça. Em seguida, ela o extorquiria na quantia de R$ 1.500.000,00 que, segundo afirmou, seriam divididos entre ela e os dois assessores que tentou cooptar .

Conforme o material coletado na investigação e demonstrado nos diálogos mantidos por ela, a ex-assessora tinha crença em sua impunidade e chegou a descrever como faria a sabotagem dos procedimentos judiciais presididos pelo magistrado.

Ela detalhou que lançaria minutas fraudulentas ou erradas, em meio a uma pilha de outros documentos, a fim de dificultar que o juiz conseguisse identificá-las. Em um áudio enviado aos dois assessores, ela diz que teria proteção e promete cargos, com o intuito de convencê-los a participar do intento criminoso.

Além de adulterar as minutas e atuar para que o juiz não detectasse as fraudes, a investigada excluiu pedidos de informações que constavam em malotes digitais enviados pelo Tribunal de Justiça ao magistrado, a fim de que ele não respondesse as solicitações recebidas.

Mesmo após a recusa dos dois assessores, a investigada deu sequência à ação criminosa e começou a sonegar as requisições do Tribunal de Justiça por malote digital e também proibiu os demais assessores de acessar os procedimentos, alegando que a atribuição seria sua. Um dos assessores foi, inclusive, proibido por ela de acessar os procedimentos que chagassem a ele por e-mail funcional. As condutas da ex-assessora acabaram gerando instauração de sindicâncias para o magistrado.

Em áudios enviados à vítima, a investigada exige que o magistrado pague 1,5 milhão de reais para que não o prejudique nos procedimentos junto à Corregedoria Geral de Justiça, que foram instaurados por atos ilícitos cometidos por ela.

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Dando sequência aos atos criminosos, a investigada ameaça, inclusive, extorquir a mãe do magistrado. “Mas eu já adianto isso, não pode vazar em. Porque eu não vou negociar com ele, eu vou negociar com a mamãezinha dele, entendeu?”

Em um dos trechos, a suspeita diz que o magistrado não pode morrer antes de pagá-la: “…você não morre antes de pagar meu dinheiro não, ou, então, me dê a senha do cartão… Eu quero a senha do cartão black. Ou você, mas você não morre antes de me dar meu dinheiro, depois que você me der meu dinheiro você morre, bate as botas, você faz o que você quiser que eu não quero saber que você existe na face da Terra”.

Em outro áudio, ela pede os dados bancários dos demais assessores a fim de receber o pagamento, convicta de que a extorsão seria exitosa. “Ele vai ter que fazer um acordo. Comigo e com vocês 2 se não, não vou passar nada. Sem dinheiro, eu não vou passar nada, eu quero dinheiro nas nossas contas. Para mim, tudo tem um preço. Meu preço eu já falei, então. Daqui para frente, vai ser assim.”

Ameaças

Como a vítima não efetuou nenhum pagamento e exonerou a investigada, ela passou a ameaçá-lo e também aos servidores que não quiseram participar do plano criminoso. Em áudio enviado aos dois assessores, ela afirma que, caso seu plano seja revelado, também irá difamá-los.

A investigação apurou também que no início de agosto, a investigada ingressou com petições em todas as sindicâncias em que a vítima é parte, contestando as defesas e imputando ao magistrado atos que, conforme foi apontado, ocorreram pela conduta da ex-assessora.

Fonte: Policia Civil MT – MT

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Operação Prende Suspeitos de Envolvimento em Ataques a Casa e Escritório de Advogado

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A Delegacia da Polícia Civil de Lucas do Rio Verde deflagrou a Operação Contra Impetum para cumprir nove mandados judiciais, nesta quinta-feira (16.1), contra integrantes de uma facção criminosa envolvidos no ataque à casa e escritório de um advogado e a uma empresa da cidade.

Estão em cumprimento seis ordens de prisão e três de buscas e apreensões empregando um efetivo de policiais civis da região, com apoio da Gerência de Operações Especiais da Polícia Civil.

A operação é uma contrarresposta da Polícia Civil aos ataques ordenados por membros da facção criminosa contra três locais em Lucas do Rio Verde. Os mandados foram deferidos pelo juízo da 5a Vara Criminal de Sinop, de combate ao crime organizado.

O primeiro ataque ocorreu no dia 1° de novembro contra a sede de uma empresa agrícola. O segundo foi registrado na noite de dois de novembro, contra o escritório do advogado. No dia seguinte, a residência do profissional foi também alvo de disparos de arma de fogo.

Investigação

Com o início das diligências investigativas, a equipe da Delegacia de Lucas do Rio Verde apurou que na data anterior aos ataques ao escritório e casa do advogado, a sede de uma empresa agrícola na cidade também foi alvo de disparos de arma de fogo.

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As investigações apontaram que os ataques foram ordenados por dois integrantes de uma facção, identificados no inquérito policial, e executados por cinco outros criminosos ligados ao grupo. Um dos líderes da facção chegou a enviar mensagens ao advogado dizendo que o profissional teria que ‘devolver’ um veículo, recebido como pagamento de honorários. O empresário também recebeu ameaças por mensagens.

As diligências identificaram os autores dos ataques, sendo um deles preso no decorrer da investigação. Conforme a apuração, os executores afirmaram que o ataque ao escritório era ‘pra dar um susto no advogado’, pois o profissional estaria, supostamente, dando golpe em clientes. A Polícia Civil também identificou a outra dupla que fez os disparos que atingiram a casa do advogado.

Em relação ao ataque à empresa agrícola, a investigação apurou que os disparos foram ordenados por duas pessoas contra quem o empresário havia ajuizado uma ação sobre a disputa de um imóvel em Lucas do Rio Verde. Após a vítima entrar com a ação, passou a receber ameaças.

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Reaver veículo e desistência de ação

De acordo com a apuração, o advogado atuou na defesa de duas pessoas presas em flagrante em outra ocorrência. Como pagamento pelos honorários, ele havia recebido um veículo.

Contudo, o cliente tentou reaver o veículo, mesmo sem pagar os honorários combinados. Em uma das oportunidades, o cliente teria saído do escritório do advogado afirmando que resolveria a situação de uma forma ou de outra.

As informações reunidas na investigação indicaram que o cliente defendido pelo advogado fez contato com os criminosos que lideram a facção em Lucas do Rio Verde e pediu que empregassem alguma ação para fazer o advogado devolver o veículo usando, para tal fim, qualquer meio violento.

Além disso, o mesmo investigado também pediu aos criminosos que empregassem uso de violência contra o empresário para forçá-lo a desistir da ação judicial em andamento. Diante dos pedidos criminosos, os líderes da facção recrutaram os cinco suspeitos identificados na investigação para fazer os disparos contra os três locais.

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